Tradução
7 É consensual por todos, que as qualidades ou modos das coisas nunca realmente existem cada um deles separados por si mesmo e separados de todos os outros, mas são misturados, por assim dizer, e misturados, vários no mesmo objeto. Dizem-nos, porém, que a mente, sendo capaz de considerar cada qualidade individualmente ou abstraída de outras qualidades com as quais está unida, enquadra, desse modo, ideias auto-abstratas. Por exemplo, é percebido pela visão um objeto estendido, (…)
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chroma / khroma / χρῶμα / couleur / color
gr. χρῶμα, chroma = cor. Sorabji interpreta que a forma aristotélica recebida pelo olhar não era um objeto intencional, mas uma mancha colorida no gelatinoso do olho. O que o meio proporciona ao olhar não é um corpo, mas a atividade da cor.
For sight is not related to size qua sight, but to colour: in act when standing still at its form in seeing, and before that characterised by potentiality, neither being perfected from itself alone and from within, nor only externally by the sensible object, but by the sense organ being affected by that in a way similar to what affects it; but the sense organ is affected in a vital manner and its being affected terminates in formal activity as the sensitive soul recognises (gnorizein) the sensible object by projection of concepts (probole logon) and stands still at its form. [‘Simplicius ’ in De Anima 128,22-9; SorabjiPC1:41]
Matérias
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Berkeley (TCPHK) – propriedades primárias e secundárias
17 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Grassi: Sinais e espírito (I)
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro1. Sinais conscientes e inconscientes
Estamos lidando com a insuficiência da palavra racional e a prominência da palavra indicativa, que se mostrou como expressão pictórica. Podemos, então, concluir que prevalecem a imagem, o sinal, o esquema? Nossa tarefa imediata consiste em investigar o papel que desempenham o sinal e o esquema na vida humana. Consideremos primeiramente o impacto do "sinal", do esquema em nível biológico.
No seu pequeno tratado Sobre os Fantásticos Fenômenos Visuais (…) -
Plotino - Tratado 12,9 (II, 4, 9) — A quantidade e a grandeza versus a matéria sensível
5 de junho de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
9. Se afirma por algunos: ¿qué podremos aprehender de los seres que no posea magnitud? Entiéndase que se trata aquí de algo no idéntico a la cantidad; el ser y la cantidad no son una y la misma cosa, pues existen muchas otras maneras de ser ajenas a la cantidad. En general, toda naturaleza incorpórea debe ser considerada como desprovista de cantidad; y no hay, duda alguna deque la materia es incorpórea. La misma cantidad no se confunde con el ser que la posee, pues éste participa de (…) -
Plotino - Tratado 2,10 (IV, 7, 10) — A alma é de natureza divina
14 de maio de 2022, por Cardoso de CastroIgal
10 Ahora bien, que el alma está «emparentada» con la más divina y la eterna de las dos naturalezas, lo pone ya de manifiesto nuestra demostración de que no es un cuerpo; es más, tampoco tiene figura ni color ni es tangible. Sin embargo, también cabe mostrarlo por las consideraciones siguientes. Una vez que hemos convenido en que todo lo divino y todo ser real goza de una «vida buena y sabia», hay que estudiar lo siguiente a esto, partiendo de nuestra alma: cómo es por naturaleza. (…) -
Grassi: II. Linguagem semântica arcaica
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro1. A linguagem da sibila de cumae
Nossas discussões anteriores nos levaram a uma dupla conclusão: a linguagem racional, demonstrativa, explicativa não é originária: ela tem suas raízes na linguagem semântica e referente, que é extraída diretamente da fonte de "sinais" arcaicos. Para descobrir a estrutura dessa linguagem originária e sua relação com a "imagem", analisaremos agora a essência da linguagem pré-filosófíca.
Até agora não foi esclarecida a relação entre causas últimas, axiomas (…) -
Schopenhauer (MVR2:170-171) – vontade
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroA proposição de Kant: “o EU PENSO tem de acompanhar todas as nossas representações” é insuficiente: pois o eu é uma grandeza desconhecida, vale dizer, é para si mesmo um mistério. Aquilo que confere unidade e coesão à consciência, na medida em que, perpassando todas as suas representações, é seu substrato, seu sustentáculo permanente, não pode ser condicionado pela consciência, logo, não pode ser representação alguma: antes tem de ser o prius da consciência, a raiz da árvore da qual aquela é (…)
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Espinosa (E 2, 13): objeto da ideia = corpo
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Proposição 18. Se o corpo humano foi, uma vez, afetado, simultaneamente, por dois ou mais corpos, sempre que, mais tarde, a mente imaginar um desses corpos, imediatamente se recordará também dos outros.
