Excerto traduzido do Prefácio de Roger Lewinter de GRODDECK, Georg. La maladie l’art et le symbole. Tr. Roger Lewinter. Paris: Gallimard, 1969.
nossa tradução
I. Por causa de si entendo aquilo cuja essência envolve existência, ou seja, aquilo cuja natureza não pode ser concebida senão existente.
III. Por substância entendo aquilo que é em si e é concebido por si, isto é, aquilo cujo conceito não precisa do conceito de outra coisa a partir do qual deva ser formado.
IV. Por atributo entendo aquilo (...)
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ANTROPOLOGIA - PSICOLOGIA
Matérias
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Lewinter: Isso e eu
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 49,3 (V, 3, 3) — O intelecto da alma e o Intelecto "puro"
27 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 2, 21 a cap 3, 21: O intelecto da alma e o Intelecto "puro" Cap 3, 21 a cap 4, 4: O pensamento discursivo da alma é o que "nós" somos verdadeiramente, enquanto podemos nos servir da sensação e ter acesso ao Intelecto "puro"
Míguez
3. La sensación nos da la visión de un hombre y ofrece su imagen a la razón discursiva. Pero, ¿qué es lo que dice ésta? Nada diría y se limitaría a conocerla si no se preguntase a sí misma lo que esta imagen es, o si, en el caso de que la hubiese encontrado (...) -
De Libera (AS:34-36) – o sujeito "cartesiano"
24 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroDE LIBERA, Alain. Arqueologia do Sujeito. Nascimento do Sujeito. Tr. Fátima Conceição Murad. São Paulo: Fap-Unifesp, 2013, p. 34-36
Se não tivesse havido o-cogito-de-Descartes, sem dúvida jamais teria havido o-cogito-de-Agostinho. Mas, mais ainda, se não tivesse havido, aumentando a mira, esse objeto trans-histórico: “o”-cogito-EM-Descartes, ninguém jamais teria se interessado em “o” procurar, e naturalmente em “o” encontrar em estado nascente nesse outro: “o”-cogito-EM-Agostinho. Procurar o (...) -
Eudoro de Sousa (HCSM:104-110) – Empédocles
10 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 104-110]
60. Parmênides teria sido o primeiro pluralista, se o seu dualismo fosse o da realidade, e não o da aparência — da aparência, pura e simples, ou da aparência da realidade: o dualismo da Luz e da Noite é questão de nomos («convenção»), e não de physis («natureza»), Empédocles institui o pluralismo na realidade, na medida em que cada um dos seus quatro elementos se determina como idêntico a si (...) -
Plotino - Tratado 50,1 (III, 5, 1) — O amor como paixão da alma
20 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 1: Introdução. O amor como paixão da alma linhas 1-10: Questões iniciais: o amor é um deus, um demônio ou uma paixão da alma? Necessário retornar ao ensinamento de Platão linhas 10-26: O amor como paixão da alma. O princípio do amor, é o desejo que por natureza a alma experimenta pela beleza. linhas 26-38: Em defesa do Eros ligado ao mundo sensível linhas 38-65: Eros como paixão se apresenta sob três formas: o Eros puro, o Eros misto temperante e o Eros misto pervertido
Míguez
1- ¿Es el amor un (...) -
Schopenhauer (MVR1:58-61) – A vida é sonho
18 de abril de 2021, por Cardoso de Castro[SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 58-61]
Jair Barboza
