Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Segundo Tomo. Suplementos aos quatro livros do primeiro tomo. Tradução, Apresentação, Notas e índices Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2015, p. 763-766
Na conclusão de minha exposição, gostaria ainda de dar lugar a algumas considerações sobre a minha própria filosofia. — Como já disse, ela não tem a pretensão de explanar a existência do mundo a partir dos seus últimos fundamentos: antes, detém-se nos fatos da experiência externa e (...)
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zoe / ζωή / zôê / ζόα / zoa / ζωά / zoa / ζάω / zao / ζώω / zoo / ζῷον / zoon / ζῳδιακός / zodiakos / βίος / bíos / bios / βιόω / bióu / biou / βίοτος / bíotos / βιοτεύω / bioteúo / vita / vida / viver / therion / θηρίον / animal / besta / theríon / animal selvagem / teleia zoe / vida perfeita
gr. ζωή, zôê, βίος, bíos: vida. Um ser vivo é um corpo animado. É a presença de uma alma em um corpo que define o vivente. Todas as coisas sensíveis dotadas de uma alma e de um corpo são portanto viventes, desde os vegetais até o mundo em seu conjunto. (Luc Brisson ). Outros termos: bíos, bioteúo, bioté, bíotos, bióu.
teleia zoe: Expressão designa a "vida perfeita", e se repete várias vezes nos tratados de Plotino para designar o que é o Intelecto divino ou o ser principial. Trata-se da retomada da associação estabelecida por Platão no Sofista entre a vida, o pensamento e o ser. Plotino associa este texto àquele do Timeu onde Platão define o mundo como um vivente "perfeito" que imita o inteligível.
Matérias
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Schopenhauer (MVR2:763-766) – Vontade de Vida
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Schopenhauer (MVR1:58-61) – A vida é sonho
18 de abril de 2021, por Cardoso de Castro[SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 58-61]
Jair Barboza
A questão acerca da realidade do mundo exterior, tal qual a consideramos até agora, sempre se originou de um engano da razão consigo mesma, alçado à confusão geral, de modo que a questão só podia ser respondida mediante o esclarecimento de seu conteúdo. Após o exame da essência inteira do princípio de razão, da relação entre sujeito e objeto e da (...) -
Plotino - Tratado 53,7 (I, 1, 7) — O sujeito da sensação é o composto
20 de fevereiro, por Cardoso de Castro(§7, 1-6) A constituição da parelha O sujeito das paixões é uma terceira entidade, nascida da mistura do corpo e da potência emanada da alma. (§7, 6-23) O "Nós"e o animal. Multiplicidade do "Nós O processo da sensação As operações do "Nós"
traduzindo de MacKenna
7. A verdade jaz na Consideração que a Parelha subsiste em virtude da presença da Alma.
Isto, entretanto, não quer dizer que a Alma se dá como é em si mesma para formar seja a Parelha ou o corpo.
Não; do corpo organizado e algo mais, digamos uma (...) -
Plotino - Tratado 52,13 (II, 3, 13) — Princípio geral: nada pode modificar a razão que dirige o universo
2 de junho, por Cardoso de Castro13. Princípio geral: nada pode modificar a razão que dirige o universo; uma coisa não pode senão melhorar uma outra ou torná-la pior, sem mudar sua natureza.
Míguez
13. Conviene que ahora tomemos tu consideración y distingamos estos dos casos, a saber, el hecho de que unas cosas derivan del movimiento del cielo y otras no, diciendo ademas, de manera general, de dónde proviene cada cosa. Nuestro principio es el siguiente: el alma gobierna el universo de acuerdo con la razón y puede ser comparada (...) -
Guthrie: Vida de Plotino XXIV
24 de marçoXXIV. CONTENTS OF THE VARIOUS ENNEADS.
