Tag: sujeito – objeto – subjetividade – objetividade – objetivação
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LiberaAS1 Não podemos dizer no momento quem, entre os modernos, foi o primeiro a falar de “sujeito” ao ler ou discutir Descartes. Certa passagem de Henri Gouhier sugere que Maine de Biran pode ter introduzido a expressão “sujeito psicológico” em relação ao cogito 1. O que é certo é que o autor do Ensaio sobre…
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LiberaAS3a Os filósofos fazem todo tipo de pergunta sobre o pensamento. Quem pensa? Sou eu o autor dos meus pensamentos? Qual é o lugar do pensamento? Qual é seu palco ou sua cena? Em que medida os pensamentos que me vêm à mente ou que tenho são realmente meus? Sou proprietário do meu próprio pensamento?…
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Lichtenberg2012 De acordo com Reinhold, toda representação deve consistir em um componente que se refere ao objeto distinto dela. Ele chama isso de “matéria da representação”, e é por meio dessa matéria que aquilo que é representado (o objeto) pertence à representação. No entanto, toda representação também deve conter outro componente que se refere ao…
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Vita1965 § 8 — Teoria dos objetos — Do ponto de vista formal denomina-se ‘objeto’ tudo o que é capaz de admitir um predicado qualquer, tudo o que pode ser sujeito de um juízo. É, pois, a noção mais geral possível, já que não importa que o pensado exista ou não exista: basta que se…
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Meillassoux2008 A teoria das qualidades primárias e secundárias parece pertencer a um passado filosófico irremediavelmente obsoleto. É hora de reabilitá-la. Para o leitor contemporâneo, tal distinção pode parecer um sofisma escolástico, desprovido de qualquer importância filosófica fundamental. No entanto, como veremos, o que está em jogo é a natureza da relação do pensamento com o…
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Debaise2017 Pode-se dizer das interpretações da obra de Whitehead o que ele próprio considera um requisito para todo pensamento filosófico: “A filosofia, em qualquer sentido adequado do termo, não pode ser provada. Pois a prova se baseia na abstração. A filosofia é ou autoevidente, ou não é filosofia. A tentativa de qualquer discurso filosófico deve…
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Debaise2017 A maioria daqueles que conseguiu traçar um caminho através de Process and Reality o fez na forma de uma “introdução”, ou, poderíamos dizer, uma “educação” no sentido dado ao termo por Foucault em A Hermenêutica do Sujeito. Foucault associa “educação” não ao educare, mas ao educere: uma mão estendida, levando-nos em direção ao exterior.…
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OMB8 e OMB9 Antes que esta proposição, eu penso, eu existo, possa ser expressa por estes signos separados: eu, penso, existo, a existência do eu é dada por apercepção interna ou intuição imediata. O ato intelectual, que une pensamento e existência como atributos inseparáveis da essência do sujeito eu, é um juízo intuitivo: este se…
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(Experience, Emerson1844) Ilusão, Temperamento, Sucessão, Superfície, Surpresa, Realidade, Subjetividade — esses são os fios no tear do tempo, esses são os senhores da vida. Não ouso presumir dar sua ordem, mas os nomeio conforme os encontro em meu caminho. Sei que não devo alegar completude para meu quadro. Sou um fragmento, e isto é um…
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(Experience, Emerson1844) Tal como sou, assim vejo; por mais que tentemos disfarçar com palavras, só podemos expressar aquilo que realmente somos. Hermes, Cadmo, Colombo, Newton, Bonaparte – todos são ministros da mente. Em vez de nos sentirmos diminuídos diante de um grande homem, devemos recebê-lo como um geólogo viajante que atravessa nossas terras e nos…
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(Experience, Emerson1844) É profundamente infeliz, mas já tarde demais para ser remediada, a descoberta que fizemos de que existimos. Essa descoberta é chamada de Queda do Homem. Desde então, desconfiamos de nossos instrumentos. Aprendemos que não vemos diretamente, mas por mediação, e que não temos meios de corrigir essas lentes coloridas e distorcidas que somos,…
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(Jullien2009) Ao defender o “não-agir” e o recuo de um tema como princípio, outra tradição de pensamento, como a chinesa, torna-nos sensíveis, pelo contrário, a essa inteligibilidade que de repente nos parece faltar. Em todo caso, fornece-nos um primeiro viés para nos orientar nesse desamparo. Esse deslocamento pode nos servir. Pois, longe de promover, sob…
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(Gil1998) A irredutibilidade do agir manifesta-se como um estrato pré-intencional, inacessível a uma completa explicação racional. Contentar-nos-emos aqui em indicar que ela é posta em evidência, pela negativa, pela insuficiência dos critérios racionais de determinação da acção, que desembocam em paradoxos e aporias. A definição da acção coloca o problema da sua individuação. Por exemplo,…
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(Gil1998) Assiste-nos então o direito de admitir uma consciência cujo teor, irredutível, é pelo menos triplo: o sujeito é portador da sua experiência, esta experiência é sentida e o seu conteúdo é formado por actos em que a vontade se realiza. A compreensão vive de todas estas dimensões da subjectividade. Limitar-nos-emos a apurar o lugar…
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(Gil1998) Uma proposição-chave das Investigações Filosóficas resume o programa de Wittgenstein: «Um ‘processo interior’ requer critérios exteriores» (secção 580). Esta tese acha-se ligada ao «argumento contra a existência de uma linguagem privada» cujo exacto alcance é aliás difícil de determinar (como tem sido por muitos observado). Prima facie, tratar-se-ia de um argumento contra a possibilidade…
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(Gil1998) Deixamos de lado a construtibilidade, para nos concentrarmos na acção que dela é o substrato. A visão, escreve Weyl, deve ser acção. Ora a acção é negócio do sujeito e dele apenas. Citando Fichte, «só do meu fazer tenho consciência imediata» 1. Que se deve entender por subjectividade? Queremos dar a este termo um…