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himation / ἱμάτιον / veste / vestimenta / roupa

  

René Guénon

Es por un simbolismo similar al de la tortuga por lo que, como ya lo hemos indicado incidentalmente en otra parte [1], la vestidura de los antiguos príncipes, en China, debía tener una forma redonda por arriba (es decir en el cuello) y cuadrada por abajo, puesto que estas formas son las que representan respectivamente al Cielo y a la Tierra; y podemos notar desde ahora que este símbolo presenta una relación muy particular con otro, sobre el que volveremos un poco más adelante, que coloca al Hombre entre la escuadra y el compás, puesto que éstos son los instrumentos que sirven respectivamente para trazar el cuadrado y el círculo. Se ve además, en esta disposición de la vestidura, que el hombre-tipo, representado por el príncipe, por unir efectivamente el Cielo y la Tierra, era figurado como tocando el Cielo con su cabeza, mientras que sus pies reposaban sobre la Tierra; ésta es una consideración que encontraremos enseguida de una manera más precisa todavía. Añadiremos que, si la vestidura del príncipe o del soberano tenía así una significación simbólica, era igual para todas las acciones de su vida, las que estaban reguladas exactamente según los ritos, lo que hacía de él, como acabamos de decir, la representación del hombre-tipo en todas las circunstancias; por lo demás, en el origen  , debía ser efectivamente un «hombre verdadero», y, si más tarde ya no pudo serlo siempre igualmente, en razón de las condiciones de degeneración espiritual creciente en la humanidad, por ello no continuó menos invariablemente, en el ejercicio de su función e independientemente de lo que podía ser en sí mismo, «encarnando» de alguna manera al «hombre verdadero» y ocupando ritualmente su sitio, y debía hacerlo tanto más necesariamente cuanto que, como se verá mejor todavía después, su función era esencialmente la del «mediador» [2]. [O MEDIADOR]

Manuel João Ramos

Henri-Charles Puech   propõe ver numa passagem dos Atos de João elementos explicativos suplementares da noção de «aparência» (copta eine, gr. morphe) que surge no Evangelho: recebendo de um dos seus devotos, Licomedes, um retrato, João recusa reconhecer-se nele; ao ser-lhe mostrado um espelho para comparar, declara: «Assim como o Senhor Jesus Cristo viveu, esta imagem assemelha-se-me; não a mim, meu filho, mas à minha aparência carnal». (Atos de João, 26-29, in Puech, 1978, II:116-117). À oposição entre a «aparência» carnal, putrescível, e a «imagem» ou «modelo» (copta hikôn, gr. eikon) imutável e invisível no mundo físico, está imanente uma inversão de perspectiva: o acesso à «imagem» espiritual significa que o indivíduo purificado se reconhece a si próprio como espelho, como duplo de Deus. Esta bipartição surge também fortemente expressa nos Hinos sobre o Paraíso, de Efraim, diácono de Edessa (século III): são aí abundantes as referências às «roupas de glória», ou «roupas de luz» dos habitantes do Paraíso (os «filhos da luz», X,6; João, XII, 36), cuja «magnificência faz desaparecer as formas da nudez» (VII,5); por outro lado, Jesus Cristo é descrito no Hino XII como usando a «armadura do vencido» no mundo terreno: esta «armadura» é, para Efraim, a forma corporal de Adão, que foi despido da sua «roupa de glória» (XV, 8) ao ser expulso do Paraíso.

A oposição entre «aparência» apenas exterior e «imagem» simultaneamente interior e exterior, sendo central nos textos apócrifos de inspiração teológica gnóstica, encontra numa obra diretamente relacionada com o apóstolo dos Logia, os referidos Atos de Tomé, uma ilustração que merece algum destaque já que aqui, e nomeadamente no Hino da Pérola, esta temática de sabor gnóstico é expressamente articulada com as ideias de «invólucro» e «indumentária» que caracterizam o personagem central, o «filho do Rei». Já no Evangelho, Tomé surge individualizado como o discípulo de Cristo com quem este mantém uma relação preferencial: no Evangelho de Tomé - Logion 13, não aceita que Tomé o trate por «Senhor» e transmite-lhe, em exclusivo, conhecimentos secretos [3]. Esta associação especial é explorada nos Atos de Tomé, de forma consentânea com a valorização que o cristianismo copta siríaco faz da figura do apóstolo evangelizador do Oriente, tomado como santo patrono da cidade de Edessa. Tomé, designado nos Atos, de forma significativa, como Judas Tomé Dídimo, ou seja, Judas Tomé, o gêmeo de Cristo, é caracterizado como sua figuração intermutável, e como ele «estranho» a este mundo: Jesus aparece sob a forma de Tomé, e vice-versa (.11 e .45 da versão síria, in: Klijn, 1962); são «irmãos» e «co-iniciados» (.12); ele é o «gêmeo de Cristo» que «participa dos santos mistérios de Deus», e de quem recebeu «as suas palavras secretas» (.34); Nos diversos confrontos entre Tomé e o Diabo, o qual surge sob o disfarce de uma «serpente negra», de uma «mulher possuída» ou de «velho negro», o apóstolo desmascara-o e afugenta-o, sendo por este definido como a aparência terrestre de Jesus Cristo e, como este, «destruidor da raça» dos demônios. Em várias ocasiões é, por aqueles que recusam a conversão, suspeito e acusado de praticar «fraudes», «feitiçaria», e «encantamentos mágicos» sobre aqueles que se dispõem a segui-lo. No .45, o Diabo acusa Tomé de agir como Jesus: «porque és igual a Deus, teu Senhor, que disfarçou a sua majestade e surgiu como carne, e nós julgamos poder olhá-lo como a um mortal mas (...) quando pensamos que o podíamos ter sob o nosso poder, ele voltou-se (contra nós) e lançou-nos no abismo; porque não o conhecíamos, porque ele nos enganou com o seu aspecto humilde» (Klijn, 1962:88). [Excertos de "Mitologia Cristã"]


[1EL REINO DE LA CANTIDAD Y LOS SIGNOS DE LOS TIEMPOS, cap. XX.

[2Ya hemos insistido en otras ocasiones sobre la distinción que es menester hacer, de una manera general, entre una función tradicional y el ser que la desempeña, donde lo que está vinculado a la primera es independiente de lo que el segundo vale en sí mismo y como individuo (ver concretamente APERCEPCIONES SOBRE LA INICIACIÓN, cap. XLV).

[3Cfr. os logia 13 e 108; o diálogo inicial do logion 13 é aproximável da passagem canônica da chamada «confissão de Pedro».