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Apuleio / Apuleius

  

LUCIUS APULEIUS (125-170 dC)

LÉXICO DE FILOSOFIA

OBRA NA INTERNET:


Frances Yates

Escritor, filósofo e reitor, denominado "príncipe dos oradores africanos", nasceu na colônia romana de Madaura, em 114, no final do reino de Trajano. Bem afortunado por parte de pai, recebeu a instrução das escolas públicas de Cartago, "instruidora de todas as províncias". Percorreu a Itália, a Grécia e o Oriente e se fez iniciar em cerimônias mágicas e religiosas, por "amor da verdade e por dever para com os deuses". Praticou numerosos malefícios, encantamentos, operações que todos qualificariam da mais alta superstição. de Roma, em 136, partiu para a Alexandria onde o museu e a biblioteca estavam repletos de tesouros do passado. Com trinta e três anos esposou a mãe de um amigo, sendo então acusado de sedução e corrupção, se defendeu a si próprio, o que lhe valeu o renome de orador. Em Cartago veio a se tornar encarregado de importantes funções sacerdotais.

Sua obra escrita é imensa, sendo sua curiosidade sobre diversos temas um estímulo para novas produções literárias. Poucas obras chegaram a nós, dentre as quais destacam-se: As Metamorfoses, As Floridas, O Demônio de Sócrates  , o Dogma de Platão  , O Tratado do Mundo, A Apologia diante de Claudius Maximus.

De inspiração platônica sua obra não funda um sistema de pensamento coerente, reproduzindo mais das vezes as ideias de Sócrates, Platão ou Aristóteles  . Os Padres da Igreja foram aqueles que mais o disseminaram.


Apuleio de Madaura é exemplo impressionante de homem educado na cultura geral do mundo greco-romano, que, entediado com os cediços ensinamentos das escolas, buscou a salvação no ocultismo. Nascido cerca de 123 d.C. Apuleio foi educado em Cartago e Atenas, tendo viajado mais tarde para o Egito, onde se envolveu numa ação judicial, acusado de magia. É famoso pela sua maravilhosa novela, popularmente conhecida como O asno de ouro, [1] cujo herói, transformado pelas bruxas num burro, depois de muito sofrer sob a forma animal, recupera sua forma humana após uma visão extática da deusa Ísis, que o teria visitado numa praia solitária aonde fora parar em desespero. Finalmente, tornou-se sacerdote de Ísis num templo egípcio. Todo o clima da novela, com seu tema ético (pois a forma animal fora o castigo a uma transgressão), sua iniciação ou iluminação em êxtase, seu colorido egípcio, assemelha-se ao clima dos escritos herméticos. Ainda que Apuleio não tenha sido o tradutor do Asclépio, essa obra com certeza seria de seu agrado. [Frances Yates  ]

Fraile

Una tendencia semejante representa Apuleyo, natural de Madaura, en Numidia (h.125-130 p. J. C.). Estudió en Cartago gramática y retórica, y después en Atenas las filosofías de Platón y de Aristóteles. Estuvo algún tiempo en Roma. Se inició en los misterios y parece que cultivó la magia. Se casó con una rica viuda llamada Pudentila, y tuvo que sostener un proceso con sus parientes, que le acusaban de haber empleado artes mágicas para seducirla (h.155-158). Siendo todavía muy joven regresó a Africa, estableciéndose probablemente en Cartago, donde murió. Posteriormente fue idealizada su figura y considerado como un taumaturgo, de manera semejante a Apolonio de Tiana   [2].

Pertenece a la orientación ecléctica de Gayo. Es brillante, pero poco profundo. Es de destacar su concepto de intermediarios entre la divinidad y el mundo, que después desarrollará el neoplatonismo  . El filósofo es también un intermediario entre los hombres y la divinidad.

De tendencia platónica son sus dos obras: De Platone et eius dogmate, que trata de Física y Etica, y De Deo Socratis, donde expone su teoría demonológica. Su tratado De Mundo refleja más bien influjo aristotélico. Las Metamorfosis, o el Asno de oro, es una especie de novela donde se describe la ascensión del alma, que se va liberando de las pasiones inferiores hasta llegar a la luz de la revelación divina. Quedan también una Apología (Pro se de Magia) y una Antología (Florida) de sus discursos. Es dudoso un tratado Peri Hermeneias y apócrifo el diálogo Asclepius (Hermeti Trismegisti de natura deorum ad Asclepium). [Excertos de Guillermo Fraile  , História da Filosofia]


[1É este o título da tradução inglesa do século XVI, de William Adlington.

[2Lactancio, Div. Inst. III 21; V 2; S. Agustín, Ep. 136 y 138.