[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 112-113]
RESUMO DE REPÚBLICA VI, apenas de 504d a 511e
65. «Então é que o mais importante não era aquilo de que falávamos, a justiça e o resto, e algo há que mais importa ainda [...]. — Que é, no entanto, esse estudo que é o mais importante e qual o seu objecto, ao que te parece? [...] — É uma coisa de que não poucas vezes me ouviste falar [...], que, efectivamente, não há mais importante objecto (...)
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opsis / ὄψις / opse / όψη / ὀπτικός / optikos / ὀπτός / optos / τυφλός / typhlos / τύφλα / typhla / τυφλόν / typhlon / τυφλή / typhle / ὁράω / orao / observar / vigiar / ὅρασις / horasis / visão / ἰδών / ἰδόντες / blepo / βλέπω / ver justo / estar ciente / βλέποντας / observar / proorao / προοράω / proorasis / προόρασις / antecipar / antever / prever / ορατός / oratos / oraton / visível / à vista
gr. ὄψις , opsis = vista, visão. A experiência estética vem do encontro de propriedades particulares do objeto visível e de seu modo de aparição com a atividade sensorial própria à alma.
Matérias
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Eudoro de Sousa (HCSM:112-113) – Ideia do Bem
9 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 50,3 (III, 5, 3) — O deus Eros nasceu da Afrodite celeste que representa a alma divina
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 3: O deus Eros nasceu da Afrodite celeste que representa a alma divina. A segunda Afrodite, que representa a alma do mundo, engendra em seguida um Eros interior ao mundo linhas 1-6: Eros é uma realidade que provém da atividade da alma voltada para o Intelecto, como a alma divina provém da atividade do Intelecto voltada para o Uno. linhas 6-21: Nascido da alma divina que contempla intensamente, Eros deve sua existência à visão (horasis) e encontra ele também sua satisfação em contemplar os (...)
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Platão (República:L6:509d-511e) – as quatro operações da alma
15 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017
Rocha Pereira
[509d] — Imagina então — comecei eu — que, conforme dissemos, eles são dois e que reinam, um na espécie e no mundo inteligível, o outro no visível. Não digo «no céu», não vás tu julgar que estou a fazer etimologias com o nome . Compreendeste, pois, estas duas espécies, o visível e o inteligível?
— Compreendí. [310]
— Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada (...) -
Bouillet: Traité 32 (V, 5) - LES INTELLIGIBLES NE SONT PAS HORS DE L INTELLIGENCE DU BIEN.
19 de janeiro, por Cardoso de Castro(I-II) L’intelligence véritable doit être infaillible et posséder la certitude. Pour cela, il faut qu’elle soit identique aux intelligibles afin de tirer sa science de son propre fonds. Si elle l’empruntait à autrui, elle n’aurait pas le droit de croire que les choses sont telles qu’elle les conçoit ; elle ressemblerait aux sens qui nous représentent les objets extérieurs, mais n’atteignent pas ces objets eux-mêmes: elle n’aurait que des connaissances incertaines et accidentelles, et elle manquerait de (...)
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Plotino - Tratado 51,9 (I, 8, 9) — O conhecimento do mal
9 de fevereiro, por Cardoso de Castro9: O conhecimento do mal 1-14: Vício absoluto e vício parcial 14-26: O pensamento do informe
Igal
9 ¿Y con qué conocimos esos males? Y primero el vicio, ¿con qué lo conocimos? Porque la virtud sí la conocemos con la inteligencia misma y con la sabiduría, pues se conoce a sí misma. Pero el vicio, ¿cómo?
Pues del mismo modo que con una regla conocemos lo que es rectilíneo y lo que no, así también con la virtud conocemos lo que no se ajusta.
¿Viéndolo o sin verlo? Me refiero al vicio.
El vicio (...) -
Henry (GP:61-63) – sentir
14 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de HENRY, Michel. Genealogia da psicanálise. O começo perdido. Tr. Rodrigo Vieira Marques. Curitiba: Editora UFPR, 2009, p. 61-63.
