O conceito de ser é um conceito simplicíssimo, comuníssimo e essencial.
É o primeiro objeto do intelecto. É formalmente pobre, mas concretamente rico. Todo ser é unidade, alguma coisa, bondade (valor), verdadeiro, entidade, relação (como ainda veremos).
O Ser, enquanto tal, não é um gênero e não é um universal.
Transcende às categorias que são nele, e dele.
É o mais comum, por ser o mais inteligível.
É uma unidade de simplicidade e uma unidade de razão.
É único.
É o sujeito de todos os predicados e predicado de todos os sujeitos.
É eternamente presente.
Inseria, em si, tudo.
É a eterna presença e eficacidade pura.
Inclui a finitude e a infinitude, e todas as modalidades de ser.
É perfeito, proficiente, pois nada lhe falta, nem nada há fora dele.
É a primordialidade de tudo quanto é.
São esses os predicados que podemos, por ora, apontar no ser. Sua justificação, em parte feita, será robustecida nas páginas seguintes, nos próximos temas, em que a análise ontológica aumentará em horizontalidade e verticalidade.