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Pastor de Hermas / Ποιμήν του Ερμά / Poimēn tou Herma / Pastor Hermae / Shepherd of Hermas / Pasteur d’Hermas

  

Um dos escritos mais considerados da antiguidade cristã, tido por inspirado, chegou a ser a colocado no cânone do NT durante certo tempo, suas referências demonstram a alta estima que era tido, muito usado para os que entravam na Igreja que queriam ser instruídos na piedade (Eusébio, HE, III,3:6). Trata-se de uma obra com 114 capítulos divididos em 03 partes: 05 visões, 12 mandamentos e 10 Parábolas. Após larga difusão nas igrejas gregas do Oriente, considerado inspirado por uns, útil para maioria e recusado por alguns, foi considerado apócrifo depois do Concílio de Hipona (393).

A preocupação central não é doutrinária-dogmática, mas sim moral, o argumento principal é a necessidade de penitência indo ao encontro da misericórdia divina, sendo o conceito de penitência considerado como meio de santificação do homem, correspondente aos sacramentos da Igreja. Sua eclesiologia domina a ideia de que a Igreja é necessária para a salvação. Quanto a Cristo, não emprega nenhuma vez, ao longo da obra, os termos Jesus Cristo, ou Logos, chama-o de Salvador, Filho de Deus e Senhor, por isso sua Cristologia suscitou dificuldades, pois, considerava apenas duas pessoas em Deus: Deus Pai e Deus-Espírito-Filho. [Enciclopédia Católica, contribuição Antonio Carneiro  ]


I. Hausherr  : Nomes de Jesus

Hermas sabia que "o nome do Filho de Deus é magnifico, infinito, sustentador do mundo inteiro". O "nome" é identificável com a cristandade ela mesma de tal modo que Hermas, como Ignacio de Antioquia e outros, usam esta palavra por si mesma para valer por toda síntese cristã. O primeiro lugar desta síntese foi reservada para "o nome real e glorioso", "o nome do Filho de Deus", sobre bem-amado Filho. Por tais frases os autor leigo exaltou este nome mais ainda que o Bispo de Antioquia, embora nunca escrevesse "Jesus" ou "Cristo".