Poderia se consagrar um volume inteiro à iconografia dos Quatro Viventes se apenas examinássemos os Evangeliários e Sacramentários dos século VIII e IX onde os Evangelistas são representados sob forma de personagens com cabeças de animais.
Estranha particularidade da iconografia cristã é a representação dos quatro evangelistas sob a forma de quatro “viventes”, quer dizer, de fato um homem e três animais ou homens com cabeças de animais.
Essas imagens derivam da figuração egípcia dos deuses, (...)
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mythos / μύθος / μυθολογώ / fabular / mito / fábula / parabole / παραβολή / comparação / παραβάλλω / paraballo / pôr lado a lado / folklore / folclore
É Platão que deu ao grego antigo mythos a significação que reveste hoje em dia para nós o termo "mito". Na língua grega, o sentido de mythos se modificou em função das transformações que afetaram o vocabulário do "dizer" e da "palavra", no curso de uma evolução histórica cuja obra de Platão é o termo; antes de Platão, mythos significa simplesmente "palavra", "aviso que se expressa"; depois, designa este tipo de relato infalsificável que trata dos deuses, demônios, heróis, habitantes do Hades e dos homens do passado (Luc Brisson ). hypónoia: sentido subjacente, significado oculto
Matérias
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Richer (IT) – Os Quatro Viventes (Tetramorfos)
15 de novembro de 2022, por Cardoso de Castro -
Arnold : ILLUMINISME ET CABALISME AUX XVIe ET XVIIe SIÈCLES
23 de janeiro de 2010, por Cardoso de CastroExtrait de Paul Arnold, Ésotérisme de Shakespeare, Mercure de France, 1955.
Jean Trithème, abbé de Spanheim, mourut en 1516, vingt ans après Pic de la Mirandole. Il avait été, autant que l’Italien, un maître incontesté en « l’art » occulte ; et il avait initié à sa haute science Paracelse et Cornélius Agrippa. Sous la protection de l’empereur Maximilien, et parfois pour répondre à ses questions, il avait écrit plusieurs traités qui font date dans l’histoire du cabalisme. Héritier d’une longue tradition, il (...) -
Gaboriau : AUX ABORDS DE LA MÉTAPHYSIQUE
7 de setembro de 2015, por Cardoso de Castro"Repetitorium" au final du tome "L’entrée en métaphysique", de l’excellent cours de Florent Gaboriau, "Nouvelle initiation philosophique" (Casterman 1962).
-* AUX ABORDS DE LA MÉTAPHYSIQUE APPROCHE Dispositions d’esprit suggérées par le début de la Première Méditation Métaphysique (Descartes), et appliquées à notre recherche (philosophie primordiale) : a) remise en cause totale, allant jusqu’aux principes, aux origines, aux tout-débuts (arche) : archologie, pourrait-on dire, s’occupant de ce qui reste (...) -
Attar (AP) – O califa e seus sete filhos
12 de dezembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait de « Anthologie persane (XIe-XIXe siècles)», par Henri Massé. Payot, 1950
Un homme qui avait parcouru l’univers, le cœur en désarroi, ses affaires troublées, pour chercher un ami qui avait disparu, me conta, le tenant de gens bien renseignés, qu’un calife était père, autrefois, de sept fils ; or chacun d’eux avait conçu de hauts desseins; ils ne renonçaient pas à la présomption ; en toute science qui existait de leur temps, chacun d’eux ressemblait à une perle unique. Comme ils étaient versés (...) -
Tesouro Oculto (Mt 13,44)
14 de agosto de 2022, por Cardoso de CastroTambém o reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo. (Mt 13,44)
mt.13.44 παλιν [AGAIN] ομοια [LIKE] εστιν [IS] η [THE] βασιλεια [KINGDOM] των [OF THE] ουρανων [HEAVENS] θησαυρω [TO TREASURE] κεκρυμμενω [HID] εν [IN] τω [THE] αγρω [FIELD,] ον [WHICH] ευρων [HAVING FOUND] ανθρωπος [A MAN] εκρυψεν [HID,] και [AND] απο [FOR] της [THE] χαρας [JOY] αυτου [OF IT] υπαγει [GOES] και [AND] παντα [ALL THINGS] οσα [AS MANY (...) -
Watts (VC:I-1) – Símbolos
29 de março de 2022, por Cardoso de CastroAfinal, o mais importante sobre Cristo não é a sua aparência exterior, mas o seu caráter interior. Assim, da mesma forma, o importante sobre os eventos não é como se verificam, mas sim o que significam. Seria, sem dúvida, possível dizer-se que, mesmo que toda a história de Cristo e todos os dogmas da Igreja a seu respeito fossem puro mito, seria, não obstante, um mito implantado na alma humana por Deus, surgido da inconsciência racial sob a direção do Espírito Santo. Ter-se-ia também de dizer que o (...)
