A investigação científica, pelo interesse em manipular, ou dominar, é sempre dirigida, pela urgência do desejo, à parcialidade das explicações. Pois é impossível explicar alguma coisa em sua totalidade: só há explicações parciais. E parcialidade gera conflito. De fato, a ciência conhece pela destruição do seu objeto.
A ciência tem um “corpo”: ainda que atividade humana, precipita seus resultados, de revolução em revolução, numa identificação com o seu objeto.
As ciências, não só estão condenadas à insaciabilidade, mas a conhecer pela destruição e a se inter-devorarem. Pode-se hoje fisicalizar a Biologia (p. ex. teoria dos atratores), biologizar a Física (Kuhn) e psicanalisar o resto.