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thesis / θέσις / posição / postulação / diathesis / διάθεσις / disposição / antithesis / ἀντίθεσις / διαίσθηση / intuition / insight / hypothesis / ὑπόθεσις / hypóthesis / πρόθεσις / prothesis / intenção / intencionalidade
gr. θέσις, thesis: posição, postulação, convenção (em oposição a natureza, physis ), Lógica. "A tese é um pensamento paradoxal defendido por algum filósofo célebre", que apresenta um problema para ser resolvido (Aristóteles, Tóp., I, 11).
gr. diáthesis. Disposição que pode ter a alma , de maneira temporária, em particular a respeito dos objetos de seu desejo. Modo de vida e de atividade .
antíthesis (he): oposição, antítese. Lógica. Nas Categorias (X), Aristóteles distingue quatro espécies de oposições: contradição (antíphasis ), contrariedade (enantíosis), relação (prós ti) e posse-privação (héxis; stéresis).
gr. ὑπόθεσις, hypóthesis: hipótese, que significa em Platão um pressuposto ou uma suposição que, sem verificação, são aceitos como válidos pelos interlocutores de um diálogo para sua argumentação. [SCHÄFER]
A desmaterialização do processo sensorial encorajou a ideia encontrada em Avicena e Averróis de um objeto intencional de percepção (árabe ma’na, traduzido para o latim medieval como intentio). Philoponus (em DA 309,15-29; 438,32-433,11; 438,6-15) e ’Simplicius ’ (em DA 125,21-3; 167,1-11), consideram que a recepção da forma na teoria da percepção de Aristóteles é uma recepção meramente cognitiva (gnostikos), e já Alexandre nega, DA 62,1-5 (cf. Quaestio 3.9), que envolva o olho assumindo as cores. Sua razão é física, a necessidade de evitar colisões de cores. Muitas outras considerações físicas foram levantadas ao comparar os diferentes graus de corporalidade de diferentes sentidos. Estas considerações físicas foram exploradas por Averróis, Alberto o Grande, Tomás de Aquino e outros ao atribuir um objeto intencional à percepção. As passagens relevantes são traduzidas do latim no artigo de Sorabji em Oxford Studies in Ancient Philosophy, sup. volume 1991. Em Lógica e Metafísica 15 as formas dos perceptíveis serão contrastadas com os objetos do pensamento intelectual (noûs). Os neoplatônicos tratam o último como real, não intencional. Como Victor Caston mostrou, escritores latinos, notadamente Agostinho, descrevendo atos mentais em geral em Sobre a Trindade , especialmente o Livro 11 (uma obra posteriormente traduzida para o grego bizantino), e Calcídio, descrevendo as teorias perceptivas de Heráclito e dos estoicos (em Tim 237 Waszink), usam o termo intentio. Mas tem um significado diferente, viz. atenção (ou sondagem), não objeto intencional. [SorabjiPC1:52-53]
Matérias
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Taylor: Diálogo Platônico
24 de março de 2022
Extracted from the MS. Commentary of Proclus on Alcibiades; excepting some occasional elucidations by the translator (Thomas Taylor).
The most peculiar and firm principle, says Proclus, of all the dialogues of Plato, and of the whole theory of that philosopher, is the knowledge of our own nature; for, this being properly established as an hypothesis, we shall be able accurately to learn the good which is adapted to us, and the evil which opposes this good. For, as the essences of things (...)
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Espinosa (E 2, 13): objeto da ideia = corpo
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
SPINOZA, B. Ética. Tr. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica, 2011
Tomaz Tadeu
Proposição 18. Se o corpo humano foi, uma vez, afetado, simultaneamente, por dois ou mais corpos, sempre que, mais tarde, a mente imaginar um desses corpos, imediatamente se recordará também dos outros.
Demonstração. A mente (pelo corol. prec.) imagina um corpo qualquer porque o corpo humano é afetado e arranjado pelos traços de um corpo exterior da mesma maneira pela qual ele foi afetado quando algumas de suas (...)
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SYLLABUS OF LECTURES XVII-XIX — THE ABSOLUTE
24 de março de 2022
LECTURES XVII-XIX THE ABSOLUTE
The paths of Goodness, Truth, and Beauty all lead up the hill of the Lord. Plotinus shows us all three.
Dialectic is the study of first principles, which leads to intuitive wisdom. It shows us that the common source of Goodness, Truth, and Beauty must be beyond existence and beyond knowledge. The duality in unity of Spirit and the Spiritual World points to an absolute unity behind them. This unity is beyond knowledge and existence, and is revealed only in (...)
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Sorabji (PC3:56-58) – primeiros comentadoras das categorias asristotélicas
9 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
SORABJI, Richard. The Philosophy of the Commentators, 200-600 AD: A Sourcebook. Vol. 3: Logic and Metaphysics. Ithaca: Cornell University Press, 2005.
On the standard view, Plotinus’ disciple and editor, Porphyry, rescued Aristotle and made him central to the Western curriculum once and for all, with the Categories as the first work in the curriculum. In the seventeenth century, Jesuits still chose the Categories as the first work to be translated into Chinese, as being the basis of all (...)