Rodrigo Vieira Marques
O que significa sentir? Na proposição “sentimus nos videre” – equivalente a videre videor –, sentir fará referência ao mesmo poder que aquele no seio do qual se desenvolve o ver? Em suma, ver é, pois, um modo de sentir da mesma maneira que ouvir ou tocar e, como tal, é o que é próprio deles. Descartes aceitaria a tese heideggeriana segundo (...) -
Latour (VL:12-14) – Uma "tribo" científica sob o olhar do etnólogo
27 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroLATOUR, Bruno & WOOLGAR, Steve. A Vida de Laboratório. A produção dos fatos científicos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1997, p. 12-14
Filósofo, ao prestar meu serviço nacional em regime de cooperação, tive a sorte de encontrar os antropólogos do ORSTOM na Costa do Marfim. Como era formado pelo método deles, pediram-me para explicar por que as sociedades francesas tinham tanta dificuldade em encontrar profissionais costa-marfinenses competentes para substituir os expatriados (Latour, 1973). (...) -
Plotino - Tratado 1,9 (I,6,9) - A alma torna-se integralmente luz
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat
9. E o que vê essa visão interior? Recém-desperta, não pode ver completamente as coisas radiantes . É preciso, então, acostumar a própria alma a ver primeiro as belas ocupações; em seguida, as belas obras, não essas que as artes realizam, mas as dos chamados homens bons; depois, vê tu a alma dos que realizam as belas obras . Como verias o tipo de beleza que uma alma boa possui? Recolhe-te em ti mesmo e vê; e se ainda não te vires belo, como o escultor de uma estátua que deve tornar-se bela (...) -
Plotino - Tratado 1,7 (I,6,7) - A visão bem-aventurada: união da alma ao belo e ao bem
18 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBaracat Júnior, José Carlos. Plotino, Enéadas I, II e III; Porfírio, Vida de Plotino. Introdução, tradução e notas. Tese de Doutorado. Campinas, UNICAMP, 2006
Baracat
7. É preciso, então, ascender novamente ao bem, ao qual toda alma almeja. Se alguém o viu, sabe o que digo , como ele é belo. Ele é desejável por ser bom e o desejo tende a ele, mas a obtenção do bem é para aqueles que se alçam ao superior, que estão convertidos e que se despem do que vestimos ao decair – assim como para aqueles que se (...) -
Barbuy: visão filosófica
7 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroBARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 79-83.
Toda a filosofia reflete uma visão fundamental, que é ao mesmo tempo religiosa, intelectiva, volitiva e emotiva. Estes elementos são inseparáveis, embora, didaticamente, se possa distinguir entre a intuição intelectiva e a volitiva, entre a intuição emotiva e a religiosa. A intuição intelectiva recebe as verdades racionais e os primeiros princípios da Inteligência; é por exemplo a intuição que nos diz que o que (...) -
Husserl (IFP:35-38) – § 3. Visão de essência e intuição individual
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p. 35-38
“Essência” designou, antes de mais nada, aquilo que se encontra no ser próprio de um indivíduo como o que ele é. Mas cada um desses “o quê” ele é, pode ser “posto em ideia”. A intuição empírica ou individual pode ser convertida em visão de essência (ideação) — possibilidade que também não deve ser entendida como (...) -
Plotino - Tratado 49,3 (V, 3, 3) — O intelecto da alma e o Intelecto "puro"
27 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 2, 21 a cap 3, 21: O intelecto da alma e o Intelecto "puro" Cap 3, 21 a cap 4, 4: O pensamento discursivo da alma é o que "nós" somos verdadeiramente, enquanto podemos nos servir da sensação e ter acesso ao Intelecto "puro"
Míguez
3. La sensación nos da la visión de un hombre y ofrece su imagen a la razón discursiva. Pero, ¿qué es lo que dice ésta? Nada diría y se limitaría a conocerla si no se preguntase a sí misma lo que esta imagen es, o si, en el caso de que la hubiese encontrado (...) -
Plotino - Tratado 35,1 (II, 8, 1) — Sobre a perspectiva. Exame de quatro explicações
19 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Exame de quatro explicações 1-3: Porque os objetos vistos de longe parecem pequenos e as distâncias curtas? 4-6: Explicação estoica: a luz se contrai 6-9: Explicação tirada do tratado Da Alma de Aristóteles: só a forma chega ao olho 9-12: Explicação epicurista: o objeto deve estar próximo para detalhar as dimensões 12-17: Outra explicação tirada do tratado Da Alma: a grandeza é vista por acidente 17-29: Comparação com o caso da audição, que percebe ela também por acidente a grandeza 29-51: (...)
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Henry (GP:59-61) – O que é ver?
13 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de HENRY, Michel. Genealogia da psicanálise. O começo perdido. Tr. Rodrigo Vieira Marques. Curitiba: Editora UFPR, 2009, p. 59-61.
O que é ver? O olho humano, tornado cego pela redução, colocado entre parêntesis, e reconhecido incapaz de cumprir a visão, converteu essa visão em sua natureza, no puro fato de ver, o qual pressupõe um horizonte de visibilidade, uma luz transcendental que Descartes “denomina” luz natural. A coisas e, notadamente, as essências matemáticas, podem ser vistas porque (...) -
Plotino - Tratado 50,2 (III, 5, 2) — O amor como deus
18 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 2: O amor como deus. Ligação entre Afrodite e Eros linhas 1-10: Teólogos e filósofos fizeram do Eros um deus; Platão dele fez o filho, por um lado de Afrodite, por outro de Poros e Penia linhas 10-19: Quem é Afrodite? — Existe na realidade duas Afrodite, uma celeste (Ourania), a outra ligada ao mundo sensível. linhas 19-32: A Afrodite celeste nascida de Chronos (que representa o Intelecto), é a alma divina e pura, sem relação com a matéria linhas 32-46: Retorno ao deus Eros: nascido da atividade (...)
