Cap 8: O jardim de Zeus: sequência da interpretação alegórica do Banquete. — Afrodite é a alma unida a Zeus linhas 1-11: Agora, que representa Zeus? — Para Platão, é um grande soberano e uma causa, a terceira; nele se encontram uma Alma e um Intelecto reais linhas 11-17: Zeus representa portanto o Intelecto e Afrodite a alma; a etimologia do nome de Afrodite a associa à graça (habron) linhas 17-23: Os deuses masculinos correspondem ao Intelecto, as divindades femininas à alma
Míguez
8- Pero, (...)
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noûs / νοῦς / νόος / noos / νοῦν / noun / νέω / néo / inteligência / intelecto / mente / mental / faculdade mental / intellectus / princípio-intelectual / tramar / tecer / noema / νόημα / pensar / pensamento / νοεῖν / noein / noeîn / νοέω / νοῶ / noesis / νόησις / intelecção / mentação / noeton / νοητός / noetos / νοέω / noeo / νοητικός / noetikos / noetikon / noètikon / dianoia / διάνοια / διανοέομαι / dianoemai / διανοέω / dianoeo / razão / raciocínio / ennoein / refletir / reflexão
gr. νοῦς, noûs = inteligência, intelecto, espírito, Princípio-Intelectual. Latim: spiritus, intellectus. Esse termo tem dois sentidos: (1) substância: espírito; (2) faculdade mental: inteligência ou intelecto. Encontramos o termo noûs empregado desde a origem tanto no sentido metafísico quanto no psicológico. Seus derivados dianoia, noesis, noema, noeton, énnoia, etc.
gr. νόημα, noema: pensar, pensamento
gr. νόησις, noêsis: intelecção da verdade, com direta evidência produtora de saber (Schäfer ).
gr. νοητός, noeton = inteligível. A realidade inteligível inclui não somente a alma mas também outras entidades. Enquanto entidades, inteligíveis, são dão na multiplicidade sem se dividirem, por uma "misteriosa" relação entre inteligível e sensível, examinada em Enéada VI, 4 -5. (O’Meara , 1995)
gr. dianoia: razão discursiva, pensamento discursivo.
[...] todos os quatro modos do ἀληθεύειν (desvelamento) estão presentes no νοεῖν (pensar); eles são um determinado modo de levar a termo ο νοεῖν (pensar), ο διανοεῖν (pensar reflexivo). [Heidegger , GA19 :28]
Matérias
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Plotino - Tratado 50,8 (III, 5, 8) — O jardim de Zeus: sequência da interpretação alegórica do Banquete
20 de fevereiro, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 27,25 (IV, 3, 25) — A memória não pertence ao intelecto
14 de janeiro, por Cardoso de Castroa)Introducción (25, 1-10).
b)La memoria no reside ni en los seres impasibles e intemporales, ni en el compuesto animal, ni en el alma corporalizada, sino en el alma sola, en la superior y en la inferior (25, 10-27, 25).
Míguez
25. En cuanto a la memoria, ¿será posible que subsista en las almas cuando han salido ya de este mundo, o sólo se dará en algunas y en otras no? Pero, si es así, ¿se acordarán las almas de todo o tan sólo de algunas cosas? Convendría averiguar también si la memoria (...) -
Parmênides – Poema
16 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroGerd Bornheim
O poema de Parmênides nos oferece - ao lado dos fragmentos de Heráclito - a doutrina mais profunda de todo o pensamento pré-socrático. Mas é também a de mais difícil interpretação. O poema divide-se em três partes: o prólogo, o caminho da verdade e o caminho da opinião.
