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Gnosticismo / Gnósticos / Biblioteca de Nag Hammadi / BNH

  

Gnosticismo

La palabra «gnosticismo», que ha servido como título colectivo para multitud de doctrinas sectarias que hicieron su aparición dentro y en torno al cristianismo durante los primeros y críticos siglos de su existencia, deriva de gnósis, el término griego que designa el «conocimiento». El énfasis puesto en el conocimiento como medio para obtener la salvación, incluso como forma salvadora, y la pretensión de que este conocimiento se encuentra en la doctrina, son rasgos comunes de las numerosas sectas en las que históricamente se expresó el movimiento gnóstico. En realidad, sólo los miembros de un conjunto de grupos poco numerosos se hicieron llamar gnósticos, «los conocedores»; si bien ya Ireneo, en el título de su trabajo, utilizó el término «gnosis» (al que había añadido «la falsamente llamada») para referirse a todas las sectas que compartían con ellos ese énfasis y ciertas características. En ese sentido podemos hablar de escuelas, sectas y cultos gnósticos; de escritos y enseñanzas gnósticos; de mitos y de especulaciones gnósticos, e incluso de una religión gnóstica  . [Hans Jonas  . La religión gnóstica. El mensaje del Dios extraño y los comienzos del cristianismo]

Grupos Gnósticos

Segundo Madeleine Scopello  , Simão Samaritano, Basilides, Valentino  , Marco o Mago, fizeram adeptos e fundaram escolas. Pode-se assim falar de basilidianos, valentinianos e até de simonianos. Os heresiólogos mencionam também seitas cuja denominação vem não de um nome de um mestre mas de um personagem ou entidade que, segundo eles, a seita em questão venerava. Assim eles mencionam: cainitas  , que se inspiraram em Caim; ofitas  , que adoravam a serpente; setianos  , que seguiam Seth; barbelos, que veneravam Barbelo  , etc. Epifânio chegava enumerar 80 heresias gnósticas.

Pode-se considerar que estes nomes são fruto da imaginação dos Padres, não correspondendo a seitas históricas, já que a meta destes era excluir os gnósticos da comunidade da Igreja, rechaçando-os até as fronteiras do cristianismo. A denominação estranha, para aqueles que se consideravam cristãos, embora gnósticos, era um passo importante nesta exclusão.

O passo seguinte era multiplicar o número de seitas e nomes, além de demonstrar a imensa confusão de suas doutrinas, face a verdade única do cristianismo, falseando o justo caminho da salvação, unicamente possível através da Igreja.


Fontes (heresiólogos)

Muito do que se conhece dos gnósticos é, portanto, por tudo que os filósofos e heresiólogos cristãos nos legaram sobre eles, seja por citações seja por críticas em suas obras. Segundo José Montserrat Torrents   (Gnosticos 1, Biblioteca Clasica Gredos), estas são as principais fontes secundárias:

Fuentes del siglo II:

1. Justino, Apología Primera (ca. 155).

2. Ireneo - Ireneo de Lyón, Adversus Haereses (180).

3. Epístola Barnabae (ca. 140).

4. Epístola Apostolorum (en versión etiópica completa y copta fragmentaria).

Fuentes del siglo III:

1. Hipólito  , Refutatio (también conocido por Elenchos y Philosophoumena) (222-230).

2. Clemente de Alexandria   - Clemente de Alejandría, Stromata (ca. 215). Contiene fragmentos de Valentín y Heracleón, entre otros; Excerpta ex Theodoto.

3. Orígenes  , In Joannem   Commentarium (ca. 220). Contiene fragmentos del Comentario de Heracleón. Contra Celsum (248).

4. Tertuliano  , De Praescriptione haereticorum (200); Adversus Marcionem (207); Adversus Hermogenem (202-203); Adversus Valentinianos (206-207); Scorpiace (213); De carne Christi (210); De Carnis Resurrectione (210-211); De Anima (210-213).

5. Pseudo-Tertuliano, Adversus omnes haereses.

6. Plotino  , Enneada II 9.

7. Porfirio  , Vida de Plotino.

8. Hechos de Tomás (contiene el «Canto de la Perla»).

Fuentes del siglo IV:

1. Hegemonio, Acta Archelai.

2. Epifanio, Panarion (374-377).

3. Efrén Sirio, Tres escritos contra Bardesanes, Marción y Mani.

4. Filastrio, Liber de haeresibus (385-391).

5. Pseudo-Orígenes, De Recta in Deum fide.

6. Eusebio, Historia Eclesiástica (303).

7. Arnobio, Adversas Nationes (303-310).

Fuentes del siglo V:

1. Teodoreto de Ciro, Haereticorum fabularum compendium fea. 453).

2. Eznik de Kolb, Contra las herejías (en armenio).

Biblioteca de Nag Hammadi

VISITE: THE GNOSTIC SOCIETY LIBRARY; BIBLIOTHÉQUE COPTE DE NAG HAMMADI


Em 1945 foi encontrada uma coleção de códices reunindo vários textos gnósticos próximo a cidade de Nag Hammadi, no Egito. O evento ganhou proporções míticas dada as circunstâncias e os desdobramentos deste fabuloso achado.
A seguinte relação foi composta a partir da tradução integral organizada por James Robinson  , e consagrada como uma das primeiras a ser publicada. Robinson enumera 13 códices, cada um reunindo alguns tratados:
  • Códice I: Prece do Apóstolo Paulo  ; Apócrifo de Tiago; Evangelho da Verdade; Tratado da Ressurreição; Tratado Tripartite
  • Códice II: Apócrifo de João; Evangelho de Tomé; Evangelho de Felipe; A Hipóstase dos Arcontes; Origem do Mundo; Exegese da Alma; Livro de Tomé
  • Códice III: Apócrifo de João; Evangelho dos Egípcios; Eugnosto e a Sabedoria de Jesus; Diálogo do Salvador
  • Códice IV: Apócrifo de João; Evangelho dos Egípcios
  • Códice V: Eugnosto e a Sabedoria de Jesus; Apocalipse de Paulo; Primeiro Apocalipse de Tiago; Segundo Apocalipse de Tiago; Apocalipse de Adão
  • Códice VI: Atos de Pedro e dos Doze Apóstolos; Trovão; Authentikos Logos; Nossa Grande Força; República   588B-589B; Ogdoade e Eneade; Prece de Ação de Graças; Asclépio
  • Códice VII: Paráfrase de Sem; Segundo Tratado do Grande Set; Apocalipse de Pedro; Ensinamentos de Silvano; Três Estelas de Set
  • Códice VIII: Zostriano; Epístola de Pedro a Felipe
  • Códice IX: Melquisedec; Noreia; Testemunho de Verdade
  • Códice X: Marsano
  • Códice XI: Interpretação da Gnose; Exposição Valentiniana; Alógeno; Hypsiphrone
  • Códice XII: Sentenças de Sexto; Evangelho da Verdade; Fragmentos de Tratados
  • Códice XIII: Protenoia Trimorfe; Origem do Mundo



Pesquisadores do Gnosticismo: Antonio Orbe; Bentley Layton; Elaine Pagels; Emile Gillabert; García Bazán; Gilles Quispel; Giovanni Filoramo; Hans Jonas; Hans Leisegang; Henri-Charles Puech; Ioan Couliano; James Hurtak; James Robinson; Kurt Rudolph  ; Marvin Meyer; Michel Tardieu; R. McL. Wilson  ; R. M. Grant; Simone Pétrement; Werner Foerster