Filosofia é uma sabedoria do conhecimento, uma correction du savoir-penser. (Tr. Smith Caldas)
Ninguém contesta que filosofia implica mais o amor pela sabedoria do que o amor ao saber, nem que depois, por uma transição natural do amor para a sabedoria, surgiu a filosofia, que passou a significar a doutrina dos que apreciam a sabedoria e são denominados filósofos.
Ora, o saber ou conhecimento como tal não é um mero informe dado pelos sentidos (o reflexo de qualquer coisa no espelho retinal pode (...)
Página inicial > Palavras-chave > Termos > apocalipse / αποκάλυψη / revelação / revelatio / tajalli
apocalipse / αποκάλυψη / revelação / revelatio / tajalli
A Revelação, com muita correção o indica René Guénon, «repousa», quer dizer implica e necessita, nos indivíduos, a existência de faculdades transcendentes aptas a receber uma comunicação de origem superior. Que estas faculdades sejam nomeadas «intuição », «inspiração», o importante é ver que elas correspondem todas a mesma função: a capacidade de recepção, pela operação de disposições particulares, de um depósito supra-humano que não é outro senão a «Tradição Primordial». Esta capacidade própria ao homem lhe permite se abrir, no que concerne a «inspiração», à ação do que o cristianismo considera como a ação do Espírito Santo, e para o que é a «intuição intelectual» aos estados superiores do ser.
A Índia dá o nome de «Shruti », quer dizer «o que é entendido», a esta Revelação, que, segundo a Tradição, está na origem da transmissão do Veda .
A Shruti é portanto bem mais que um simples conhecimento, ela é o princípio de todos os conhecimentos, «ela é a Luz direta, que, como a inteligência pura, a qual é é ao mesmo tempo a pura espiritualidade, corresponde ao Sol».
A Revelação é portanto o «Conhecimento» por excelência e definição, é a Luz vinda do alto, é o ensinamento divino, a autêntica «Palavra», a obra do Verbo, posto que ela é precisamente «audição». [Dicionário de René Guénon]