No prólogo (frag. 1), o filósofo é conduzido à presença da deusa, que lhe promete a revelação da verdade. A deusa, portanto, é quem fala. No fim do prólogo, o poema distingue "o coração inabalável da verdade bem redonda", das (...) -
Plotino - Tratado 19,3 (I, 2, 3) — As virtudes são purificações
29 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 3. As virtudes, sob sua forma mais alta, são purificações 1-10: Platão põe a semelhança ao deus nas virtudes mais altas que as virtudes cívicas 10-14: A alma misturada ao corpo recebe dele afetos e opiniões; mas que ela deles se libera e ela se purifica e possui a virtude 15-19: O que são, na alma que se purifica, as quatro virtudes fundamentais (reflexão, temperança, coragem e justiça) 19-22: A disposição da alma impassível é semelhante ao divino 23-27: Pensar não é a mesma coisa para a alma e (...)
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Plotino - Tratado 53,1 (I, 1, 1) — Qual é o sujeito da sensação?
9 de janeiro, por Cardoso de CastroI. Problema (cap. 1). —¿Cuál es el sujeto de las emociones y de las acciones y opiniones resultantes de aquéllas? ¿Cuál, el de los razonamientos, opiniones e intelecciones? ¿Cuál, el del presente examen crítico? Y, ante todo, ¿cuál es el sujeto de la sensibilidad? [IGAL]
nossa tradução
desde MacKenna
1. Prazer [hedone] e angústia [lype], medo [phobos] e coragem [tharre, andreia], desejo [epithymia] e aversão [apostrophe], onde estas afetividades e experiências se assentam? Claramente, somente na alma (...) -
Plotino - Tratado 19,5 (I, 2, 5) — O estado da alma a se separar do corpo
29 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 5. O estado da alma que empreende de se separar do corpo. 1-5: Até onde pode ir a purificação? 6-11: A alma impassível não retém senão as sensações necessárias 12-16: Cólera, temor 17-20: Desejo 21-31: A alma pura não conhece tensão entre sua parte irracional e sua parte racional
nossa tradução
da versão de Armstrong
5. Mas devemos declarar a extensão da purificação; desta forma, ficará claro com que deus somos assemelhados e identificados. A questão é substancialmente esta; como a purificação (...) -
Plotino - Tratado 50,2 (III, 5, 2) — O amor como deus
18 de fevereiro, por Cardoso de CastroCap 2: O amor como deus. Ligação entre Afrodite e Eros linhas 1-10: Teólogos e filósofos fizeram do Eros um deus; Platão dele fez o filho, por um lado de Afrodite, por outro de Poros e Penia linhas 10-19: Quem é Afrodite? — Existe na realidade duas Afrodite, uma celeste (Ourania), a outra ligada ao mundo sensível. linhas 19-32: A Afrodite celeste nascida de Chronos (que representa o Intelecto), é a alma divina e pura, sem relação com a matéria linhas 32-46: Retorno ao deus Eros: nascido da atividade (...)
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Eudoro de Sousa (HCSM:104-110) – Empédocles
10 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 104-110]
60. Parmênides teria sido o primeiro pluralista, se o seu dualismo fosse o da realidade, e não o da aparência — da aparência, pura e simples, ou da aparência da realidade: o dualismo da Luz e da Noite é questão de nomos («convenção»), e não de physis («natureza»), Empédocles institui o pluralismo na realidade, na medida em que cada um dos seus quatro elementos se determina como idêntico a si (...) -
Allard l’Olivier: L’EXPECTATIVE
16 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroALLARD L’OLIVIER, André. L’Illumination du cœur. Paris: Éditions Traditionnelles, 1977, p. 42-52
tradução parcial
I
Tudo o que percebo, ou imagino, ou penso, não é o que eu sou radicalmente enquanto sujeito puro. Não sou estes objetos que percebo ; não sou as imagens que se oferecem a meu espírito; não sou mesmo as noções que penso, nem os discursos que mantenho. Quando "eu" me penso, "eu" penso isto que eu sou (eu penso mim mesmo) : nem mesmo sou aquilo que meu pensamento diz que eu sou (a saber, (...) -
Plotino - Tratado 26,2 (III, 6, 2) — O vício é uma alteração da alma?
