EUDORO DE SOUSA
8. «Só resta falar de um caminho da inquirição: ’o que é’. Neste há muitos sinais de que ’o que é’ não foi gerado nem há-de perecer, pois aí está como um todo, único, inabalável, completo. Nunca ele foi nem será, porque é agora todo ele, um só, contínuo. Pois que origem querias que ele houvesse tido? Como, donde teria ele crescido? Nem consinto que digas ou penses que originado ele foi do que não é, pois nem pensar nem dizer se pode que ’o que não é’, é. Demais, originado que fosse o ser do (...)
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heimarmene / ειμαρμένη / eimarmene / πεπρωμένο / prepomeno / κισμέτ / kismet / μείρομαι / meimorai / μοῖρα / moira / tykhe / τύχη / tyche / týchê / τυχερός / tycheros / azar / Lachesis / Λάχεσις / Atropos / Ἄτροπος / imutável / Klotho / Κλωθώ / fiadeira do destino / δυστυχεῖν / dystychein / má-sorte
gr. ειμαρμένη, heimarménê: uma (porção) destinada, destino. týchê: fortuna. O termo moira, é formado como heimarmene, a partir do verbo meiromai, que significa receber sua parte, seu dote. Como Aisa, deusa arcaica do destino, moira remete ao destino como limite e interrupção do curso normal das coisas. Raramente bem-venturado. Em Hesíodo (Teogonia 904-6), as Moiras [Μοίρας] são a tríade das filhas de Zeus e de Themis. Esta tríade se reencontra principalmente, mas o conceito de heimarmene se encarregado de expressar o destino no discurso filosófico. [Notions philosophiques ]
gr. τύχη, tykhe, tyke, tyche. Na mitologia, a fortuna, sorte enviada pelos deuses. Aristóteles considera o acaso como a causa de fatos excepcionais, acidentais e finalizados (Física). Para Plotino , ela intervém nos fatos derivados e múltiplos. [Gobry ]
Matérias
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Parmênides – Poema - Fragmento 8
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro -
Arcontes
28 de março, por Cardoso de CastroForça do cosmos: no singular, o Grande Arconte, demiurgo e senhor do mundo inferior; no plural, designa o círculo que cerca o demiurgo ou os planetas. GNOSTICISMO – Hans Jonas: Religião Gnóstica - A RELIGIÃO GNÓSTICA
O universo, o domínio dos Arcontes, é como uma enorme prisão onde a masmorra mas interior é a Planeta Terra - terra, a cena da vida do homem. Em volta e acima disto as esferas - esferas cósmicas se alinham como casacas concêntricas envelopantes. Frequentemente há as Planetas - sete (...) -
Plotino - Tratado 52,9 (II, 3, 9) — Abandonado a sua alma inferior, o homem se torna escravo do destino
1º de junho, por Cardoso de CastroCap. 9-15: A influência dos astros é limitada. 9. Se o homem se abandona a sua alma inferior, ele se torna escravo do destino e dos signos que enviam os astros; se ele se abandona ao divino, nada pode ser mestre dele.
Míguez
9. Vayamos, ahora al ejemplo del huso, que fue considerado por unos, ya desde antiguo, como un huso que trabajan las Parcas, y por Platón como una representación de la esfera celeste; las Parcas y la Necesidad, su madre, eran las encargadas de hacerle girar, fijando en (...) -
Cumont - Lux Perpetua (Introduction)
11 de março de 2008, por Cardoso de CastroChez Internet Archive: Lux Perpetua
INTRODUCTION
Sans doute, tant qu’il y aura des hommes et que la médecine ne pourra leur assurer le perpétuel renouvellement d’une vigueur juvénile, se préoccuperont-ils du grand mystère de l’au-delà. Mais jamais peut-être l’idée de la mort ne fut aussi présente à l’humanité que durant les années que nous avons vécues. Elle fut la compagne quotidienne de millions de combattants engagés dans une lutte meurtrière, elle hantait l’esprit de ceux, plus nombreux encore, qui (...) -
Platão - A República - Livro X (614a-621d) — Descida aos infernos: o mito de Er
7 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro3 Recompensas da justiça após a morte: Mito de Er o Pamphyliano (mito da escolha do destino) (614a até o fim) Er, morto em uma batalha, retorna à vida e relata o que viu no além. As almas, julgadas, e punidas ou recompensadas na proporção de sua conduta sobre a terra. Estrutura do mundo Antes de renascer à vida mortal, as almas devem, em uma ordem fortuita, escolher o gênero de vida ao qual elas serão em seguida ligadas necessariamente: "cada um é responsável de sua escolha, o deus está fora de (...)
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Rocha Pereira: Mito de Er
13 de janeiro, por Cardoso de CastroPLATÃO. A República. Tr. Maria Helena da Rocha Pereira. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2017, p. XXXIX-XLII.
