A sociedade se consuma, segundo Arendt, na sociedade de massas moderna: “A sociedade de massas mostra a vitória da sociedade em geral”1. Na sociedade de massas moderna, concretiza-se um “império do ninguém”. O “alguém”, como sujeito da ação, é reprimido. Em muitos aspectos, o império do ninguém se assemelha àquela ditadura do “impessoal”, que Heidegger também caracteriza como “ninguém”. O império do “impessoal” heideggeriano reprime, igualmente, a “possibilidade para agir” (SZ:294). Na sociedade de massas, o lugar da ação é substituído por uma “conduta” “que é esperada de todos pela sociedade, cada qual à sua maneira, e que, para tanto, prescreve-se incontáveis regras; todas com a mesma finalidade de normalizar os indivíduos socialmente, torná-los aptos à vida em sociedade e impedir uma atuação espontânea e realizações extraordinárias”2. (ByungVC)