Byung-Chul Han (2021) – o desempenho adoece a alma

A sociedade do desempenho atual toma o próprio tempo como refém. Ela o amarra ao trabalho. A pressão por desempenho cria então uma pressão por aceleração. O trabalho como tal não é necessariamente destrutivo. Pode, como diria Heidegger, levar a um “cansaço duro, mas saudável”. Já a pressão pelo desempenho produz, contudo, mesmo quando na realidade não se tenha trabalhado tanto, uma pressão psíquica que pode esgotar a alma. O burnout não é uma doença do trabalho, mas do desempenho. Não é o trabalho enquanto tal, mas o desempenho, esse novo princípio neoliberal, que adoece a alma. (ByungCIM)