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chrysos / χρυσός / o ouro / the gold / l’or

  

Mario Satz

Para os chineses, o ideograma Kin, que simboliza o ouro, representa também o perfeito. Na Índia, é clássica a ideia de que o precioso metal encarna a luz, é a luz em forma mineral. Em certas outras culturas como, por exemplo, a egípcia, a carne dos deuses era de ouro. Os ícones bizantinos e russos, assim como os retábulos e altares barrocos, eram plenos de ouro posto que plenos de luminosa fé. Para os alquimistas, que buscavam transmutar os metais não-nobres em ouro, através do amadurecimento consciente, o objetivo final era o estado crítico, a conquista da suprema homologia solar: aquela do Logos Radiante e Criador. Para os brâmanes  , o ouro é a “imortalidade”, enquanto que, para Angelus Silesius  , a conversão de chumbo em ouro equivale á transformação do homem em Deus pelo próprio Deus. [O TESOURO INTERIOR]

René Guénon

[...] ouro não é uma figura de retórica, é uma figura de pensamento. O ouro é (não podemos dizer significa) luz, vida, imortalidade (vários trechos do Satapatha Brahmana  , e tradicionalmente); e refinar este ouro é separar queimando do nosso Eu espiritual a escória de tudo que não é o Eu. Por isso o cordel com o qual o polichinelo humano é manipulado é feito de ouro (Platão, (Leis 644); e Blake nos dá um fio "de ouro" que "nos levará às portas do céu".


El nombre Hiranyagarbha tiene un sentido muy próximo al de Taijasa, ya que el oro, según la doctrina hindú, es la "luz mineral"; los alquimistas le consideraban también como correspondiendo analógicamente, entre los metales, al sol entre los planetas; y es al menos curioso notar que el nombre mismo del oro ( aurum ) es idéntico a la palabra hebrea aôr, que significa "Luz". [ESTADO DE SONO]

Julius Evola

Uma ideia central da Arte Régia é que o hermetista realiza determinadas operações, mediante as quais atualiza (põe em ato) e leva à perfeição uma «matéria» simbólica que a Natureza deixou imperfeita e em potência; e, sem a ajuda da Arte, o hermetista não conseguiria tal proeza. Esta ideia central refere-se a tudo aquilo que o homem comum acha ser de aqui de baixo, mas também se refere à dignidade, «desconhecida pelas raças anteriores», de que já falamos e cuja relação com o espírito específico dos «ciclos heroicos» já mencionamos também.

No respeitante ao primeiro ponto, podemos citar, entre outros, o De Pharmaco Catholico: «A natureza detém-se e suspende o trabalho no Ouro (no sentido de «Ouro vulgar», interpretável como aquele estado segundo o qual a força solar se encontra no homem comum)... Termo supremo de todos os metais (de todas as demais naturezas diferenciadas da «matriz»), acima e além do qual a própria natureza por si só não pode formar mais nenhum metal». Mas «os homens podem ajudar a natureza e obrigá-la a realizar um esforço superior ao realizado para as suas produções ordinárias», alcançando o fim, aquilo a que Geber chama «o limite extremo», a «coisa difícil», «a mais distante que o homem possa desejar». Os alquimistas estabelecem assim a distinção entre aquele Ouro, que é uma produção natural, e o outro Ouro que se produz mediante a Arte e que recebe o signo e a marca dos «Mestres do Poder». Por isso, Filaleuto diz alegoricamente que se o Mercúrio se encontra nos vendedores, o Sol ou Ouro é «uma consequência do nosso trabalho e da nossa operação», e quem não sabe isto, não «conhece ainda o objetivo da nossa obra secreta». Como sublinhamos no princípio, a Arte hermética não tem por finalidade descobrir o Ouro, mas fabricá-lo. [TRADIÇÃO HERMÉTICA]

Séverin Batfroi

Esta coisa única nada mais é que o Verbo de Deus, que deve se encarnar a fim de que sejam feitos os milagres divinos no seio da humanidade. Seria no entanto bom que se visualizasse o simbolismo solar sob o aspecto sagrado, pois pode se traduzir também ao plano profano. O ouro vulgar não é a manifestação mais sublime do Espírito no domínio mineral, quer dizer que o valor que lhe confere a realeza metálica não está senão bem distanciada da canonicidade do ouro filosófico. O primeiro nada mais é que uma forma profana do segundo, como o Rei, personagem solar por excelência, não é senão o Tenente" do Cristo, única e verdadeira Encarnação do Ouro astral. [ALQUIMIA   E REVELAÇÃO CRISTÃ