A réplica às grosseiras doutrinas de felicidade vai ser dada sob a forma de um mito - processo literário que estava fortemente enraizado na tradição grega, quer na épica, quer na lírica, e que surge nos diálogos, a substituir a discussão dialética, quando se passa da esfera do certo para a do provável . Expor desta forma doutrinas escatológicas foi, além disso, praticado mais vezes por (...) -
Plotino - Tratado 39,3 (VI, 8, 3) — A verdadeira liberdade situa-se no intelecto
7 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 3: Prosseguimento da investigação psicológica e passagem ao Intelecto: é lá que deve se situar a verdadeira liberdade. 1-20: O que depende de nós pode ser ligado à opinião? ou à representação? 21-26: A livre disposição de si deve primeiramente ser reportada ao Intelecto
tradução
3. Eis porque é preciso examinar estas questões. Pois em as tratando já nos aproximamos de um discurso sobre os deuses [theon]. Em resumo, atribuímos o que depende de nós à vontade [boulesis], e situada esta última na (...) -
Plotino - Tratado 39,1 (VI, 8, 1) — Exposição do objeto da pesquisa
6 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Exposição do objeto da pesquisa e primeira aproximação "daquilo que depende de nós" 1-13: É necessário estender aos seres inteligíveis e ao Uno o uso da expressão "o que depende de nós"? 13-30: Sentido da expressão: "o que depende de nós" quando ela se aplica às faculdades humanas 30-44: Distinção entre o que é "voluntário" e "o que depende de nós"
tradução
1. É possível investigar, mesmo a respeito dos deuses [theois], se algo depende deles, ou melhor convém limitar esta investigação às (...) -
Parmênides – Poema - Estudos - Eudoro
17 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[DE SOUSA, Eudoro. Horizonte e Complementaridade. Sempre o mesmo acerca do mesmo. Lisboa, INCM, 2002, p. 98-104]
55. Por conseguinte, não é irrefutável a tese, segundo a qual a «Opinião dos Mortais» seria apenas um artifício dialéctico, e torna-se bastante verosímil que ela se situe no prolongamento da «Via da Verdade», como a verdade do ser, enquanto aparece. O problema, ou o pressuposto, da unidade interna de composição, ou ainda, a legítima exigência de uma unidade de composição, transfere-se (...) -
Plotino - Tratado 47,1 (III, 2, 1) — Existe uma providência que governa o universo
20 de janeiro, por Cardoso de CastroCap. 1, 1-15: Introdução: existe uma providência que governa o universo.
Cap. 1, 15 ao cap. 5: A natureza do universo e aquela da providência Parágrafos 15-45: A providência consiste para o universo a existir conforme ao Intelecto, que é o mundo verdadeiro e primeiro, imóvel e perfeito.
Míguez
1- El atribuir a un hecho casual y fortuito la existencia y la ordenación del mundo es algo verdaderamente absurdo y propio de un hombre incapaz de pensar y de percibir . Ello es claro antes de todo (...) -
Plotino - Tratado 39,5 (VI, 8, 5) — Que relação estabelecer entre virtude e liberdade?
8 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 5: Que relação estabelecer entre virtude e liberdade? 1-27: Retorno ao nível da alma. A virtude que governa a ação pode ser livre? 27-37: Consideração da virtude "nela mesma": ela é "como um outro Intelecto" [RESUMO DE BRISSON]
tradução
5. — Por conseguinte, deve-se situar a livre disposição de si e a capacidade de depender de si no único Intelecto que pensa, quer dizer no intelecto puro, ou melhor igualmente na alma cujo ato é conforme ao intelecto e cuja ação é conforme à virtude? Desde (...) -
Míguez: Tratado 3 (III,1) — Sobre o destino
8 de janeiro, por Cardoso de Castro1. Plotino, el destino y la providencia.
Los tres primeros tratados que reúne la Enéada tercera tienen indudable relación entre sí, aunque para la temática plotiniana el segundo y el tercero presenten una unidad más sólida, que viene confirmada enteramente por su misma sucesión cronológica. El tema del destino, que aparece como pórtico de esta Enéada, entra de lleno en la preocupación filosófica y religiosa de Plotino y nos pone en contacto, a la vez, con las doctrinas más en boga en su tiempo sobre la (...) -
Carneiro Leão (FG:111-114) – Os Pré-socráticos e as Tragédias
16 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro[CARNEIRO LEÃO, Emmanuel. Filosofia Grega I. Teresópolis: Daimon Editora, 2010, p. 111-114]
Não apenas os beócios é que não pensam. Os próprios atenienses renunciaram ao pensamento quando em Sócrates, Platão e Aristóteles a filosofia inaugurou sua avalanche histórica. Para Hegel, a filosofia é uma época concentrada em pensamentos. Para os primeiros pensadores, pensar é acordar o não pensado, acionar a inércia de pensamento de uma tradição histórica. E o que fizeram recuperando a tragédia da poesia e (...) -
Cumont : Lux perpetua - Introduction
18 de janeiro de 2009, por Cardoso de CastroLux perpetua
INTRODUCTION
Sans doute, tant qu’il y aura des hommes et que la médecine ne pourra leur assurer le perpétuel renouvellement d’une vigueur juvénile, se préoccuperont-ils du grand mystère de l’au-delà. Mais jamais peut-être l’idée de la mort ne fut aussi présente à l’humanité que durant les années que nous avons vécues. Elle fut la compagne quotidienne de millions de combattants engagés dans une lutte meurtrière, elle hantait l’esprit de ceux, plus nombreux encore, qui tremblaient pour la vie (...) -
Plotino - Tratado 39,17 (VI, 8, 17) — Sequência da refutação da existência "por azar" do Bem
19 de junho, por Cardoso de CastroCapítulo 17: Sequência da refutação da existência "por azar" do Bem: reflexão sobre a noção de providência 1-18: Argumentação a partir da noção de providência: nem o ser sensível nem o ser inteligível não existem por acaso 18-27: O Bem é uma "razão una"; ele não está em relação senão com ele mesmo.