A questão acerca da realidade do mundo exterior, tal qual a consideramos até agora, sempre se originou de um engano da razão consigo mesma, alçado à confusão geral, de modo que a questão só podia ser respondida mediante o esclarecimento de seu conteúdo. Após o exame da essência inteira do princípio de razão, da relação entre sujeito e objeto e da (...) -
Plotino - Tratado 1,8 (I,6,8) - A fuga para o "aqui em baixo": Ulisses e Narciso
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat Júnior, José Carlos. Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. Introdução, tradução e notas. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, 2006
Baracat
8. Então, qual o modo? Qual a concepção? Como alguém contemplará uma "beleza inconceptível" que, por assim dizer, guarda-se no íntimo dos sacros áditos e não se adianta afora para que mesmo um profano a veja? Avance e adentre quem é capaz , deixando do lado de fora a visão dos olhos e sem mais voltar-se para as antigas fulgências dos (...) -
Platão (Carta VII:340b-344d) — seriedade filosófica
16 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroTradução brasileira de A. Pinto de Carvalho, RBF, volume XII, fasc. 48, Outubro-Dezembro de 1962
Pinto de Carvalho
À minha chegada, pensei que devia, antes de mais nada, certificar-me se Dionísio estava na verdade enamorado da filosofia, ou se era destituído de fundamento tudo quanto me havia sido dito em Atenas. Ora, para obter a prova disto, existe um método não destituído de valor e sumamente eficaz a quem tem de enfrentar tiranos, principalmente quando estes estão cheios de expressões (...) -
Hulin (PEPIC:124-132) – gênese da individualidade
29 de abril de 2020, por Cardoso de CastroExcerto traduzido de HULIN, Michel. LE PRINCIPE DE L’EGO DANS LA PENSÉE INDIENNE CLASSIQUE. p. 124-132
nossa tradução
À pergunta: «Por que a existência individual? » Qualquer pessoa mesmo pouco informada das teses do Advaita responderia: « por causa da ignorância ». Esta por sua vez se definiria como a ignorância originária atualizada sob a forma de uma sobre-imposição – adhyāsa – recíproca dos upādhi (pseudo-pertencimentos ou «condições limitantes extrínsecas» não-pensantes) e do atman espiritual. E a (...) -
Safranski: Schopenhauer e a comédia da felicidade
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[SAFRANSKI, Rudiger. Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia. Uma biografia. Tr. William Lagos. São Paulo: Geraçau Editorial, 2011, p. 621-622]
O que Schopenhauer recomenda é uma “atitude do como se” (Haltung des Als-ob); em linguagem moderna, poderia ser expressada: “Você não tem mesmo nenhuma chance, mas aproveite o que aparecer!”
Essa “felicidade” (Gluck) relativa — de onde poderia vir?
Schopenhauer enumerava três fontes. Provém, em primeiro lugar, “daquilo que se é” (was einer ist); (...) -
Schopenhauer (MVR1:48-49) – mundo, representação do princípio de razão
25 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. ]
Quem compreendeu distintamente, a partir do mencionado ensaio introdutório, a identidade perfeita do conteúdo do princípio de razão, em meio à diversidade de suas figuras, também ficará convencido do quão importante é precisamente o conhecimento da mais simples de suas formas – que identificamos no TEMPO – para a intelecção de sua essência mais íntima. Assim como no (...) -
Sextus Empiricus – modos de suspensão do juízo (epoche)
15 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroSextus Empiricus, Obras Escolhidas de Sextus Empiricus, trad. franc. de Geneviève Goron, pp. 190-191.
