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Nuage d’inconnaissance / Nuvem do Desconhecido / Cloud of Unknowing

  

Notável peça do misticismo cristão do final da Idade Média, onde a profundidade da meditação nos eleva e dirige à união divina (vide anakrasis e theosis).

Excertos da introdução de Evelyn Underhill   de sua edição desta obra

A pequena família de tratados místicos que é conhecida para os estudantes como «o grupo da Nuvem do Desconhecido», merece mais atenção do que até então tem recebido dos amantes ingleses do misticismo: pois representa a primeira expressão em nossa língua daquela grande tradição mística dos neoplatonistas cristãos que se reuniram, refizeram, e «salgaram com sal de Cristo» tudo que havia de melhor na sabedoria espiritual do mundo antigo.

Essa sabedoria fez sua entrada definitiva na campo católico por volta de 500 dC, nos escritos do profundo e anônimo místico que escolheu se chamar «Dionísio o Areopagita  ». Trezentos e cinquenta anos mais tarde, estes escritos foram traduzidos para o latim por JOÃO ESCOTUS ERIGENA, um escolástico da corte de Carlos Magno, e assim se tornou disponível para o mundo eclesiástico do Ocidente. Outros quinhentos anos passaram, durante os quais sua influência foi sentida, e sentida fortemente, pelos místicos de todo país europeu: por São Bernardo, os Vitorinos, São Boaventura  , São Tomás de Aquino  . Todo leitor de Dante   sabe a parte que desempenham no Paraíso. Então, por volta do século XIV, a Inglaterra — no tempo do auge do grande período místico — lideraram o caminho com a primeira tradução em língua vernácula da obra do Areopagita. Em Dionise Hid Divinite, uma versão da Teologia Mística, esta tesouro espiritual foi pela primeira vez tornado acessível àqueles fora da classe profissionalmente religiosa. Certamente isto é um fato que todos os amantes do misticismo, todos os «patriotas espirituais», deveriam se preocupar em guardar em mente.