Frithjof Schuon — Do Divino ao Humano
O prodígio “naturalmente sobrenatural” da subjetividade
O que é comum ao animal e ao homem, é a princípio a inteligência sensorial e instintiva; são, em seguida, as faculdades sensíveis, e enfim os sentimentos elementares. Aquilo que é próprio ao homem apenas, é o Intelecto aberto sobre o Absoluto; é por aí mesmo também a razão, que prolonga o Intelecto para a relatividade; e é por conseguinte a capacidade de conhecimento integral, de sacralização e de ascensão. O homem compartilha com o animal o prodígio da subjetividade — prodígio estranhamente incompreensível aos evolucionistas —, mas a subjetividade do animal é somente parcial, enquanto a do homem é total; o sentido do Absoluto coincide com a totalidade da inteligência.