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Asín Palacios (EMDC) – Lenda da Viagem Noturna
28 de março de 2022, por Cardoso de CastroA LENDA DA VIAGEM NOTURNA E ASCENSÃO DE MAOMÉ, COTEJADA COM A «DIVINA COMÉDIA»
I. Gênese da lenda 1. Seu gérmen alcorânico 2. Evolução deste gérmen em três ciclos de redações diversas
II. Ciclo primeiro: lendas da viagem noturna ou «isra» 1. Caráter comum às duas redações deste ciclo 2. Redacción A. Su análisis 3. Su cotejo con la Divina Comedia. Coincidencia en las líneas generales 4. ídem en pormenores descriptivos 5. Redacción B. Su análisis 6. Su cotejo con la Divina Comedia. Analogías generales 7. Wem en (...) -
Richir (PM:18-21) – teses de Schelling sobre a Mitologia
16 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroSCHELLING, F.W.. Philosophie de la mythologie. Tr. Alain Pernet. Préface de Marc Richir. Postface de François Chenet. Grenoble: Jérôme Millon, 1994, p. 18-21
Les deux premières thèses fondamentales de Schelling, dont nous allons voir qu’elles s’articulent systématiquement l’une à l’autre, sont : 1) qu’il y a une [19] corrélation stricte entre l’individuation d’un peuple et l’individuation d’une mythologie (« nous ne pouvons concevoir un peuple sans mythologie » : 63 ; 75) ; 2) que la mythologie est un vrai (...) -
Semente de Mostarda (Mt 13:31-32; Mc 4:30-32; Lc 13:18-19)
21 de julho de 2022, por Cardoso de CastroMt 13:31-32
mt.13.31 [31] αλλην 243 [ANOTHER] παραβολην 3850 [PARABLE] παρεθηκεν 3908 [PUT HE BEFORE] αυτοις 846 [THEM,] λεγων 3004 [SAYING,] ομοια 3664 [LIKE] εστιν 2076 [IS] η 3588 [THE] βασιλεια 932 [KINGDOM] των 3588 [OF THE] ουρανων 3772 [HEAVENS] κοκκω 2848 [TO A GRAIN] σιναπεως 4615 [OF MUSTARD,] ον 3739 [WHICH] λαβων 2983 [HAVING TAKEN,] ανθρωπος 444 [A MAN] εσπειρεν 4687 [SOWED] εν 1722 τω 3588 [IN] αγρω 68 αυτου 846 [HIS FIELD;]
mt.13.32 [32] ο 3739 [WHICH] μικροτερον 3398 [LESS] μεν 3303 [INDEED] εστιν 2076 [IS] παντων 3956 [THAN (...) -
Eros e Psique 4
28 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Enquanto isso, nessa mesma noite, o esposo que ela não conhecia voltou a advertir a esposa:
— Não vês o perigo que te espreita de longe? Fortuna trama e se abaterá sobre ti, se não procederes com a máxima cautela. As lobas pérfidas se esforçam por armar-te uma cilada, cuja pior armadilha é persuadir-te a contemplar o meu rosto. Já te adverti inúmeras vezes de que nunca mais o verás se o contemplares uma única vez. (...) -
Eros e Psique 7
28 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Enquanto Psique peregrinava de cidade em cidade à procura de Cupido, este guardava o leito na casa de sua mãe, gemendo de dor pela queimadura. Vênus não se encontrava presente. Foi então que uma gaivota branca como a neve; dessas que voam nas cristas das ondas, desceu apressada até o fundo do mar onde a deusa se banhava e nadava despreocupadamente. A gaivota indiscreta contou-lhe tudo acerca do filho. Disse-lhe (...) -
Eros e Psique 8
28 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Enquanto isso, Psique continuava sua triste peregrinação, buscando noite e dia pelo esposo. Quanto mais desespero sentia na alma, tanto mais sequioso de amor ficava também o encolerizado Eros, visto sentir falta do amor da esposa para aplacar-lhe os desejos; também não conseguia satisfazer-se com os favores obtidos de uma escrava.
Quando Psique avistou um templo no alto de uma montanha, disse para si mesma: "Se (...) -
Eros e Psique 2
6 de abril de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da versão alemã integral de A. Schaeffer, trad. por Zilda Hutchinson Schild
Nesse lugar adorável, em meio ao vale florido, deitada sobre a relva coberta de orvalho, Psique adormeceu de mansinho. Depois de descansar bastante de tantas emoções, recuperada pelo sono reparador, ela ergueu-se com o espírito muito mais tranquilo.
Logo viu um bosque de grossas árvores gigantescas; viu uma fonte de águas transparentes e brilhantes e, no âmago desse bosque, um palácio principesco, que não fora (...) -
Eros e Psique 3
28 de março de 2022, por Cardoso de CastroCAPÍTULO 3 Enquanto isso, os pais envelheciam de dor e de tanto se lamentar; e como os rumores desses acontecimentos logo se espalharam, tão logo souberam do fato, as irmãs mais velhas de Psique abandonaram seus lares, consternadas e preocupadas, para ir visitar os pais.
