(§4) O sujeito das paixões é a mistura da alma e do corpo A crítica da concepção estoica [Stoa] da mistura A hipótese do entrelaçamento Última espécie da mistura: a forma na matéria [hyle]
traduzindo MacKenna
4. Consideremos, então, a hipótese de uma coalescência.
Se há uma coalescência, o inferior é enobrecido, o mais nobre degradado; o corpo é elevado na escala de ser como feito participante na vida; a Alma, como associada com a morte e a irracionalidade, é trazida ao mais inferior. Como pode uma (...)
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krisis / κρίσις / krinein / κρίνειν / κρίνω / krino / epikrisis / julgamento / juízo / separação / decisão / kritikos / diakrisis / discriminação / discernimento / choriston / χωριστών / χωρισμός / χώρισμα / χωρίσματα / χωρίσματος / σχίσμα / separado
gr. κρίσις, krisis: julgamento, decisão, separação
gr. χωριστών, chôristón: separado, daí 1) substância separada 2) separado conceitualmente. gr. χωρισμός, chôrismós: separação; termo que designa a separação de um suco; a partida e sobretudo a separação. Anuncia o gesto de Platão que "destaca a alma e a separa do corpo" (Fedro 67d), e que dissocia o inteligível do sensível.
Matérias
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Plotino - Tratado 53,4 (I, 1, 4) — Alma enquanto forma no corpo que é matéria
20 de fevereiro, por Cardoso de Castro -
Aristóteles (EN:III,2) – decisão (proairesis, escolha)
10 de janeiro, por Cardoso de Castro2. Escolha distinta do voluntário: o objeto da escolha é o resultado de deliberação prévia.
Caeiro
Definidas que estão as ações voluntárias e involuntárias, [1111b4] segue-se agora a discussão acerca da decisão [proairesis, escolha]. A decisão é, na verdade, 5 [70] o que de mais próprio concerne a excelência e é melhor do que as próprias ações no que respeita a avaliação dos caracteres Humanos.
A decisão parece, pois, ser voluntária. Decidir e agir voluntariamente não é, contudo, a mesma coisa, pois, a ação (...) -
Fragata: Resumo do pensamento fenomenológico de Husserl
11 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroApresentamos aqui um resumo geral, quase esquemático, dos traços fundamentais do pensamento filosófico de Husserl. O motivo que nos levou a esta elaboração foi o fato de termos verificado que, mesmo atualmente, é raro encontrar-se, nos compêndios de História da Filosofia, uma exposição que tenha suficientemente em conta os recentes estudos sobre Husserl à luz da publicação das suas obras completas, muitas delas póstumas, iniciada pelos «Arquivos de Husserl em Lovaina», a partir de 1950.
1.— Vida e (...) -
Schérer : La communication, problème transcendantal
14 de outubro de 2010, por Cardoso de CastroExtrait de René Schérer, Philosophies de la communication, SEDES, 1971.
Gardons-nous d’un contre-sens de principe qui consisterait à prendre pour fil conducteur des analyses phénoménologiques une « démonstration » ou une « déduction » de l’existence de l’autre. Et même de limiter ces analyses à la description des liens qui nous rattachent intentionnellement aux autres. Cette description, et la constitution de l’autre, interviennent dans le cadre plus général de l’élucidation du fondement de l’unité du (...) -
Creusa Capalbo: A fenomenologia como método e como filosofia
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroCAPALBO, Creusa. Fenomenologia & Ciências Humanas. Âmbito Cultural Edições, 1987
3.1 A Noção de Filosofia Primeira
O problema diante do qual se colocou Husserl, desde as suas primeiras obras, foi o seguinte: o que resta quando eu realizo a dúvida universal no sentido Cartesiano?
Para Descartes nós sabemos qual é a resposta: é o EGO COGITO, o EU pensante.
Para Husserl o que permanece no íntimo deste COGITO são as ATIVIDADES do EU pensante. Essa vida do EU pensante se traduz em ATOS (...) -
Sorabji (PC1:34-35) – percepção e doxa
4 de janeiro, por Cardoso de CastroSORABJI, Richard. The Philosophy of the Commentators, 200-600 AD: A sourcebook. Vol. 1: Psychology. Ithaca: Cornell University Press, 2005, p. 34-35
Alcínoo, o autor médio-platônico do Didaskalikos do primeiro ao segundo século dC, assume que Platão sustenta que mesmo a percepção da cor ou do colorido é "não sem o tipo de razão que envolve opinião (doxastikos logos)", enquanto a discriminação do mel é por esse tipo de razão. Opinião em Alcínoo, seguindo Platão Teeteto 190e-196c é um poder de (...) -
Beneval de Oliveira: Desvelamento do Ser através da Hermenêutica
5 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroA Fenomenologia no Brasil, Beneval de Oliveira, Pallas, 1983 O presente trabalho tem como objetivo enfocar a temática do existencialismo brasileiro. Neste sentido, procuramos pesquisar as origens dessa temática, a partir de uma reinterpretação da filosofia grega, dando ênfase, sobretudo, à ontologia de Martin Heidegger, justamente por ter esse filósofo despertado maior atenção que os demais filósofos existencialistas entre os nossos estudiosos da matéria.
