Tag: si mesmo
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Kyoto2013 Nosso senso comum de si empalidece em comparação com nos tornarmos “verdadeiramente nós mesmos” no campo de Śūnyatā. No campo da consciência ordinária, tentamos em vão nos agarrar, e temos dificuldade similar ao tentar apreender objetivamente as coisas do mundo de forma representacional. No campo de Śūnyatā, o “si original em si mesmo” se…
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Kyoto2013 Nishitani ofereceu uma saída para esse niilismo do campo da consciência, que nos deixa eternamente presos em nossa própria consciência subjetiva. Ele faz isso substituindo “o campo de Śūnyatā” pelo campo da consciência. O caminho para esse segundo campo já está presente no primeiro. A percepção de que tanto o si quanto as coisas…
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Sorabji, 2006 Foi Plotino, o fundador do Neoplatonismo seiscentos anos depois de Platão, no século III d.C., quem realmente lutou com o problema de saber se o si platônico é suficientemente individual. Ele estava dividido entre pensar que não deveríamos nos separar do Intelecto universal atemporal do qual derivamos, para não perdermos nossa identidade tanto…
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Sorabji, 2006 […] duvido que Aristóteles concordasse com Platão que o nosso verdadeiro si mesmo fosse o intelecto, da forma como Platão o entendia. Cada uma das quatro vezes que ele relata a doutrina, ele a relata como algo que é pensado, em vez de algo com que ele está comprometido. Ele não acredita na…
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Sorabji, 2006 […] Sócrates aguardando a execução é representado no Fédon 115C de Platão oferecendo a seus amigos a garantia: eu não sou meu corpo, mas minha alma racional, que continuará e florescerá melhor sem um corpo. Em sua República, Platão introduz partes não racionais da alma, bem como a parte racional, e as partes…
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Sorabji, 2006 Ao perguntar sobre o si mesmo, não estou perguntando o que é ser um ser humano ou um animal superior em geral, mas o que é ser um indivíduo. É claro que não haveria si mesmos se o tipo, o ser humano ou animal superior, não existisse, e então o que é para…
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(FRER:96-97) […] o Si só pode calar-se. Em qualquer circunstância, ele pode sempre buscar expressar-se em monólogos líricos, embora essa expressão, enquanto tal, não lhe seja mais totalmente adequada; o Si não se expressa, ele está enterrado em si mesmo. Mas assim que entra em conversação, deixa de ser Si; Si, ele só é enquanto…
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(FRER:95) Pois aí está o distintivo do Si, o selo de sua grandeza como o estigma de sua fraqueza: ele se cala. O herói trágico só possui uma linguagem que o corresponde perfeitamente: o silêncio, precisamente. Assim é desde o início. O trágico forjou, por essa mesma razão, a forma estética do drama que permite…
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(FRER:94) Desde antes do desafio trágico de Sansão e de Saul, o Oriente Próximo mais antigo inventou o protótipo do herói trágico com a figura que se encontra no limite entre o divino e o humano, com Gilgamesh. A trajetória de vida de Gilgamesh passa por três pontos fixos: o início é o despertar do…
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O si mesmo me chega, assim, como um dado, que eu recebo ao mesmo tempo que todos os outros dados. Este mesmo que se recebe ao mesmo tempo que isto que recebe pode ser chamado de dação 1. Deus dá lugar àquilo que ainda não pode receber, porque ainda não está aí, não tendo por…
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O ego, portanto, não é ele mesmo por ele mesmo. Nem pela apreensão de si na consciência de si (Descartes, pelo menos segundo sua interpretação comum), nem por um performativo (Descartes em uma acepção menos comum), nem pela apercepção (Kant), nem mesmo pela autoafecção (Henry) ou pela decisão antecipadora (Heidegger). O ego nem mesmo acessa…
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(MHEM) […] il apparaît que le passage de l’être-en-soi à l’être-pour-soi consiste dans la position hors de soi de l’être, est le passage de l’être à l’extérieur de soi ; ce qui se réalise dans un tel passage, c’est l’être-à-l’extérieur-de-soi de l’être-en-soi, et cet être-à-l’extérieur-de-soi est le pour-soi de l’être-en-soi, son existence. 10 Dans cet…
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(MHEM) Qu’expriment-elles d’autre alors, en effet, que la simple tautologie, mais d’une manière bizarre et inutilement compliquée ? Ou bien la transcendance ne se donne-t-elle pas en elles, en l’absence de tout autre fondement, comme la seule origine à partir de laquelle elle a, précisément, à être ce qu’elle est et, comme telle, à assumer,…
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Comme dans son indétermination primitive, le milieu phénoménologique pur n’a pas conscience de soi, il n’y a en lui aucune conscience effective, aussi longtemps du moins qu’il n’y a en lui rien d’autre que lui. 14 L’objet est le devenir-conscient de l’essence de la conscience, il est ce qui permet à cette essence de prendre…
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Le fondement n’est pas quelque chose d’obscur, il n’est ni la lumière, qui ne devient perceptible que sur la chose qui brille en elle, ni la chose elle-même, en tant que « phénomène transcendant », mais une révélation immanente qui est une présence à soi-même, quoiqu’une telle présence demeure « invisible ». 7 La présence…
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L’essence de la manifestation n’est pas la manifestation de soi. 13 L’essence est le pour-soi lui-même comme tel, mais, en tant que dans son acte d’apparaître, ce n’est pas cet acte d’apparaître qui apparaît, le pour-soi n’est pas la manifestation de soi, il n’est pas une essence selbst-ständig. 13 Cette dissimulation de soi de l’essence…