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gymnos / γυμνός / nudez

  

Karl Renz

Q: O que não pode passar pelo buraco da agulha?

K: O proprietário. Há uma estória em Israel que um camelo passa pelo buraco da agulha mas não seu proprietário. O proprietário não pode entrar no reino do coração porque coração não pode ser possuído. Ninguém vem a mim com algo; tens que ser a existência nua não conhecendo o que és e o que não és. Com essa nudez entras no reino do coração. Mas ele ainda quer conhecer que roupa usar na próxima vez [se dirigindo a alguém que perguntou sobre reencarnação]. A tradução não é correta quando diz que tens que estar nu diante da existência, todos pensam que têm que estar nus no paraíso. A nudez significa a ausência de qualquer ideia daquilo que és ou não és. Existência nua que nem mesmo conhece existência.

Frithjof Schuon

"Por outro lado, a nudez pode exprimir — e ela servirá, assim, de apoio à meditação — o amor para com o Criador, do qual o homem sente a Presença em sua carne consagrada, o que implica, por via de consequência, a abolição dos limites artificiais e especificamente humanos — representados pelas vestes — que separam o homem do resto da criação. O corpo nu não só tem um aspecto de ‘inocência’, ou de ‘infância’, devido ao fato de ser obra e imagem do Criador, e que, sob esse aspecto ele é ‘bom’ e ‘puro’ como a própria criação primordial, mas tem, também, um aspecto de ‘nobreza’ — poderíamos dizer ‘de amor’ — porque reflete, por sua beleza, a beleza de Deus, ou, em outros termos, porque ele manifesta a Bem-aventurança e a Bondade divinas que presidem ao Ato divino da criação. Enfim, o corpo possui, ainda, um aspecto de ‘serenidade’ ou de ‘realidade’, porque ele afirma ‘o que realmente é’, isto é, a Verdade nua, informal e una, e não obscurecida pelos ‘véus’ do arbitrário pensamento humano. Dizer que o corpo simboliza realidades espirituais e mesmo Aspectos divinos — aquelas se referindo, aliás, necessariamente, a estes — significa dizer que ele ‘é’ realmente essas realidades e Aspectos sobre seu plano de existência, e, por consequência, que os aspectos positivos do corpo são metafisicamente mais reais que seus aspectos de impureza e de pó; e é precisamente esse conhecimento que afirma a nudez sagrada". Enfim, numa nota de obra anteriormente citada, o hatha yoga é definido como uma "espécie de pensamento corporal-existencial que será não somente impraticável, mas mesmo inconcebível num povo que tenha o moralismo das vestes". (extrato de François Chenique  , Ioga Espiritual)

Julius Evola

En la obra de "desnudamiento" lo más difícil es rescindir el vínculo, por lo cual el corazón tiene la enfermedad del Yo. Gichtel   lo denomina "amor de sí", pero a nivel de ciencia iniciática se puede abstraer cualquier colorido moral y hablar simplemente del espíritu que se identifica a la calificación que el mismo recibe de la conexión con un cuerpo determinado: tanto de no tener ninguna conciencia de sí afuera de esta misma conexión. Tal es la ahamkara de la Índia - enseñanza hindú que se dice que reina justamente en el corazón, en el anahata-chakra, como un "humo de ignorancia" (equivalente a la serpiente) que "esconde la llama del atma", del Sí (equivalente al Sol). El autor anónimo del De Pharmaco Catholico, al hablar de "nitrógeno" con el cual se tienen que pegar y calcinar las puertas del reducto solar, quizás alude justamente a esta superación, que es efectivamente una mortificación, un partir aquello que se pensaba que estaba en el centro de la vida. Aquí los procedimientos varían según las vías. [Gichtel - THEOSOPHIA PRACTICA]