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Platão (República:L6:509d-511e) – as quatro operações da alma
15 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
PLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017
Rocha Pereira
[509d] — Imagina então — comecei eu — que, conforme dissemos, eles são dois e que reinam, um na espécie e no mundo inteligível, o outro no visível. Não digo «no céu», não vás tu julgar que estou a fazer etimologias com o nome . Compreendeste, pois, estas duas espécies, o visível e o inteligível?
— Compreendí. [310]
— Supõe então uma linha cortada em duas partes desiguais; corta novamente cada (...)
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Plotino - Tratado 32,1 (V, 5, 1) — Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto
19 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 1: Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto 1-32: O Intelecto contem os inteligíveis a fim de que seu conhecimento seja infalível e imediato 32-50: Os inteligíveis têm a vida e o intelecto, e eles não estão separados uns dos outros 50-68: Pôr os inteligíveis no exterior, é privar o Intelecto da verdade e de sua natureza
Míguez
1. En cuanto a la Inteligencia, a la verdadera y real Inteligencia, ¿podría ciertamente equivocarse y no formular juicios verdaderos? De ningún (...)
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William James (PP:287-291) – várias ordens de realidade
6 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
JAMES, William. The Principles of Psychology II. London: Dover, 1950, p. 287-291
português
Suponha uma mente recém-nascida, inteiramente vazia e esperando a experiência começar. Suponha que ela comece nas formas de impressão visual (seja fraca ou vívida é imaterial) de uma vela acesa contra um fundo escuro, e nada mais, de modo que, enquanto essa imagem durar, constitua todo o universo conhecido pela mente em questão. Suponha, além disso (para simplificar a hipótese), que a vela seja apenas (...)
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Blumenberg (PM) – filosofia cartesianizada
1º de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
BLUMENBERG, Hans. Paradigmas para una metaforologia. Tr. Jorge Pérez de Tudela Velasco. Madris: Trotta, 2003, p. 41-44
BLUMENBERG, Hans. Paradigms for a Metaphorology. Tr. Robert Savage. Ithaca: Cornell University Press, 2010 (epub)
espanhol
Intentemos imaginar por un momento que la filosofía moderna se hubiese desarrollado según el programa metódico de Descartes, y hubiese llegado a esa conclusión definitiva que Descartes consideró de todo punto alcanzable. Este «estado final» de la (...)
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Horkheimer (ER:28-32) – razão instrumental
3 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
HORKHEIMER, Max. Eclipse da razão. Tr. Carlos Henrique Pissardo. São Paulo: UNESP, 2015, p. 28-32
português
O autointeresse, no qual certas teorias do direito natural e filosofias hedonistas tentaram colocar maior ênfase, era tomado apenas como um desses conhecimentos, enraizado na estrutura objetiva do universo e, portanto, formando parte do sistema de categorias como um todo» Na era industrial, a ideia de autointeresse ganhou pouco a pouco a dianteira e, por fim, suprimiu os outros motivos (...)
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Timalsina: être conscient d’être conscient
11 de junho de 2018, por Cardoso de Castro
Extrait des pages 35-37
Français
1. [Dṛṣṭisṛṣṭi (DS)] c’est la doctrine appropriée seulement pour ceux qui ont un esprit avancé, complètement purifié. [Gūdhārthatattvāloka (GTĀ), App. 52.]
2. Puisque les entités de rêve ou de perception erronée apparaissent tant qu’elles ne sont pas sous-utilisées, elles sont différentes de tuccha. Même le monde empirique porte le même degré de vérité. [GTĀ, App. 52.]
3. Dṛṣṭi est l’apparition (pratīti). [GTĀ, App. 52.]
4. Comme il n’y a pas d’existence d’argent vu dans (...)
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Plotino - Tratado 25,1 (II, 5, 1) — O que é o ser em potência e o ser em ato?
18 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
Capítulo 1: Introdução 1-3: O que é o ser em potência e o ser em ato? 3-6: O ato e o ser em ato são a mesma coisa? O ser em potência 6-7: O ser em potência existe nas coisas sensíveis 7-10: Tudo está em ato no inteligível 10-15: O ser em potência está sempre em potência de algo 15-21: O ser em potência, além de ser o que ele é, se torna outro 21-29: O ser em potência não é uma potência 29-34: O ser em potência é um substrato para as afecções e as formas
Míguez
1. Se habla de lo que está en potencia y de lo (...)
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Pessoa: Philosopho Hermetico III
1º de agosto de 2014, por Cardoso de Castro
Fragmentos dos escritos do espólio de Fernando Pessoa, organizado por Pedro T. Mota, sobre o tema «ROSEA CRUZ».
27 10 M3 11 — Philosopho Hermetico
Assim o Novo Testamento ... Ninguém se lembra de perguntar se as próprias interpolações, emendas, etc., com que nos chega não serão inspiradas também... Inspirados são todos e em tudo; depende a ciência real da consciência que dessa inspiração se tem.
A base da vida universal é o corpo, a coisa; a da vida social a palavra;
Para o philosopho hermetico os (...)