Demonstração. A mente (pelo corol. prec.) imagina um corpo qualquer porque o corpo humano é afetado e arranjado pelos traços de um corpo exterior da mesma maneira pela qual ele foi afetado quando algumas de suas partes foram impelidas por esse mesmo corpo exterior. Mas (por (…) -
Espinosa (E 1, 30): intelecto
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroTomaz Tadeu
Proposição 30. Um intelecto, seja ele finito ou infinito em ato, deve abranger os atributos de Deus e as afecções de Deus, e nada mais.
Demonstração. Uma ideia verdadeira deve concordar com o seu ideado (pelo ax. 6), isto é (como é, por si mesmo, sabido), aquilo que está contido objetivamente no intelecto deve existir necessariamente na natureza.
Ora, na natureza (pelo corol. 1 da prop. 14), não há senão uma única substância, a saber, Deus, e não há outras afecções (pela (…) -
Raymond (ELA:Prefácio) – livre arbítrio
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castronossa tradução
Eis o diálogo que Schopenhauer imagina entre ele mesmo e a consciência ingênua: A consciência ingênua: “Eu posso fazer o que eu quiser. Se eu quiser ir para a esquerda, vou para a esquerda. Se eu quiser ir para direita, vou para direita. Depende apenas da minha boa vontade: logo, sou livre. "[Ensaio sobre Livre Arbítrio] Schopenhauer (à parte): “Tal testemunho é certamente justo e verídico. Apenas, pressupõe a liberdade da vontade." [Ibid] Schopenhauer: “Tua vontade, de que (…) -
Schopenhauer (MVR2:519-520) – tragédia
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroNosso prazer na tragédia não pertence ao sentimento do belo, mas ao do sublime; sim, é o grau mais elevado desse sentimento. Pois assim como pela visão do sublime na natureza desviamo-nos do interesse da vontade para nos comportarmos de maneira puramente contemplativa, assim também na catástrofe trágica desviamo-nos da Vontade de vida mesma. De fato, na tragédia, o lado terrível da vida nos é apresentado, a miséria da humanidade, o império do acaso e do erro, a queda do justo, o triunfo do (…)
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Plotino - Tratado 26,9 (III, 6, 9) — Sequência da discussão com o tratado "Da geração e da corrupção" de Aristóteles
22 de maio de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
9. Hemos de decir que el que una cosa esté en otra y el que una cosa pertenezca a otra no se toman en el mismo sentido. En un sentido, eso significa que una cosa se hace mejor o peor con la presencia de otra, por la transformación que sufre, y tal es lo que se ve en los cuerpos, al menos en los seres vivos. En otro sentido, se hace un objeto mejor o peor sin que él sufra, como ya se decía, por ejemplo, del alma. Pero también se da el caso de la figura impresa en la cera: no hay aquí (…) -
Existe Apenas o Um - Plotino e a Metafísica da Busca Espiritual
24 de março de 2022, por Cardoso de CastroPlotino, que viveu no século três, descreve o que talvez seja a mais coerente metafísica espiritual tanto da tradição ocidental quanto da oriental. Encontramos, em Plotino e em seu professor Amônio Sacas, um fluxo de elevada sabedoria e prática contemplativa que deriva dos antigos pitagóricos, de Sócrates e da posterior cultura grega, atingindo o pensamento místico europeu. Heidegger, por exemplo, reflete claramente a transmissão intelectual e espiritual de Plotino, a linhagem neoplatônica, (…)
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Plotino - Tratado 53,4 (I, 1, 4) — Alma enquanto forma no corpo que é matéria
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castrotraduzindo MacKenna
4. Consideremos, então, a hipótese de uma coalescência.
Se há uma coalescência, o inferior é enobrecido, o mais nobre degradado; o corpo é elevado na escala de ser como feito participante na vida; a Alma, como associada com a morte e a irracionalidade, é trazida ao mais inferior. Como pode uma diminuição na qualidade de vida produzir um aumento tal com a Percepção-de-Sentido?
