Parece, pois, resultar evidente que a sensatez não é um conhecimento científico. Isto é, a sensatez, tal como foi dito, abre para o limite extremo de cada caso particular. Na verdade, a ação é um caso extremo e requer um poder de compreensão extremo. Deste modo, a sensatez opõe-se de certa forma à intuição [aisthesis]; pois a intuição abre sobre princípios axiomáticos, que não requerem qualquer espécie de esclarecimento. Por outro lado, a sensatez abre sobre o limite extremo de cada situação particular que de cada vez se constitui, para a qual não há nenhum conhecimento científico, mas apenas uma espécie de intuição. Embora este tipo de intuição se distinga da que abre para os conteúdos peculiares de intuição. É através deste tipo de intuição que nos apercebemos, por exemplo, de que o triângulo é a figura do limite mínimo da representação. Aqui também se chega a um ponto em que se é obrigado a parar. É assim que a intuição pertence mais ao domínio da matemática do que ao da sensatez, esta é de uma espécie diferente daquela. [CaeiroEN]