português (parcial)
Os novos céticos transmitiram estes cinco modos da suspensão do juízo [epoche]. [...] O primeiro diz respeito ao desacordo: verificamos que, quanto a uma proposição que nos põem sob os olhos, há na vida e nos filósofos um desacordo que se não pode evitar; e, por consequência, não sendo possível preferir ou contestar, chegamos à suspensão do juízo. O segundo é a regressão até ao (...) -
Plotino - Tratado 30,1 (III, 8, 1) — Todas as coisas aspiram à contemplação
18 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1, 1-18: Tese: todas as coisas aspiram à contemplação Capítulo 1, 18 ao Capítulo 4: A natureza contempla
tradução desde Pradeau
Se começamos por nos entreter, antes de nos pôr a falar seriamente, dizendo que todas as coisas aspiram à contemplação, que esta é o fim para o qual todas voltam seu olhar – não somente os seres vivos racionais, mas também aqueles que não são racionais, a natureza que está nas plantas e a terra que as engendra – e que todas aí chegam tanto quanto sua natureza permite, (...) -
Rosa – Henry: o êthos da Ética
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroROSA, José M. Silva. Ο ‘êthos’ da Ética na Fenomenologia radical de Michel Henry, in Alves M.S.P., Santos J. M., Sá A.F. de (Orgs.), Humano e Inumano. A dignidade do Homem e os Novos Desafios. Actas do II Congresso Internacional da Associação Portuguesa de Filosofia Fenomenológica, 10 e 11 de Março de 2005 (Universidade de Coimbra), Revista Phainomenon. Estudos de Fenomenologia, Lisboa, Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2006, pp. 279-290.
Digamo-lo de vez numa afirmação: para Michel (...) -
Parmênides – Poema - Fragmento 8
16 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroEUDORO DE SOUSA
8. «Só resta falar de um caminho da inquirição: ’o que é’. Neste há muitos sinais de que ’o que é’ não foi gerado nem há-de perecer, pois aí está como um todo, único, inabalável, completo. Nunca ele foi nem será, porque é agora todo ele, um só, contínuo. Pois que origem querias que ele houvesse tido? Como, donde teria ele crescido? Nem consinto que digas ou penses que originado ele foi do que não é, pois nem pensar nem dizer se pode que ’o que não é’, é. Demais, originado que fosse o ser do (...) -
Musil (HSQ:I-4) – SE EXISTE SENSO DE REALIDADE, TEM DE HAVER SENSO DE POSSIBILIDADE
14 de julho de 2020, por Cardoso de CastroExcerto de MUSIL, Robert. O homem sem qualidades. Tr. Lya Luft & Carlos Abbenseth. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989 (Kindle)
Lia Luft
Quem deseja passar bem por portas abertas deve prestar atenção ao fato de elas terem molduras firmes: esse princípio, segundo o qual o velho professor sempre vivera, é simplesmente uma exigência do senso de realidade. Mas se existe senso de realidade, e ninguém duvida que ele tenha justificada existência, tem de haver também algo que se pode chamar senso (...) -
Plotino - Tratado 19,6 (I, 2, 6) — As virtudes da alma purificada.
29 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 6. As virtudes da alma purificada. 1-5: As impulsões involuntárias na alma são de caráter demônico 6-11: Se estas impulsões desaparecem, a alma levada a sua origem é simplesmente divina 12-19: A virtude é contemplação do que possui o intelecto. Diferença entre a virtude na alma e o análogo da virtude, no Intelecto 19-23, Exemplo da justiça em si 23-27: Extensão às outras virtudes
nossa tradução
da versão de MacKenna
6. Em tudo isso não há pecado — há apenas uma questão de disciplina — mas nossa (...) -
Plotino - Tratado 28,5 (IV, 4, 5) — A memória em sua relação à união da alma e do corpo (5)
26 de fevereiro, por Cardoso de CastroCapítulos 1-5: A memória em sua relação à união da alma e do corpo; no lugar inteligível.
