Isso, porém, não é tudo. Venho empregando a expressão “saber” com intencional indeterminação, porque a filosofia moderna não começa com o saber pura e simplesmente, mas com esse modo de saber que é chamado de “conhecimento”. Assim, a crítica é Crítica do conhecimento, da epistéme, ou, como se costuma dizer, é “epistemologia”, ciência do conhecimento. Pois bem, penso que isso é sumamente grave. Porque o conhecimento não é algo que repousa sobre si mesmo. E não me refiro com isso aos fatores determinantes de caráter psicológico, sociológico e histórico do conhecer. Certamente uma psicologia do conhecimento, uma sociologia do saber e uma historicidade do conhecer são coisas essenciais. Não são, porém, algo primário. Porque o primário do conhecimento está em ser um modo de intelecção. Portanto, toda epistemologia pressupõe uma investigação do que estruturalmente e formalmente é a inteligência, o Noús, um estudo de “noologia”. A vaga ideia do “saber” não se concretiza em primeira instância no conhecer, mas na intelecção enquanto tal. Não se trata de uma psicologia da inteligência nem de uma lógica, mas da estrutura formal do inteligir.
Original
Pero esto no es todo. Vengo empleando la expresión «saber» con intencionada indeterminación. Porque ¡a filosofía moderna no comienza con el saber sin más, sino con ese modo de saber que se llama «conocimiento». La crítica es así Crítica del conocimiento, de ¡a epistéme, o como suele decirse, es «epistemología», ciencia del conocimiento. Ahora bien, pienso que esto es sumamente grave. Porque el conocimiento no es algo que reposa sobre sí mismo. Y no me refiero con ello a los factores determinantes psicológicos, sociológicos y históricos del conocer. Ciertamente una psicología del conocimiento, una sociología del saber, y una historicidad del conocer son cosas esenciales. Pero sin embargo, no son algo primario. Porque lo primario del conocimiento está en ser un modo de intelección. Por tanto toda epistemología presupone una investigación de ¡o que estructural y formalmente sea la inteligencia, el Nous, un estudio de «noología». La vaga idea del «saber» no se concreta en primera línea en el conocer, sino en la intelección en cuanto tal. No se trata de una psicología de la inteligencia ni de una lógica, sino de la estructura formal del inteligir.