De outro lado, procuramos analisar a frio, (...) -
Sorabji (PC1:275) – emotion (pathos)
28 de janeiro, por Cardoso de CastroAspasius, the earliest commentator in the Aristotelian school whose commentary has survived as more than excerpts, asks if the most generic emotions are just pleasure and pain, or the four given by the Stoics (and often listed by Plato), who add fear and appetite, or the six sometimes listed by Plato. Aspasius backs the pleasure-pain pair, ignoring Aristotle’s Rhetoric, Book 2, of which he shows little knowledge [...], where Aristotle defines a number of emotions in terms of different types (...)
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Henry (E) – ENCARNAÇÃO
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroHENRY, Michel. Encarnação: uma filosofia da carne. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2014
O grande pensador francês da fenomenologia volta-se agora, em sequência a seu notável estudo sobre o Cristo, EU SOU A VERDADE, para uma reflexão aprofundada sobre a encarnação do Verbo, da Verdade. Elucidar a "encarnação", a existência na carne, o "ser-carne", tal é a proposta deste livro. A carne não é o corpo. Pois é a carne que se experienciando, se sofrendo, se submetendo e se suportando a si mesma, (...) -
Plotino - Tratado 51,7 (I, 8, 7) — Exegese do Teeteto, 176a (2)
6 de fevereiro, por Cardoso de Castro7: Continuação da exegese do Teeteto (do capítulo anterior) 1-12: A matéria é necessária à existência do mundo. 12-16: Fuga do mal e existência "entre os deuses" 16-23: A existência da matéria é necessária posto que ela é o "último" termo da emanação
Igal
7 Pero, entonces, ¿por qué, si el Bien existe, también existe el mal forzosamente?
¿No será por esto: porque en el universo debe existir la materia? En efecto, este universo consta forzosamente de contrarios. En realidad, ni siquiera existiría si no (...) -
Plotino - Tratado 1,3 (I,6,3) - Exame das belezas sensíveis
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat Júnior, José Carlos. Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. Introdução, tradução e notas. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, 2006
Baracat
3. A faculdade destinada ao belo o reconhece, e nenhuma outra é mais poderosa do que ela para julgar as coisas que lhe são próprias quando o restante da alma contribui no juízo, e talvez ela se pronuncie ajustando-o à forma que está com ela e usando-a para o juízo como um cânon de correção.
Mas como o que diz respeito ao corpo consoa (...) -
Luijpen (IFE:98-114) – o conhecimento humano como intencionalidade
22 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLUIJPEN, Wilhelmus Antonius Maria. Introdução à fenomenologia existencial. Tr. Carlos Lopes de Mattos. São Paulo: EDUSP, 1973, p. 98-114
A fenomenologia denomina o sujeito-como-cogito, o conhecimento humano, “intencionalidade”. Quando Husserl usou esse termo pela primeira vez, referiu-se expressamente a Brentano. O certo, porém, é que Husserl não tomou de Brentano senão a palavra, visto que lhe deu um significado inteiramente diverso do que o de Brentano. Na escolástica também ocorre a (...) -
Plotino - Tratado 51,14 (I, 8, 14) — A fraqueza da alma
14 de fevereiro, por Cardoso de Castro14: A fraqueza da alma 1-7 Objeção: o mal não é senão uma fraqueza da alma 8-50: Resposta: é a matéria que é a causa da fraqueza da alma 50-54: A matéria é engendrada em seguida de uma "afecção" anterior da alma
Igal
14 Mas si alguien dijera que el vicio es una debilidad del alma apelando al hecho de que el alma viciosa es sumamente impresionable y excitable, dejándose llevar de vicio en vicio, muy sensible a los apetitos, pronta a montar en cólera, precipitada en sus consentimientos, fácil en ceder (...) -
Plotino - Tratado 51,6 (I, 8, 6) — Exegese do Teeteto, 176a
4 de fevereiro, por Cardoso de Castro6: Exegese do Teeteto, 176a 1-17: Citações do Teeteto 176a: os males não podem desaparecer 17-32: Objeções: o vício é o contrário da virtude, não do Bem; o Bem sendo sem qualidade não poderia ter contrário; a existência de uma realidade não implica necessariamente aquela da realidade contrária; nem a ousia, nem o além da ousia não têm contrário. 32-59: Resposta: há dois princípios contrários, um dos bens e outros dos males.
Igal
6 Pero hay que examinar también qué quiere decir que «los males no pueden (...) -
Stiegler (TT1:15-18) – episteme - techne
24 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSTIEGLER, Bernard. La technique et le temps. Tomes 1-3. Paris: Fayard, 2018 (ebook)
L’objet de cet ouvrage est la technique appréhendée comme horizon de toute possibilité à venir et de toute possibilité d’avenir.