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Plotino - Tratado 22,2 (VI, 4, 2) — O universo sensível se encontra no universo inteligível
29 de janeiro, por Cardoso de CastroII. Primera fundamentacion de la omnipresencia (VI 4, 2-10). 1. Omnipresencia del Ser: natural, total e inmediata (caps. 2-3). a) Omnipresencia natural (2, 1-39). b) Omnipresencia total (2, 39-49).
Igal
2 En realidad, existe, de un lado, el Universo verdadero, y de otro, la copia de ese Universo, o sea, la naturaleza de este mundo visible. Pues bien, el Universo real no está en cosa alguna, porque ninguna es anterior a él. En cambio, lo que sea posterior a él, eso forzosamente estará ya, (...) -
Plotino - Tratado 52,1 (II, 3, 1) — Apresentação da doutrina astrológica
20 de janeiro, por Cardoso de CastroCap. 1, 1-6: Introdução: os astros anunciam tudo, mas eles não produzem tudo. Cap. 1, 6-28: Apresentação da doutrina astrológica.
Míguez
1. Hemos dicho ya en otro lugar que el movimiento de los astros anuncia los acontecimientos futuros, pero que no los produce, como cree la mayoría. En este sentido, un tratado anterior dio pruebas de ello. La cuestión exige, sin embargo, más precisiones, y hemos de hablar con más pormenor y exactitud; porque no es de despreciar la opinión que se tenga sobre este (...) -
Plotino - Tratado 28,7 (IV, 4, 7) — Os astros (1)
15 de janeiro, por Cardoso de Castro2. Astros (caps. 7-8):
a) No se acordarán de que vieron a Dios, ni de que giraron alrededor de la tierra ni de que vivían desde siempre (7, 1-12).
b) Objeción: se acordarán de los parajes por donde pasan (7, 12-17).
— Respuesta (cap. 8):
1) No es necesario almacenar en la mente todo lo que se ve, ni representarse en la imaginación las circunstancias accidentales ni prestar atención a los detalles (8, 1-34).
2) Aplicación al caso de los astros (8, 34-61). [Edição Gredos]
Míguez
7. ¿Pues (...) -
Abellio – Ver
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroRaymond Abellio, Cahiers du Cercle d’Etudes Métaphysiques. (Publicación interior, 1954.)
Cuando, en la actitud natural que es propia de la totalidad de los que existen, "veo" una casa, mi percepción es espontánea; es la casa lo que percibo y no mi propia percepción. Por el contrario, en la actitud "trascendental", percibo mi percepción misma. Pero esta percepción de la percepción alterna radicalmente el estado primitivo. El estado vivido, ingenuo en un principio, pierde su espontaneidad (...) -
Plotino - Tratado 29,1 (IV, 5, 1) — Intermediário entre o órgão e o objeto sensível
15 de janeiro, por Cardoso de CastroTraité 29 (IV, 5), chapitres 1 à 5. Est-il besoin d’un intermédiaire entre l’organe et l’objet sensible ? Chap. 1, 1-13. Introduction. Chap. 1, 13 - 4, 39. Le cas de la vue. Chap. 1, 13-40. Un intermédiaire n’est pas indispensable lorsqu’on explique la vue par la sympathie. [BRISSON]
Míguez
1. Como hemos diferido considerar si puede ciertamente verse sin ayuda de ningún medio interpuesto, como por ejemplo el aire o cualquier otro cuerpo transparente, parece llegada la hora de que examinemos la (...)
Notas
- blepo
- Brisson-Pradeau: Beleza
- Brun: Visão do mundo de Tales
- Coomaraswamy Visão Anormal Arte
- Coomaraswamy Visão Normal Arte
- Corbin Hadith Visão
- Fédon 65a-68b — Obstáculo Corporal
- Felicidade Visão Divino
- Henry (GP:88) – videre e videor
- Ibn Arabi (SP) II §8
- Nicodemos Visão
- optike
- Orígenes Ver Deus
- Porete Ver Deus
- Ranjit Não se pode ver o vento
- Rumi Ver
- Simplicius (De Anima 128,22-9) – vista (opsis)
- Visão
- Visão da Beleza na beleza
- Visão de Mundo Tradicional e Moderna