21 de fevereiro, por Cardoso de CastroCapítulo 2: O vício é uma alteração da alma? 1-5: Posição do problema: o vício e a virtude estão "na" alma? 5-18: A virtude não é uma harmonia? Comparação da alma com um corpo de dançarinos 18-29: Cada parte deve ter sua virtude própria; o vício parece bem ser uma alteração das partes da alma 29-41: A virtude é a atualização de cada parte da alma em conformidade com o ato do Intelecto. Recusa do modelo da cera e da espátula 42-49: Lembrança concernente a memória 49-54: Posição do princípio "os seres sem matéria (...)
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Creusa Capalbo: principais conceitos da fenomenologia de Husserl
6 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroCAPALBO, Creusa. Fenomenologia & Ciências Humanas. Âmbito Cultural Edições, 1987
1.1 Introdução
A primeira obra que Husserl publicou em 1891 foi a Filosofia da Aritmética, onde ele analisa o conceito de número, o método usado pela matemática e o caráter lógico de seus conceitos e de seus princípios.
Já nesta obra Husserl assinala a diferença existente entre o conceito de número e o processo de enumeração, referentes respectivamente ao seu aspecto lógico e ao seu aspecto psicológico.
A discussão (...) -
Plotino - Tratado 47,1 (III, 2, 1) — Existe uma providência que governa o universo
20 de janeiro, por Cardoso de CastroCap. 1, 1-15: Introdução: existe uma providência que governa o universo.
Cap. 1, 15 ao cap. 5: A natureza do universo e aquela da providência Parágrafos 15-45: A providência consiste para o universo a existir conforme ao Intelecto, que é o mundo verdadeiro e primeiro, imóvel e perfeito.
Míguez
1- El atribuir a un hecho casual y fortuito la existencia y la ordenación del mundo es algo verdaderamente absurdo y propio de un hombre incapaz de pensar y de percibir . Ello es claro antes de todo (...) -
Plotino - Tratado 39,5 (VI, 8, 5) — Que relação estabelecer entre virtude e liberdade?
8 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 5: Que relação estabelecer entre virtude e liberdade? 1-27: Retorno ao nível da alma. A virtude que governa a ação pode ser livre? 27-37: Consideração da virtude "nela mesma": ela é "como um outro Intelecto" [RESUMO DE BRISSON]
tradução
5. — Por conseguinte, deve-se situar a livre disposição de si e a capacidade de depender de si no único Intelecto que pensa, quer dizer no intelecto puro, ou melhor igualmente na alma cujo ato é conforme ao intelecto e cuja ação é conforme à virtude? Desde (...) -
Plotino - Tratado 24,1 (V, 6, 1) — O pensamento na alma e o pensamento no Intelecto
18 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: O pensamento na alma e o pensamento no Intelecto 1-5: Distinção da intelecção de si e da intelecção de outra coisa 5-14: O que se intelige é ao mesmo tempo um e dois 15-24: Imagem da dupla luz que ilustra o pensamento na alma e o pensamento no Intelecto
Míguez
1. Es posible pensar otra cosa, y es posible también pensarse a sí mismo, lo que hace en mayor grado escapar a la dualidad. En el primer caso, se querría igualmente pensarse a sí mismo, pero ello es menos posible. Se posee lo que (...) -
Plotino - Tratado 38,6 (VI, 7, 6) — A forma do homem, a razão do homem e o homem sensível
26 de janeiro, por Cardoso de CastroCap 6, 1-23. A forma do homem, a razão do homem o homem sensível. Cap 6, 24 a cap 7: A alma e as razões: todo ser sensível não é senão o produto de uma razão que a alma recebe do Intelecto e que ela transmite no sensível, o que faz com que os sensíveis e as sensações já existam, sob uma forma diferente, no inteligível.