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Platão (Fedro:259e-266c) — Condições gerais de uma obra de arte
12 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
A. A arte de falar (259d-274b) a) Princípios (259d-266c) Toda arte implica no conhecimento do verdadeiro a retórica só se interessa pelo verossímil o verossímil implica no verdadeiro O conhecimento do verdadeiro depende de um método exigências definição organização procedimentos dialéticos exemplo de loucura descrição dos procedimentos
Nunes
SÓCRATES: - Pensemos pois sobre o que há pouco estávamos discutindo; examinaremos o que seja recitar ou escrever bem um discurso, e o seu contrário, fazê-lo mal. (...)
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Izutsu (ST:293-297) – Chuang-tzu (Zhuangzi)
16 de março de 2022, por Cardoso de Castro
IZUTSU,Toshihiko. Sufism and Taoism. Berkeley: University of California Press, 1984, p. 293-297
Turning from Lao-tzu to Chuang-tzu, we feel ourselves standing on a far more solid ground. For, although we are no better informed about his real life and identity, at least we know that we are dealing with an historical person, who did exist in about the middle of the fourth century B.C., as a contemporary of Mencius, the great shaman-poet Ch’u Yuan of Ch’u to whom reference has been made, and (...)
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Skora: vimarśa
8 de junho de 2018
Français
Il y a mille ans, dans le pays des montagnes, des vallées, des ruisseaux et des grottes du Cachemire, le visionnaire créateur Abhinavagupta (AG) a prospéré (c. 975-1025 AD). Dans cette étude, je vais retrouver les significations d’un terme spécial et inhabituel qui a servi de pivot de la théologie, de la cosmologie et de la sotériologie d’AG, un terme qu’il appelle «conscience réflexive» (vimarśa). C’est un terme qu’il a appliqué à la réalité ultime, conçue abstraitement par AG pour être pure (...)
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Plotino - Tratado 51,13 (I, 8, 13) — O mal obstáculo
13 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
13: O mal obstáculo 1-2: Objeção: o mal é um obstáculo para o bem 2-5: Resposta: o mal obstáculo não é o mal primeiro 5-14: Analogia entre a relação da virtude ao Bem e a relação do vício ao mal 14-26: Distinção entre a contemplação do mal e a participação ao mal
Igal
13 A no ser que el vicio sea un mal por esto: en cuanto impedimento, como el que impide al ojo ver.
Pero, en ese caso, el mal será, para quienes así piensan, causa de mal, y causa de mal sobre el supuesto de que sea distinto del mal mismo. (...)
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Plotino - Tratado 2,3 (IV,7,3) - imortalidade: polêmica contra o materialismo
31 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
Capítulo 3: Refutação da definição epicuriana da alma. 3.1-6. A alma não é corporal e ela é desprovida de partes.
tradução
3. E se alguém dissesse que assim não se passa, mas que são átomos ou coisas indivisíveis [atomon] que produzem [poiein] a alma [psyche], quando elas se reúnem e em se unificando e em partilhando suas afecções [pathos], também seria refutado pelo fato que se trata de uma justaposição, mas que não forma um todo [holon], porque nada disto que é um e partilha suas afecções [sympatheia] (...)
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Plotino - Tratado 53,4 (I, 1, 4) — Alma enquanto forma no corpo que é matéria
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
(§4) O sujeito das paixões é a mistura da alma e do corpo A crítica da concepção estoica [Stoa] da mistura A hipótese do entrelaçamento Última espécie da mistura: a forma na matéria [hyle]
traduzindo MacKenna
4. Consideremos, então, a hipótese de uma coalescência.
Se há uma coalescência, o inferior é enobrecido, o mais nobre degradado; o corpo é elevado na escala de ser como feito participante na vida; a Alma, como associada com a morte e a irracionalidade, é trazida ao mais inferior. Como pode uma (...)
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Hume: identidade pessoal
12 de janeiro de 2020, por Cardoso de Castro
HUME, David. Tratado da natureza humana. Uma tentativa de introduzir o método experimental de raciocínio nos assuntos morais. Tr. Déborah Danowski. São Paulo: Editora UNESP, 2009, p. 283-288
Danowski
1 Há filósofos que imaginam estarmos, em todos os momentos, intimamente conscientes daquilo que denominamos nosso EU [our SELF] ; que sentimos sua existência e a continuidade de sua existência; e que estamos certos de sua perfeita identidade e simplicidade, com uma evidência que ultrapassa a de uma (...)
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Plotino - Tratado 26,6 (III, 6, 6) — Refutação da tese estoica segundo a qual o ser é corporal
28 de janeiro de 2022, por Cardoso de Castro
1-7: Anúncio dos capítulos que seguem: e qual sentido a matéria é impensável? 7-11: É preciso refutar o sentido comum (e os estoicos) que se enganam sobre a natureza do ser 11-14: O ser real é a totalidade a qual nada falta; ele é a causa do que aparece. 14-23: O ser vive e pensa; toda adição seria para ele a adjunção de um não-ser 23-32: A vida e o intelecto não podem destacar-se do que é inferior ao ser. O ser não é portanto um corpo 33-41: Objeção de um auditor "materialista": como pensar que a terra e (...)