Míguez
17. Otra cuestión: afirmamos que las cosas que se encuentran en el universo y el universo mismo son como son por un libre designio de quien los ha hecho. Nos parece comó si hubiese habido ahí un cálculo, una (...) -
Santos Simbolismo Religiões
29 de marçoTEMA VI ARTIGO 1 - A SIMBÓLICA NAS RELIGIÕES
Em nosso livro “O Homem perante o Infinito” dedicamo-nos ao estudo das diversas teorias sobre o surgimento da religião. Tema teológico, naturalmente conectado a outras disciplinas, no campo da simbólica e do temário deste livro, não pode ser examinado, o que já fizemos em outro lugar, mas apenas nos cabe aqui fixar um aspecto universal de todas as religiões : a aceitação de um poder superior, de que o homem e todas as coisas participam.
Em todas as idéias (...) -
Taylor: Introdução a Plotino (8)
24 de marçoAnd thus much for the life of Plotinus, who was a philosopher pre-eminently distinguished for the strength and profundity of his intellect, and the purity and elevation of his life. He was a being wise without the usual mixture of human darkness, and great without the general combination of human weakness and imperfection. He seems to have left the orb of light solely for the benefit of mankind; that he might teach them how to repair the ruin contracted by their exile from good, and how to (...)
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Alexandre de Afrodísias (AD:C13) – aquilo que depende de nós
7 de janeiro, por Cardoso de CastroThe Philosophy of the Commentators, 200-600 AD: A Sourcebook. Vol. 1: Psychology
García Valverde
13. Y siendo así este asunto, ni siquiera hacen el amago de mostrar que es preservado por parte de quienes dicen que todo sucede por el destino (saben, efectivamente, que pondrían sobre sí una tarea imposible); pero, tal como en el caso de la fortuna ellos intentan inducir a quienes los escuchan a creer que salvan el acaecer fortuito de algunas cosas sosteniendo un cierto significado 10 distinto (...) -
Evangelho de Tomé - Logion 71
29 de marçoJesus disse: Derruba esta casa e ninguém poderá reconstruí-la. (Roberto Pla) EVANGELHO DE JESUS: Discordia - DISCÓRDIA; FOGO SOBRE A TERRA Hermenêutica Roberto Pla
Veja também Evangelho de Tomé - Logion 16
A casa de que fala Jesus em várias ocasiões é a pessoa - pessoa humana completa que constitui uma morada comum dos diversos princípios, de dentro e de fora, que nela confluem, convivem e se desenvolvem.
Declara Jesus seu propósito purificador e divisório com respeito a esta casa. Ambos atos são (...) -
Rocha Pereira: Fontes do Mito de Er
24 de marçoAs fontes de uma parte do mito de Er são identificáveis.
Podemos ter algumas dúvidas quanto às que se têm encontrado para certos motivos, como os duplos chasmata que conduzem do céu à terra, a ida e vinda e saudações das almas, que figuram de modo semelhante em mitos iranianos do Avesta; e como as cores dos contrapesos do fuso, que correspondem aproximadamente aos símbolos dos planetas, do Sol e da Lua entre os sacerdotes caldaicos . Mas teremos de reconhecer, por outro lado, que há certa relação (...)
Notas
- aition
- ananke
- anthropos
- BQT 206b-207a: Objeto verdadeiro do amor
- Coomaraswamy Causa Primeira
- Coomaraswamy Teoria Beleza
- dei
- Ética a Nicômaco (VI, 4) – produção e ação
- Eudoro de Sousa: Parmênides — Caminho
- Fado
- Festugiere Corpus Hermeticum II
- Festugiere Mistica
- Gobry: doxa
- heimarmene
- Mario Ferreira dos Santos Parmenides
- Mesquita (RP:69-70) – doxa - opinião
- moira
- Pelikan: Cristandade e Cultura Clássica
- Pistis Sophia
- Poema de Parmênides - Fragmento 8