Cette question paraissait encore seconde lorsqu’il y a dix ans [en 1982] j’en esquissai les premières formulations. Aujourd’hui, elle traverse toutes les interrogations et son énormité s’impose à tous. Cela appelle un travail dont l’urgence est encore à peine mesurée malgré la vivacité des (...) -
Plotino - Tratado 16,1 (I, 9, 1) — Sobre o suicídio razoável
10 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: O suicídio não é admissível, a menos que seja absolutamente necessário. 1-7. É preciso esperar a dissolução natural do corpo, para que a alma seja verdadeiramente livre. 7-14. O suicídio é o resultado de paixões que é preciso dominar; deve-se portanto tentar evitá-lo, a menos que seja verdadeiramente necessário. Se tomado de loucura, o sábio pode aceitar o suicídio como necessário. 14-15. O suicídio pelo envenenamento é perigoso para a alma. 15-17. O tempo da morte é fixado pelo destino, e não é (...)
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Plotino - Tratado 26,1 (III, 6, 1) — Primeiras questões concernentes à passividade
18 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Primeiras questões concernentes a passividade 1-2: As sensações não são afeições, mas atividades 3-6: As afeição supõem corpos, os julgamentos a alma 6-16: O julgamento é uma espécie de impressão? A alma pode ser alterada? 15-18: Anúncio da questão: o que é a "parte passiva da alma"? 18-25: O vício e as "paixões da alma" modificam a alma? 25-37: Sim, se a alma é um corpo; não, se a alma é uma realidade sem grandeza. Se a alma é uma razão ou um número, ela será dita passiva por analogia com o mundo (...)
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Plotino - Tratado 49,3 (V, 3, 3) — O intelecto da alma e o Intelecto "puro"
27 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 2, 21 a cap 3, 21: O intelecto da alma e o Intelecto "puro" Cap 3, 21 a cap 4, 4: O pensamento discursivo da alma é o que "nós" somos verdadeiramente, enquanto podemos nos servir da sensação e ter acesso ao Intelecto "puro"
Míguez
3. La sensación nos da la visión de un hombre y ofrece su imagen a la razón discursiva. Pero, ¿qué es lo que dice ésta? Nada diría y se limitaría a conocerla si no se preguntase a sí misma lo que esta imagen es, o si, en el caso de que la hubiese encontrado (...) -
Plotino - Tratado 53,5 (I, 1, 5) — O que é o vivente?
20 de fevereiro, por Cardoso de Castro(§5) Aporias concernentes ao sujeito das paixões O animal [zoon] e a alma O sujeito das paixões e a crítica do estoicismo O sujeito das paixões e a crítica do aristotelismo
traduzindo MacKenna
5. Este Animado poderia ser meramente o corpo como tendo vida: poderia ser a Parelha de Alma e corpo: poderia ser uma terceira entidade formada de ambos.
A Alma por sua vez - aparte da natureza do Animado - deve ser ou impassível, meramente causando Percepção-de-Sentido em seu companheiro, ou (...) -
Parmênides (130a-133a) – As Ideias
16 de abril de 2021, por Cardoso de CastroPLATON. Parmênides. Tr. Carlos Alberto Nunes. Grupo Acrópolis (doc)
PLATON. Oeuvres complètes. Tr. Victor Cousin. Paris: Arvensa (ebook)
Plato. The Dialogues of Plato. Tr. Benjamin Jowett. (ebook)
Carlos Alberto Nunes
Contou Pitodoro que durante toda essa fala de Sócrates, ele teve medo de que Parmênides e Zenão se agastassem a cada uma de suas objeções. Mas a verdade é que ambos o ouviram com a máxima atenção, e a todo instante, sorrindo, se entreolhavam, como que tomados de admiração diante de (...)
Notas
- Alcino: Didaskalikos 4, 156,1-6
- Alcinous: doxa
- Alexandre de Afrodísias (De Anima:67,15-23) – convicção (pistis)
- aphairesis
- Arendt (VE:55) – pensar - querer - julgar
- Aristóteles (EN:VI,11, 1143a-b) – compreensão (noûs)
- Aristóteles: eidos
- Boécio (Consolation 5, prose 1, lines 1-10) – percepção
- choriston
- Conceitos (ennoiai, prolepsis, logoi)
- mathematika
- ousia
- Philokalia-Termos
- Porfírio: preconcepção (proeilephos)
- Príscio de Lídia (Metaphrasis in Theophrastum 2,26-3,9) – conceito
- Príscio de Lídia: projeção (proballesthai)
- René Guénon Crítica Modernidade
- Simplicius (De Anima 126,1-16) – perception (aisthesis)
- Simplicius (De Anima 126,1-16) – preconcepção (prolepsis)
- Simplicius – precepção = recepção cognitiva da atividade (energeia)