This is what I have to relate of the life of Plotinos, He had, however, asked me to arrange and revise his works. I promised both him and his friends to work on them. I did not judge it wjse to arrange them in confusion chronologically. So I imitated Apollodorus of Athens, and Andronicus the Peripatetician, the former collecting in ten volumes the comedies of Epicharmus, and the latter dividing into treatises the works of Aristotle and Theophrastus, (...) -
Schopenhauer (MVR1:404-405) – a dor essencial à vida
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005, p. 404-405]
Portanto, entre querer e alcançar, flui sem cessar toda vida humana. O desejo, por sua própria natureza, é dor; já a satisfação logo provoca saciedade: o fim fora apenas aparente: a posse elimina a excitação, porém o desejo, a necessidade aparece em nova figura; quando não, segue-se o langor, o vazio, o tédio, contra os quais a luta é tão (...) -
Corpo do Homem
28 de marçoGnosticismo Antonio Orbe Filón se adelanta a la idea, y aun a ciertas expresiones del Santo (Irineu de Lião - IRENEO), cuando escribe:
El primer hombre era en verdad realmente hermoso y bueno. Tres cosas atestiguan la buena forma de su cuerpo. Primeramente, la tierra era de nueva fundación. Al separarse de la gran masa líquida, denominada mar, la materia de cuanto venía al ser resultaba sin mezcla, no adulterada, pura y además maleable y fácil de trabajar. Lo que de ahí salía era con razón (...) -
kinesis
24 de marçokinesis: moção, movimento, mudança, movimentação
1. O movimento não representa problema para os filósofos milésios, é parte indiscutível do seu vitalismo (ver zoe) universal, e é neste espírito que tanto Anaximandro (Diels 12A11) como Anaxímenes (Diels 12A9, 13A6) postulam um movimento eterno. É também digno de nota que quando Xenófanes deseja temperar o antropomorfismo contemporâneo negue o seu Deus kinesis (Diels 21A25, 26). Kinesis está presente em toda a realidade, em Heráclito, ilustrada na famosa (...) -
Plotino - Tratado 38,15 (VI, 7, 15) — O Intelecto e a vida inteligível não são senão uma imagem do Bem
27 de março, por Cardoso de CastroCapítulos 15-30: O Intelecto e aquilo que está além dele: a natureza do Bem e as dificuldades que surgem ao redor dele. Cap 15: O Intelecto e a vida inteligível não são senão uma imagem do Bem. Cap 16-18: Em qual sentido o inteligível é uma imagem do Bem? Porque o Intelecto e as formas provêm do Bem. Cap 19-20: Em qual sentido o Bem é um objeto de desejo para a alma? Cap 21-23: A alma deseja o Intelecto que é uma imagem do Bem, e é nesta medida que ela tem acesso ao Bem. Cap 24-25, 16: As dificuldades (...)
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kosmos
24 de marçokosmos (scil. aisthétós): ornamento, ordem, o universo visível, físico (ver kosmos noetos)
1. Há uma tradição (Aécio II, 1, 1 e D. L. viu, 48) de que o primeiro a descrever o universo como um kosmos foi Pitágoras; mas a noção de universo como uma ordem surge nos fragmentos dos seus antecessores (Anaximandro, Diels, frg. 12A10; Anaxímenes, Diels, frg. 13B2), e de qualquer modo é difícil traçar a sua exata evolução ao longo dos estádios: ordem, ordem deste universo, o universo como ordem. Certamente (...) -
Agamben (UC:221-222) – vida
8 de fevereiro, por Cardoso de CastroAGAMBEN, Giorgio. O Uso dos Corpos. Homo Sacer IV,2. São Paulo, Boitempo, 2017, p. 221-222
Uma genealogia do conceito de zoe deve começar pela constatação - de nenhum modo óbvia, inicialmente - de que na cultura ocidental “vida” não é uma noção médico-científica, mas um conceito filosófico-político. Os 57 tratados do Corpus hippocraticum, que reúnem os textos mais antigos da medicina grega, compostos entre os últimos decênios do século V e os primeiros do século IV a. C., ocupam, na edição Littré, dez (...) -
Platão (República:L6:509d-511e) – as quatro operações da alma
15 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017
Rocha Pereira
[509d] — Imagina então — comecei eu — que, conforme dissemos, eles são dois e que reinam, um na espécie e no mundo inteligível, o outro no visível. Não digo «no céu», não vás tu julgar que estou a fazer etimologias com o nome . Compreendeste, pois, estas duas espécies, o visível e o inteligível?
