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eikon

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

gr. eikôn, eikón (he) / εἰκών (ή) / agalma: imagem?. Latim: imago, simulacrum, species?. Reprodução de um objeto? sensível (por obra de arte?) ou de uma realidade? inteligível (pela natureza?). Esse termo? deu origem? ao particípio presente? do verbo? eíkein / εἴκειν, parecer, que tem como derivado eikasía / εἰκασία: percepção, conjectura.Tem como sinónimo usado pelos filósofos clássicos, mímema / μίμημα: cópia.

Já se encontra a palavra? eikón em Pitágoras  : “Os homens são imagem de Deus?” (Temístio  , Discurso?, XV [1]). Em Platão  , os objetos sensíveis são imagens das Realidades inteligíveis (Rep.  ,VI, 520a), assim como estas são imagens do Bem? (ibid.,VII, 533a). As obras de arte, por sua vez, são apenas imagem da realidade sensível (ibid.,VII, 402c). Plotino  , apesar do que se poderia esperar, usa pouco essa palavra: o Espírito? (nous) é a imagem do Uno? (hén) (V I, 7). O mundo? sensível é imagem do mundo inteligível (VI, III, I),mas também imagem da Alma? universal (II, III, 18); o tempo? é imagem da eternidade (III,VIII, 1).

Sinónimo: mímema (tó) / μίμημα (τό). Os corpos “são imagens dos seres eternos: mimémata tôti aei? ontôn (Timeu  , 50c). O pintor, assim como o poeta, é um imitador: mimetés / μιμητής, e sua arte uma imitação: mímesis / μίμησίς (Rep X, 597c-605c). Aristóteles   retoma essa teoria com as mesmas palavras em sua Poética (I—VI). Plotino repete, desse novo modo?, que os corpos são “imagens dos Seres”: mimémata tôn ontôn (III, VI, 11), e que o mundo sensível é imagem do mundo inteligível (II, IV, 4). [Gobry  ]


LÉXICO: EIKON?; agalma; ícone

Observações

[1Mas essa citação de um comentador tardio (século IV de nossa era) talvez seja uma interpretação.