Nessa mesma noite, o esposo de Psique lhe disse - pois, com exceção da voz, ele só lhe era perceptível ao tato e aos ouvidos:
— Doce e adorável esposa, estás ameaçada por um triste destino e um perigo iminente, que na minha opinião (...) -
Fedro 274b-277a — A invenção da escrita. O mito de Tot
24 de março de 2022SÓCRATES: - Só resta, então, falar sobre o que convém e o que não convém escrever, e examinar quando essa arte é bem ou mal empregada. Está certo?
FEDRO: - Sim.
SÓCRATES: - Sabes tu como se pode ser mais agradável aos deuses [theo], em ações [prattein] ou em discursos [legein]?
FEDRO: - Não; e tu sabes?
SÓCRATES: - Tenho vontade de contar-te uma história transmitida pelos antigos; se ela é verdadeira ou não, só deus o sabe. Afinal, se nós pudéssemos conhecer a verdade [aletheia], haveríamos de nos (...) -
Kingsley (DPW:87-92) – Apolo
6 de outubro de 2022, por Cardoso de CastroApolo era conectado não somente com a noite mas com as cavernas e lugares escuros, com o submundo e a morte. Agora é tão fácil assumir que Apolo e o Sol são ambos questão de resplendor e luz. Mas, isto é esquecer onde o Sol está mais em casa: na escuridão do submundo. E é também não alcançar o que estas proposições sobre o Sol e Apolo realmente afirmam.
As tradições ligando Apolo com incubação e cavernas e lugares escuros, nada tem com o Apolo que costumamos conhecer.
Hoje em dia Apolo é considerado a (...) -
Alan Watts (VC:II.2) – União com Deus
31 de agosto de 2022, por Cardoso de CastroWATTS, Alan. A Vida Contemplativa. Tr. Celso Mayer. Rio de Janeiro: Record
Mayer
Há dois modos de se alcançar a casa vizinha. Um é dando a volta ao mundo e o outro, caminhando uns poucos passos. Há também dois modos de se encontrar o céu. Um é subir, subir em busca de um firmamento sempre fugidio e o outro é compreender que, aqui na terra, já nos encontramos no céu e que nosso planeta é, de fato, um dos corpos celestes. É fácil perdermo-nos na caminhada à volta do mundo até a casa vizinha e mais (...) -
Coomaraswamy (AKCcivi:94-106) – Sobre lebres e sonhos (1)
13 de novembro de 2022, por Cardoso de CastroO dr. Layard, autor de “Os homens de pedra de Malekula”, é um antropólogo famoso que depois de uns tempos tornou-se psicanalista. Seu último livro divide-se em duas partes: a primeira é o caso dos problemas de uma cliente, em que há uma referência especial ao sonho que ela teve com uma lebre que deveria ser sacrificada e estava perfeitamente resignada a ser a vítima; a segunda é um resumo do significado mitológico do simbolismo arquetípico da lebre no Egito, na Europa, na Índia, na China, na América e (...)
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Coomaraswamy (AKCcivi:121-124) – Mente e Mito
13 de novembro de 2022, por Cardoso de CastroContudo, falando em “mente” temos de lembrar que os ditados tradicionais sempre pressupõem a distinção de “duas mentes”: a “apática” (que não depende de motivação de prazer ou dor) e a “patética” (que está sujeita a uma persuasão dos apetites); só a Primeira Mente (que é o intellectus vel spiritus da filosofia escolástica), pelo simples fato de ser desinteressada consegue julgar a extensão em que um apetite (ou instinto) deve ser satisfeito se quisermos servir o nosso bem real, e não apenas o prazer imediato. (...)
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Coomaraswamy (AKCcivi:128-133) – Interpretação dos símbolos
13 de novembro de 2022, por Cardoso de CastroNaturalmente não estamos discutindo a interpretação dos significados subjetivos ou “fantasiosos” contidos nas fórmulas iconográficas; estamos falando apenas em interpretar o significado dessas fórmulas.
Al estudioso de los símbolos a menudo se le acusa de «leer significados» dentro de los emblemas verbales o visuales cuya exégesis propone. Por otra parte, el esteta e historiador del arte, más preocupado de las peculiaridades estilísticas que de las necesidades iconográficas, generalmente evita el (...)
Notas
- A invenção da escrita: mito de Tot
- allegoria
- allegoria
- Apuleio Eros e Psique
- Ascetismo e Misticismo
- Balthasar (LC): Máximo — exegese
- Borella Simbolismo
- BQT 202d-206a: O Amor, daimon, e o mito de seu nascimento
- Bréhier (HF) – Mito do Político
- Bréhier (HF) – Origem da ciência. Reminiscência e mito
- Caputo (MEHT:xxi-xxiv) – Heidegger jamais místico
- Clemente Logia Parabole
- Como Platão fala de seus próprios mitos?
- Coomaraswamy Budismo Mito
- Daumal (EN2:275-276) – A palavra e a mosca
- Do Mito à Razão
- Do Mito à Razão (I): O Mito Grego
- Eliade Aspectos Mito
- Entralgo: A Cura pela Palavra nas Leis
- Eudoro de Sousa (HC:100-102) – Poema de Parmênides - Proêmio (2)