— Compreendí. [310]
— Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada (...) -
Schopenhauer (MVR1:182-183) – vida orgânica
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[Excerto de SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Primeiro Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005. p. 182-183]
[I 146] Naturalmente, em todos os tempos uma etiologia ignara de seu fim empenhou-se em reduzir toda vida orgânica ao quimismo ou à eletricidade [182]; e todo quimismo, isto é, toda qualidade ao mecanismo (efeito através da figura dos átomos), e este, por sua vez, em parte ao objeto da foronomia, tempo e espaço unidos para a possibilidade do (...) -
de Castro (SEI): técnica e vida
19 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDE CASTRO, Murilo Cardoso. Sobre a essência da informática. Técnica e Informática a partir do pensamento de M. Heidegger. Tese (Doutorado em Filosofia) – Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 189. 2005. (revisado)
Michel Henry (1987) opta, por sua vez, pela valorização da “vida” na crítica fenomenológica da técnica. Para ele, toda a cultura é uma cultura da vida, no duplo sentido que a vida se constitui, ao mesmo tempo, em sujeito desta (...) -
Plotino - Tratado 53,10 (I, 1, 10) — Isso que somos e isso que somos responsáveis (1)
20 de fevereiro, por Cardoso de Castro(§10) A dualidade do "Nós"e a purificação [katharsis] Dualidade do "Nós" Os níveis de virtude [arete]
traduzindo MacKenna
10. Será objetado, que se a Alma constitui o Nós (a personalidade) e Nós estamos sujeitos a estes estados então a Alma deve estar sujeita a eles, e similarmente que o que Nós fazemos deve ser feito pela Alma.
Mas foi observado que a Parelha, também - especialmente antes de nossa emancipação - é um membro deste "Nós" total, e de fato o que o corpo experimenta, dizemos "Nós" (...) -
Husserl (CCEFT:141-143) – A priori lógico e a priori do mundo da vida
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroDie Krisis der europäischen Wissenschaften und die transzendentale Phänomenologie, Husserliana, VI, La Haye, M. Nijhoff, 1954, pp. 141-143
[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 112-114]
Se o nosso interesse exclusivo se dirige para o “mundo da vida”, temos de perguntar: está, então, o mundo da vida, como tema científico universal, exposto (...) -
Plotino - Tratado 32,1 (V, 5, 1) — Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto
19 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto 1-32: O Intelecto contem os inteligíveis a fim de que seu conhecimento seja infalível e imediato 32-50: Os inteligíveis têm a vida e o intelecto, e eles não estão separados uns dos outros 50-68: Pôr os inteligíveis no exterior, é privar o Intelecto da verdade e de sua natureza
Míguez
1. En cuanto a la Inteligencia, a la verdadera y real Inteligencia, ¿podría ciertamente equivocarse y no formular juicios verdaderos? De ningún (...) -
Schopenhauer (MVR2:683-684) – a vida é um negócio
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Segundo Tomo. Tr. Jair Barboza. São Paulo: Unesp, 2015, p. 683-684]
Tudo na vida nos ensina que a felicidade terrena está destinada a desvanecer-se ou a ser reconhecida como uma ilusão. Os dispositivos para isso encontram-se profundamente na essência das coisas. Assim, a vida da maioria das pessoas é breve e calamitosa. As pessoas comparativamente felizes o são na maioria das vezes apenas aparentemente, ou são, como ocorre no caso (...) -
Zimmerman – Metafísica Producionista
3 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroAnálise do desdobramento do pensamento de Heidegger sobre a técnica, sustentando um diálogo com pensamentos contemporâneos, p.ex. Jünger, Spengler e outros. A contextualização sócio-política é também retratada enquanto meio no qual a "questão da técnica" ganha ainda mais sentido.
-** Heidegger’s Confrontation with Modernity Technology, Politics Art Michael E. Zimmerman Indiana University Press, 1990 Introdução Excelente análise da questão da técnica em Heidegger, contextualizada na sua constituição de (...) -
Plotino - Tratado 53,6 (I, 1, 6) — Sensação e poderes psíquicos
20 de fevereiro, por Cardoso de Castro(§6) A teoria das potências Potência e faculdade [dynamis] Uma união sem comunhão Objeções e precisões
traduzindo MacKenna
6. Pode parecer razoável estabelecer como uma lei que quando quaisquer poderes estejam contidos em um recipiente, toda ação ou estado expressivo deles deve ser a ação ou o estado deste recipiente, os poderes eles mesmos permanecendo não afetados pois meramente fornecendo eficiência.
Mas se assim fosse, então, posto que o Animado é o recipiente do Princípio-Causador (i.e., a Alma) (...)
Notas
- 2.° O mundo inteligível
- A vida é real só quando eu sou
- A VIDA FELIZ
- Adumbratio 2
- agonistes
- aither
- Ammonius: zoe
- Analogias Ritmos Animal
- Animal - Animado
- Aristóteles Alma Vida
- Aristóteles Vida Contemplativa
- Aristóteles: zoon
- bios
- Boécio (CF:21) – deixaste de saber o que tu és...
- Boécio (Consolation 5, metr. 4, lines 30-40) – experiência
- Boehme Vida 10
- Boehme Vida 11
- Boehme Vida 12
- Boehme Vida 13
- Boehme Vida 14