Fica entendido que, de todo modo, o que caracteriza a ideologia é a sua inexistência: a ideologia fala de não-seres (como a justiça, a riqueza, os valores, o direito, Deus, a finalidade); para retomar uma palavra de Romeu em Shakespeare, ela “fala de nadas”. E a partir do reconhecimento desse nada que divergem duas direções filosóficas que não se reencontrarão jamais, caracterizadas por uma diferença no modo de olhar. Ou bem se considera que o homem não sabe que ele fala de nadas — donde a (…)
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