Míguez
6. ¿Pero vamos a admitir que en esa alma superior se dé la facultad de sentir? Eso afirmamos y, además, que tiene las sensaciones del mundo inteligible y tal como allí se ofrecen. (...) -
Taylor: Tratado 31 (V, 8) — Sobre a beleza inteligível
19 de janeiro, por Cardoso de CastroThe following beautiful extract from the treatise of Plotinus, " On intelligible beauty," is a specimen of his manner of surveying all things, as subsisting without specific distinction in one supreme intellect. The whole of the extract likewise is the result of noera epibole, or intuition through the projecting energies of intellect.
"All the Gods are venerable and beautiful, and their beauty is immense. What else however is it but intellect through which they are such ? and because (...) -
Plotino - Tratado 38,1 (VI, 7, 1) — As sensações e o raciocínio
20 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1, 1-21: As sensações foram dadas aos homens na sequência de um raciocínio divino ou existiam já no inteligível?
Cp. 1, 21 a 3,22: A divindade não raciocina e nenhum raciocínio é possível no inteligível, porque cada forma é nela mesma o que ela é e sua causa, seu «que» e seu «porque». Cap 1, 21 a cap 2,55: O raciocínio concerne o que deve advir no futuro, quando no inteligível tudo está sempre presente. Cap 2,55 a cap 3,22: As formas não são o objeto de um raciocínio, pois cada uma delas tem sua (...) -
Zubiri (IR:li-lv) – inteligir e sentir
29 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroZUBIRI, Xavier. Inteligência e Realidade. Tr. Carlos Nougué. São Paulo: É Realizações, 2011, p. li-lv
Para muitos leitores, a meu livro Sobre a Essência faltava um fundamento porque consideravam que saber o que é a realidade é tarefa que não pode ser levada a efeito sem um estudo prévio do que nos é possível saber. Isso é verdade, quando se trata de alguns problemas concretos. Afirmar, porém, de forma absolutamente geral, que isso seja próprio do saber da realidade enquanto tal é algo diferente. Esta (...) -
Fernandes (FC:156-161) – identificação – consciência-inconsciência
10 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[FERNANDES, Sérgio L. de C.. Filosofia e Consciência. uma investigação ontológica da Consciência. Rio de Janeiro: Areté Editora, 1995, p. 156-161]
Ora, o falso sempre é dualidade — dizemos que ele “gera” dualidade apenas porque estamos num jogo de luz. Essa falsidade se chama “Identificação”, e esta é a primeira dualidade: de um [156] lado, “isso que se identifica”; de outro, “aquilo com que isso se identifica”. Mas não havia, no nosso jogo, no sentido próprio de “havia”, um “eu”: nosso objeto de (...) -
Finamore (FinamoreVS:11-20) – Composição, a geração e o destino último do veículo da alma
29 de dezembro de 2021, por Cardoso de CastroFINAMORE, John. Iamblichus and the Theory of the Vehicle of the Soul. Chico: Scholars Press, 1985, p. 11-20 (tradução resumida)
Jâmblico discorda de Porfírio sobre o “veículo da alma” sobre três pontos: a composição, a geração e o destino final.
A composição do veículo seria de uma série de misturas (phyramata) coletadas das esferas celestiais. Jâmblico em seu comentário ao Timeu afirma que o veículo é feito de "pantos tou aitheros" (do éter ele mesmo e não de vários corpos etéreos) e que este éter tinha (...)
Notas
- Supressão da forma discursiva
- 2.° O mundo inteligível
- Supressão da forma intelectiva
- 4.° O mundo sensível
- A Alma no Fedro
- A dialética platônica
- A psyche no Estoicismo
- Agamben (IH:27) – intelecto e psique
- aion
- aisthesis
- aisthesis (aristotelismo)
- aisthesis (médio e neoplatonismo)
- aistheton
- Albino
- aletheia
- amor e conhecimento
- anamnesis
- ananke
- Anaxágoras de Clazômenas
- Antropologia