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Evola Corpo

quinta-feira 28 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castro

  

Julius Evola   — IOGA TÂNTRICO

Por ello, hay que referirse a la teoría de los tres cuerpos que hemos expuesto —cuerpo materia, sutil y causal—, que no forman entidades diferentes, sino que son tres dimensiones de una misma entidad. Ya hemos dicho que a los cuerpos material, sutil y causal les corresponden otras tantas «sedes» de la conciencia. El cuerpo material corresponde a la conciencia común de vigilia, correlativamente con la experiencia del mundo en tanto que mundo físico y fenoménico. Esta es la «sede» propia del Yo ordinario. Los otros dos cuerpos, es decir, las otras dos dimensiones de la corporeidad, son percibidos en el sentido de que el plano sutil corresponde en la vida del hombre ordinario a la condición del sueño (svapnasthana), y el estado causal que le es superior al dormir sin sueños o al sueño profundo (sushuptasthana). Si queremos referirnos también al cuarto cuerpo (caturtha o turiya), es decir, al plano de lo incondicionado, correspondería al estado de catalepsia o muerte aparente. Así pues, las dimensiones profundas, transfisiológicas, de la corporeidad están cerradas a la conciencia del hombre ordinario; éste no conoce el estado rajásico de la corporeidad bajo la forma de energía (cuerpo sutil) ni su estado sáktico bajo forma de acto puro (cuerpo causal), porque ni el uno ni el otro están ligados a un cuerpo particular. Conoce únicamente y, podríamos decir, sufre el estado tarnásico de la corporeidad; vive en lo que tendría que considerarse como una manifestación y producción particular, fija y perecedera, casi como un precipitado automático de un proceso agotado: tal es el cuerpo material, sthularupa. Las formas de conciencia reducida (sueño), el subconsciente y el inconsciente encierran y ocultan el misterio de la corporeidad transcendente y prohíben el acceso a él.

Julius Evola — Tradição Hermética

Mas sendo o corpo a concreção da entidade humana, aquilo que, no hermetismo, os mesmos símbolos cósmicos vêm também a designar como sendo o «mistério» da corporeidade, começamos a entender melhor o que é essa «coisa mais próxima que qualquer outra», que «todos têm ante os olhos e à mão», considerada vil pelos ignorantes e prezada pelos Sábios como a mais preciosa de todas. A sentença budista: «Neste corpo de oito palmos de altura está compreendido o mundo, a gênese do mundo, a resolução do mundo e a senda que conduz à resolução do mundo», completa-se rigorosamente com a da Tábua de Esmeralda: «O que está em cima é como o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima, para fazer a maravilha de uma coisa única»; isto já vinha formulado nos textos gregos: «Tudo que o macrocosmos contém, também o homem contém», e depois será repetido por Boehme   deste modo: «O corpo terrestre que levais todo ele faz um com a totalidade do corpo inflamado (quer dizer, do corpo vivido no estado especial de «fogo» do espírito) deste mundo.»

Este princípio fundamental do hermetismo, como veremos, dá lugar a várias ordens de correspondências: reais, analógicas e «mágicas». Algumas estruturas da realidade, algumas metalidades — consideradas como silenciosas fecundações astrais no gremium matris terrae —, algumas naturezas do mundo urano-planetário, estão concebidas como mineralizações de forças, que revelam o seu segredo nos correspondentes estados do espírito que dormem no seio da corporeidade.

No Oriente ensinava-se que, seguindo as marcas deixadas em nós mesmos pelo âtmâ, se consegue o conhecimento do universo; e Agripa, parafraseando Geber, expõe o mesmo ensinamento dum modo igualmente claro: «Ninguém pode sobressair na arte alquímica sem conhecer os princípios em si mesmo; e quanto maior for o conhecimento de si mesmo, maior será o poder de atração adquirido, e se realizarão mais coisas grandes e maravilhosas.» «Ambula ab intra», é uma afirmação do De Pharmaco Catholico.

E esta «via interior», esta «via sacra» que parte da «pedra negra hierática», desta «pedra que não é pedra», mas sim «imagem do cosmos», do «nosso chumbo negro», (sob este ponto de vista, trata-se de vários símbolos do corpo humano), esta via ao longo da qual surgiram Heróis e Deuses, «céus» e «planetas», homens elementares, metálicos e sidéreos, está enigmaticamente encerrada nas siglas VITRIOL, explicadas assim por Basílio Valentim  : «Visita Interiora Terrae (Terra = o corpo), Retificando Invenies Occultum Lapidem (percorre as entranhas da terra (do Corpo) e retificando encontrarás a pedra oculta).» Ao longo dessa via, o conhecimento de si mesmo e o conhecimento do mundo intercondicionam-se, até se tornarem em uma só e mesma coisa maravilhosa, verdadeiro objetivo da Grande Obra ou Opera Magna: pois que aqui fora (como em cima assim também em baixo, como no espírito na natureza), tal como no organismo humano, se encontram presentes os Três, os Quatro, os Sete, os Doze; Enxofre, Mercúrio, Sal; Terra, Água, Ar, Fogo; os Planetas; o Zodíaco. «O forno é único — dizem enigmaticamente os Filhos de Hermes — , único o caminho e única também é a Obra.» «Há uma só Natureza e uma só Arte... A operação é única, e fora dela não há nem existem outras verdadeiras.».

No Triunfo Hermético diz-se que a «nossa Pedra» existe mas que se oculta enquanto o «artista» não ajudar a natureza. A arte hermética é iluminar de novo o sentido das analogias restabelecendo a realidade dos contatos: auto-suficiente e não necessitada de nada, como auto-suficiente e não necessitada de nada é a «coisa una» «técnica, divina e operativa», ela, «mediante a afinidade das naturezas, fascina as naturezas consubstanciais», pelo que se pode dizer, da maneira mais rigorosa, que «a Obra é um terceiro mundo porque é semelhante aos outros dois mundos e porque reúne as forças do macrocosmos e do microcosmos».