nossa tradução
Scribonius refere-se a Hipócrates como o “fundador de nossa profissão” – no latim original “conditor nostrae professionis” (Largus 1983, 2). Como observa um historiador da medicina sobre o uso de professio por Scribonius, o termo implica especificamente um compromisso ético:
Essa palavra [professio], na língua de sua época [de Scribonius], foi aplicada à obragem [workmanship] de preferência aos termos mais antigos e moralmente indefinidos, a fim de enfatizar as conotações éticas da obra, a ideia de uma obrigação ou dever por parte dos envolvidos nas artes e ofícios. (Edelstein 1967, 339)
A profissão de medicina envolve compromissos éticos únicos e o Juramento, por exemplo, como declaração pública mutuamente se implicam. De fato, tanto que se considera razoavelmente o assumir o juramento como transformador da técnica subjacente – para usar as palavras de Edelstein – de uma técnica subjacente “mais antiga e moralmente indefinida”. Ou seja, de acordo com o uso de Scribonius, uma prática incorporando compromissos éticos de definição de papeis.
Etimologicamente, “profissão” capta o aspecto de prestar juramento de tal prática. “Pro-” significa “em frente de” ou “abertamente;” “- fissão” vem do latim fateri, que significa “declarar”. Assim, por definição, um profissional faz uma declaração pública. No mínimo, isso pode significar simplesmente dizer “eu sou um _”. De fato, um uso romano arcaico da profissão refere-se à afirmação que se faz perante as autoridades fiscais em relação a sua ocupação. Por extensão, nomeia um chamado, aplicando-se particularmente a vocações que envolvem normas de conduta profissional (como atesta o uso de Scribonius). Os profissionais que lidam com assuntos de peso razoável professam defender os padrões de seu ofício. Assim, entre os primeiros usos da profissão, encontra-se a medicina – assim descrita pelo leigo Aulus Cornelius Celsus (por volta de 25 a.c. – 50 d.C.) no prefácio de seu trabalho De Medicina (Concerning Medicine).
Original
Scribonius refers to Hippocrates as the “founder of our profession”— in the original Latin “conditor nostrae professionis” (Largus 1983, 2). As one medical historian notes concerning Scribonius’ use of professio, the term specifically implicates an ethical commitment:
This word [professio], in the language of his [Scribonius’] time, was applied to workmanship in preference to the older and morally indefinite terms, in order to emphasize the ethical connotations of work, the idea of an obligation or a duty on the part of those engaged in the arts and crafts. (Edelstein 1967, 339)
The profession of medicine as involving unique ethical commitments and the Oath, for example, as public declaration mutually implicate one another. Indeed, so much so that one reasonably regards the taking of the oath- proper as transformative of the— to use Edelstein’s words— “older and morally indefinite” underlying technique into a profession. That is, in keeping with Scribonius’ usage, a practice incorporating role- defining ethical commitments.
Etymologically, “profession” captures the oath- taking aspect of such a practice. “Pro- ” means “in front of ” or “openly;” “- fession” comes from the Latin fateri, which means “to declare.” Thus, by definition, a professional makes a public declaration. Minimally, that might amount simply to saying “I am a _ .” Indeed, an archaic Roman usage of professio refers to the statement one makes before tax authorities concerning one’s occupation. By extension, it names one’s calling, applying particularly to vocations that involve norms of craft- conduct (as Scribonius’ usage attests). Practitioners who deal with adequately weighty matters profess to uphold their craft’s standards. Accordingly, among the first uses of professio one finds medicine— so described by the layman Aulus Cornelius Celsus (circa 25 b.c.— a.d. 50) in the preface to his work De Medicina (Concerning Medicine).