SPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte : Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Proposição 2. Se separamos uma emoção do ânimo, ou seja, um afeto, do pensamento de uma causa exterior, e a ligamos a outros pensamentos, então o amor ou o ódio para com a causa exterior, bem como as flutuações de ânimo, que provêm desses afetos, serão destruídos.
Demonstração. Com efeito, o que constitui a forma do amor ou do ódio é uma alegria ou uma tristeza, acompanhada da ideia de uma causa exterior (pelas def. 6 e 7 (...)
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Espinosa, Baruch (1632-1677)
BARUCH ESPINOSA (Baruch (de) Spinoza, Benedictus de Spinoza, Benedict de Spinoza, Benedito de Espinosa) (1632-1677)
OBRAS NA INTERNET:
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Espinosa (E V, 2): separar emoção do pensamento
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Espinosa (III, 32, Schol.): imagens enquanto afecções
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte : Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Escólio. Vemos, assim, como a natureza dos homens está, em geral, disposta de tal maneira que eles têm comiseração pelos que vão mal; e inveja pelos que vão bem, com um ódio que será tanto maior (pela prop. prec.) quanto mais amarem a coisa que imaginam ser objeto de desfrute de um outro. Vemos, além disso, que da mesma propriedade da natureza humana, da qual se segue que os homens são misericordiosos, segue-se também (...) -
Espinosa (E 3, XXXIX, Schol.): o bem
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte : Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Escólio. Por bem compreendo todo gênero de alegria e tudo o que a ela conduz e, especialmente, aquilo que aplaca uma saudade, qualquer que ela seja. Por mal, em troca, compreendo todo gênero de tristeza e, especialmente, aquilo que agrava uma saudade. Com efeito, demonstramos anteriormente (no esc. da prop. 9) que não desejamos uma coisa por julgá-la boa, mas, ao contrário, dizemos que é boa porque a desejamos. E, (...) -
Espinosa (E IV Apêndice 32): aceitação
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte : Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Mas a potência humana é bastante limitada e infinitamente superada pela potência das causas externas; e por isso não temos um poder absoluto de adaptar para nosso uso as coisas que estão fora de nós. No entanto, suportaremos com igual ânimo as coisas que nos ocorrerem contra o que postula a regra da nossa utilidade se estivermos cônscios de que cumprimos nossa função, de que a potência que temos não pôde estender-se (...) -
Espinosa (E 5): caminho à liberdade
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte : Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Passo, por fim, à outra parte da ética, que trata da maneira, ou seja, do caminho que conduz à liberdade. Nesta parte, tratarei, pois, da potência da razão, mostrando qual é o seu poder sobre os afetos e, depois, o que é a liberdade ou a beatitude da mente. Veremos, assim, o quanto o sábio é mais potente que o ignorante. De que maneira e por qual via, entretanto, deve-se aperfeiçoar o intelecto e por qual arte deve-se (...) -
Espinosa (TP): vícios
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroDiogo Pires Aurélio
1. Os filósofos concebem os afetos com que nos debatemos como vícios em que os homens incorrem por culpa própria. Por esse motivo, costumam rir-se deles, chorá-los, censurá-los ou (os que querem parecer os mais santos) detestá-los. Creem, assim, fazer uma coisa divina e atingir o cume da sabedoria quando aprendem a louvar de múltiplos modos uma natureza humana que não existe em parte alguma e a fustigar com sentenças aquela que realmente existe. Com efeito, concebem os homens não (...) -
Espinosa (E III, Def.): afetos - affectiones
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte : Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
3. Por afeto compreendo as afecções do corpo, pelas quais sua potência de agir é aumentada ou diminuída, estimulada ou refreada, e, ao mesmo tempo, as ideias dessas afecções.
Explicação. Assim, quando podemos ser a causa adequada de alguma dessas afecções, por afeto compreendo, então, uma ação; em caso contrário, uma paixão.
Francisco Larroyo
III. Entiendo por afecciones las afecciones del cuerpo por medio de las cuales (...) -
Espinosa (E 1, 32): vontade
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte : Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Proposição 32. A vontade não pode ser chamada causa livre, mas unicamente necessária.
Demonstração. A vontade, tal como o intelecto, é apenas um modo definido do pensar. Por isso (pela prop. 28), nenhuma volição pode existir nem ser determinada a operar a não ser por outra causa e, essa, por sua vez, por outra, e assim por diante, até o infinito. Caso se suponha que a vontade é infinita, ela também deve ser determinada (...) -
Espinosa (E 2, 13): objeto da ideia = corpo
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroSPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Proposição 18. Se o corpo humano foi, uma vez, afetado, simultaneamente, por dois ou mais corpos, sempre que, mais tarde, a mente imaginar um desses corpos, imediatamente se recordará também dos outros.
Demonstração. A mente (pelo corol. prec.) imagina um corpo qualquer porque o corpo humano é afetado e arranjado pelos traços de um corpo exterior da mesma maneira pela qual ele foi afetado quando algumas de suas (...) -
Espinosa (E II, 11): Pensamento constitui Mente
15 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroESPINOSA, Benedictus de. Ética. Tr. Grupo de Estudos Espinosanos. São Paulo: EDUSP, 2015, 145, 147
Grupo de Estudos Espinosanos
Proposição XI. O que, primeiramente, constitui o ser atual da Mente humana é nada outro que a ideia de uma coisa singular existente em ato.
Demonstração. A essência do homem (pelo corol. da prop. prec.) é constituída por modos certos dos atributos de Deus, e certamente (pelo ax. 2 desta parte), por modos do pensar, dentre todos os quais (pelo ax. 3 desta parte) a ideia (...)