Míguez
5. ¿Entonces, nos preguntaremos, es esa potencia la que hace pasar los inteligibles al acto? Digamos que si realmente no llegamos a contemplarlos, los conocemos por la memoria, y si los contemplamos en sí mismos, lo hacemos a la manera del mundo inteligible. La facultad de que ahora nos servimos se despierta al mismo tiempo que sus objetos y tiene, además, la visión de los objetos de que hablamos. (...) -
TAT TVAM ASI - TU ES CELA
30 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroEmile Sénart
Lorsque Svetaketu eut douze ans, il fut envoyé auprès d’un maître, avec lequel il étudia jusqu’à ce qu’il eût vingt-quatre ans. Après avoir appris tous les Védas, il revint chez lui, plein d’orgueil, dans la croyance qu’il possédait une instruction achevée, et fort porté à la critique. Son père lui dit :
— Svetaketu, mon enfant, tu es si plein de ton savoir, et si porté à la critique, as-tu demandé cette connaissance grâce à laquelle nous entendons ce qui ne se peut entendre, percevons ce qui ne (...) -
Hume: identidade pessoal
12 de janeiro de 2020, por Cardoso de CastroHUME, David. Tratado da natureza humana. Uma tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais. Tr. Déborah Danowski. São Paulo: Editora UNESP, 2009, p. 283-288
Danowski
1 Há filósofos que imaginam estarmos, em todos os momentos, intimamente conscientes daquilo que denominamos nosso EU [our SELF] ; que sentimos sua existência e a continuidade de sua existência; e que estamos certos de sua perfeita identidade e simplicidade, com uma evidência que ultrapassa a de uma (...)
Seções
- Medievo - Renascença
- Modernidade
- Oriente
- Agostinho de Hipona (354-430)
- Ananda Kentish Coomaraswamy (1877-1947)
- Arendt, Hannah (1906-1975)
- Bergson, Henri (1859-1941)
- Carneiro Leão (1927)
- Descartes, René (1596-1650)
- Ernildo Stein (1934)
- Espinosa, Baruch (1632-1677)
- Eudoro de Sousa (1911-1987)
- Extremo Oriente
- Henry, Michel (1922-2002)
- Heraldo Barbuy (1913-1979)
- Hermógenes Harada (1928-2009)
- Jean Scot Erigène (IXe siècle)
- Kant, Immanuel (1724-1804)
- Karl Renz
- Kierkegaard, Søren (1813-1855)
- LusoSofia
- Nietzsche, Friedrich (1844-1900)
- Perenialistas
- Platão (V-IV aC)
- Platão - Fédon
- Platão - O Banquete
- Plotino (204-270 dC) – Tratados Enéadas
- Pré-socráticos
- Scheler, Max (1874-1928)
- Sérgio L. de C. Fernandes (1943-2018)
- Sócrates (séc. V aC)
- Vicente Ferreira da Silva (1916-1963)
- Vilém Flusser (1920-1991)
- Wei Wu Wei
- Weil, Simone (1909-1943)
Notas
- Abhinavagupta: Commentary on the Bhagavad-Gita
- Abhinavagupta: Commentary on the Bhagavad-Gita
- Abhinavagupta: LA TRIPLE VOIE (Silburn)
- Abhinavagupta: Le Paramārthasāra de Abhinavagupta (64-66)
- Abhinavagupta: le Soi suprême
- Abhinavagupta: l’ignorance spirituelle et intellectuelle
- Abhinavagupta: Tantraloka I -STANCES FINALES
- Alain Porte: Comment nommer l’Être ?
- Alain Porte: Comment penser l’Être ?
- Alain: Cette pensée de plusieurs est-elle elle-même plusieurs ?
- Alain: Le mythe de la caverne
- Alan Watts: a world that peoples...
- Alberto Caeiro (23): Alma
- Alcinous: doxa
- Alexandre de Afrodísias (De Anima:61,30-62,5) – percepção - recepção
- Alexandre de Afrodísias (De Anima:67,15-23) – convicção (pistis)
- Antonio Machado: identidade e o outro
- Antonio Machado: representação - consciência
- Apuleio Eros e Psique
- Arendt (CH:Cap11) – escravidão
Websites
- Boehme : Des trois principes de l’essence divine
- Bullshit Jobs: The Rise of Pointless Work, and What We Can Do About It
- Cibercultura Online
- Designing Information Technology in the Postmodern Age: From Method to Metaphor
- Electric language : a philosophical study of word processing
- Fabre-d’Olivet: Les vers dorés de Pythagore
- Paolo Virno - Grammaire de la multitude