Não: o corpo adquiriu vida, é o corpo que irá adquirir, com a vida, sensação e as (…) -
Plotino - Tratado 29,1 (IV, 5, 1) — Intermediário entre o órgão e o objeto sensível
15 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroMíguez
1. Como hemos diferido considerar si puede ciertamente verse sin ayuda de ningún medio interpuesto, como por ejemplo el aire o cualquier otro cuerpo transparente, parece llegada la hora de que examinemos la cuestión.
Hemos dicho ya que tanto la visión como, en general, toda sensación, se verifican por intermedio de un cuerpo. El alma, si no cuenta con la colaboración del cuerpo, se mantiene por entero en el mundo inteligible; pero, como sentir es percibir, no realmente las cosas (…) -
Plotino - Tratado 1,5 (I,6,5) - Afetos ligados ao encontro do belo
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat
5. Devemos, portanto, inquirir os amantes a respeito do que não está na sensação: Que sentis ante às chamadas belas ocupações, aos belos modos, aos comportamentos temperantes e, de modo geral, às ações da virtude, às disposições e à beleza das almas? Vós, vendo-vos belos em vossos interiores, que [310] experimentais? Como vos dionisais [anabakcheuesthai], e vos excitais, e desejais congregar-vos convosco, colhendo-vos de vossos corpos? Pois é isso que sentem os verdadeiros (…) -
Plotino - Tratado 1,3 (I,6,3) - Exame das belezas sensíveis
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat
3. A faculdade destinada ao belo o reconhece, e nenhuma outra é mais poderosa do que ela para julgar as coisas que lhe são próprias quando o restante da alma contribui no juízo, e talvez ela se pronuncie ajustando-o à forma que está com ela e usando-a para o juízo como um cânon de correção.
Mas como o que diz respeito ao corpo consoa ao que é anterior ao corpo? Como o arquiteto diz ser bela a casa exterior, tendo-a ajustado à forma interior de casa? É porque a forma exterior, se (…) -
Bochenski: Whitehead
12 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroAlfred North Whitehead (1861-1947) passa, em geral, por ser o filósofo anglo-saxônico mais eminente de nosso tempo, e parece merecer de verdade esta consideração. Em todo caso, mostra ser um pensador original, dotado de assombrosa força espiritual. Sua carreira é inteiramente única para um filósofo. Após haver concluído os estudos em Cambridge, onde se dedicara especialmente à matemática, ensinou durante trinta anos geometria e mecânica. Em 1911, aos cinquenta anos de idade, foi nomeado (…)
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Plotino - Tratado 1,1 (I,6,1) - Que espécies de coisas são belas
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat
1. O belo [kalon] está sobretudo na visão [opsis], mas está também na audição, por conta de combinações [synthesis] de palavras, e está também na música [mousike] de todos os tipos: pois melodias [mele] e ritmos [rythmos] também são belos; há também, para aqueles que se elevam das sensações [aisthesis] ao que é superior, belas ocupações, ações [praxis], hábitos [hexis], conhecimentos [episteme] e ainda a beleza das virtudes [arete] . E se houver alguma ainda anterior a essas, ela (…) -
Plotino - Tratado 2,4 (IV, 7, 4) — A alma não é nem sopro nem uma "maneira de ser"
3 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castrotradução
4. Mas mesmo eles [Estoicismo] são conduzidos pela verdade a testemunhar que deve haver uma forma de alma [psyche] anterior aos corpos [soma] e superior a eles, quando colocam que o sopro [pneuma] possui um intelecto [noûs] e que é um fogo [pyr] inteligente. É como se, sem fogo nem sopro, aquilo que tem um nível superior não poderia ser contado entre as realidades, e buscasse um lugar onde se estabelecer. Mas o que eles deveriam buscar, é ao invés onde estabelecer estes corpos, (…) -
Plotino - Tratado 1 (I,6) - Sobre o belo (estrutura)
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroLaurent
PLOTIN, Traités 1-6. Paris: GF Flammarion, 2002, p. 237-239
Plano detalhado do tratado segundo seu recente tradutor para o francês, Jérôme Laurent:
Capítulo 1: Que espécies de coisas são belas; crítica da definição estoica da beleza. 1-11. Relembrando o Hípias maior e o Banquete. 12-20. Os corpos não são belos por si mesmos, mas por participação (methexis) a uma Forma (eidos). 21-25. Relembrando a tese estoica sobre o belo. 25-30. Consequências absurdas da definição do belo (…)