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Enéada V, 6
Enéada V, 6 (24)

  

PLOTINO   - TRATADO 24 (V, 6) - SOBRE O FATO DE QUE AQUILO QUE É ALÉM DO SER NÃO SE INTELECTUALIZA

O objeto deste tratado é de dissociar a excelência do princípio da atividade de pensar. O que pensa, ou mesmo o que se pensa, não pode mais pretender ao nível de realidade mais perfeita e mais eminente. É a teologia aristotélica que a mais diretamente visada por uma tal tese: no livro lambda da Metafísica, Aristóteles   define com efeito a contemplação de deus por ele mesmo como "o que é o mais agradável e o melhor" (9, 1074b16). Trata-se precisamente para Plotino de destituir o Intelecto aristotélico de sua primazia para substituir o Uno, único princípio absolutamente perfeito, porque purificado de toda intelecção. Esta destituição do Intelecto representa um dos gestos inaugurais que abrem a história do neoplatonismo: em nenhum outro lugar com efeito no médio platonismo   anterior não era afirmada com uma clareza e uma radicalidade tão pronunciadas quanto neste tratado a superioridade do primeiro princípio em relação toda forma de pensamento. [Brisson  ]


Capítulo 1: O pensamento na alma e o pensamento no Intelecto
  • 1-5: Distinção da intelecção de si e da intelecção de outra coisa
  • 5-14: O que se intelige é ao mesmo tempo um e dois
  • 15-24: Imagem da dupla luz que ilustra o pensamento na alma e o pensamento no Intelecto

Capítulo 2: O Primeiro não intelige

  • 1-7: Toda intelecção requer a distinção entre um Intelecto e um inteligível. O primeiro princípio não intelige portanto
  • 7-13: O pensamento no Intelecto supõe que existe uma realidade puramente inteligível que não pensa
  • 13-17: O Bem não tem necessidade da intelecção para ser perfeito
  • 17-20: Se o Bem pensasse ele seria múltiplo

Capítulo 3: Necessidade de postular uma unidade simples e separada

  • 1-15: Distinção de diferentes formas de unidade
  • 15-23: O composto não pode existir sem o simples

Capítulo 4: As imagens do número e da luz como ilustrações da superioridade do Bem

  • 1-7: O Bem é sem necessidade. O intelecto é o que "toma forma" do Bem
  • 8-15: Imagem do número
  • 16-24: Imagem da luz que ilustra a hierarquia dos princípios

Capítulo 5: Relações da intelecção do ser e do desejo do Bem

  • 1-8: A intelecção não é primeira
  • 8-18: Primazia do desejo do Bem sobre a intelecção de si

Capítulo 6: O Bem é além da dualidade entre a realidade e a intelecção.

  • 1-11: A atividade do Bem não é uma intelecção
  • 11-28: Toda realidade inteligível se dissocia entre o ser e a intelecção do ser
  • 28-36: O Bem é portanto ao mesmo tempo além da realidade e além da intelecção