O ato define-se por si, como eficiência. É o ato o que e-facere. Todo ato, enquanto ato, é perfeito, porque é eficiente.
Essa eficiência, porém, oferece graus, etc, enquanto fato, não enquanto formalmente considerada.
O que é ato ou é, ou não é (formalmente considerado, ontológico).
Nós induzimos o ato, dele partimos, pois partimos de um ato para captarmos o ato. É o princípio simples. A potência é declarada pelo ato; é a capacidade do ato produzir ou receber (ativa ou passiva).
Assim:
Potência:
- passiva — a que é capaz de receber;
- ativa — a que é capaz de produzir.
Já vimos a possibilidade real ou ideal. Assim também:
Potência:
Dessa forma, a potência real e a ideal podem ser ativa ou passiva.
Ainda costumam subdividir:
Potência:
Por sua vez, o ato é subdividido:
- real — fático;
- lógico — fundado na lógica (confunde-se com o real);
- entitativo – que consiste numa entidade que tem ensidade;
- formal — apenas consiste na forma;
- misto — híbrido com potência (o fático em geral);
- puro — o que não tem hibridez com a potência passiva (Deus).
O ato é anterior à potência (considerada absolutamente). O existir finito é ato misto, é hibridez de ato e potência. Neste caso, há prioridade de ato em relação à potência, mas de potência em relação a atos, tomados como partes, isto é, relativos.
No existir cronotópico, todo ato é potência de um outro ato. Sua eficiência assim o revela.
A explanação sintética, que ora fizemos, não exclui as análises posteriores, que surgirão em outros temas, sobretudo quando examinemos os princípios intrínsecos e extrínsecos do ser.
Ademais, em nossos livros anteriores, já tratamos dos aspectos mais gerais da divisão do ente em potência e ato.