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ethos / ἦθος / êthos / ἔθος / éthos / ἔθω / étho / ἠθικός / ἐθικός / éthikos / ethikos / ἔθνος / ethnos / ἠθική / ethike / moralia / mores / συνήθης / synethes / costumeiro / δεῖ / dei / dever / kiriya / akiriya / artha
gr. ἦθος, êthos, ἔθος, éthos: caráter, modo de vida habitual, costume, ética. Aristóteles distingue duas espécies de virtudes: as virtudes do pensamento (dianoetikai) que se adquirem pelo ensinamento, e as virtudes do caráter (êthikaí) que se adquirem pelo hábito e que, deste fato, requerem experiência e tempo.
Não houve um acordo total sobre a ordem em que as diferentes disciplinas deveriam ser estudadas, como pode ser ilustrado pelos casos de ética e matemática. Em seus Prolegômenos, seus comentários sobre o Isagoge de Porfírio e suas introduções aos comentários sobre as Categorias de Aristóteles, os comentaristas neoplatônicos discutem diferentes visões sobre se devemos começar o estudo de Aristóteles com sua ética, física ou matemática, em vez de sua lógica. Mas o próprio Aristóteles diz que suas palestras sobre ética não são adequadas para os jovens, EN 1.3, 1095a2-11, e os comentaristas (por exemplo, Amônio em Cat. 5,31-6,22 e Simplício , em Cat. 5,23-6,5) em todo caso apontam a dificuldade prática que eles pressupõem a lógica. No entanto, os comentaristas pensam que há uma necessidade de uma ética pré-lógica, para incutir moderação. Paradoxalmente, portanto, Simplício optou por escrever um comentário sobre o Manual de Epicteto (incluído na série de traduções Antigos Comentadores de Aristóteles), mesmo que isso fosse pretendido por Epicteto para produzir não moderação (metriopatheia), mas liberdade de emoção (apatheia). Os objetivos de Simplicius são diferentes. Ele está pensando em estudantes que precisarão das virtudes cívicas e podem não ir para a filosofia, embora precisem de moderação, quer o façam ou não. Ele estava olhando, como diz em Cat. 5,23-6,5, para catecismos exortatórios, ou o que ele chama de “pré-catecismo”, sem provas como as dos pitagóricos. De fato, três comentaristas neoplatônicos escreveram comentários sobre os Versos Dourados de Pitágoras , Jâmblico , Hiérocles e Proclo . E em seu comentário de Epicteto, Simplício compara o Manual de Epicteto aos preceitos concisos (hypothekai) dos pitagóricos.
Um resultado curioso é que não temos nenhum comentário neoplatônico sobre a Ética de Aristóteles do período até 600 dC, embora haja um relato árabe de um comentário de Porfírio, traduzido para o árabe (3eT em Porphyrius Fragmenta, ed. A. Smith). Os aristotélicos escreveram comentários sobre ele, de modo que temos comentários de Aspásio e (na forma de trechos) Adrasto do século II, bem como Problemas Éticos de Alexandre. Também temos comentários muito posteriores de Eustratius e Michael de Éfeso. [SorabjiPC1 :322-323]
Vinaya, I.235 y passim; D. I.52, 68 sig.; S. III.208; A. I.62 (Gradual Sayings, p. 57, donde la nota 2 de Woodward está completamente equivocada). El Buddha enseña que hay un «debe hacerse» (kiriya) y un «no debe hacerse» (akiriya); estas dos palabras nunca se refieren a «la doctrina del karma» (retribución) y a su opuesto». Cf. HJAS. IV. 1939, p. 119. Que la Meta (como en la doctrina brahmánica) es la liberación del bien y del mal (ver Notas 308, 309) es una cuestión completamente diferente; el hecho de hacer el bien y de evitar el mal es indispensable para el Viaje. Por mucho que se argumente, la opinión de que no hay «ningún debe hacerse» (a-kiriya), es herética: así pues, la responsabilidad no puede ser evadida (1º) con el argumento de una determinación fatal debida a la eficacia causal de los actos pasados, ni (2º) haciendo a Dios (issaro) responsable, ni (3º) por una negación de la causalidad y una postulación del azar; la ignorancia es la raíz de todo el mal, y nuestro bienestar depende enteramente de lo que hacemos ahora (A. I.173 sig.). El hombre sólo está desamparado en la medida en que ve al Sí mismo en lo que no es el Sí mismo; en la medida en que se libere de la noción de «Esto es yo», sus acciones serán buenas y no malas; mientras que en tanto que se identifique con el alma-y-cuerpo (savinnana-kaya) sus acciones serán «ego»-ístas. [AKCHB ]
Matérias
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Buber: LAS PREGUNTAS DE KANT
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Excertos de "Que é o Homem?", de Martin Buber. Trad. em espanhol por EUGENIO IMAZ.
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SE CUENTA del rabino Bunam de Przysucha, uno de los últimos grandes maestros del jasidismo, que habló así una vez a sus discípulos: "Pensaba escribir un libro cuyo título sería Adán, que habría de tratar del hombre entero. Pero luego reflexioné y decidí no escribirlo."
En estas palabras, de timbre tan ingenuo, de un verdadero sabio, se expresa —aunque su verdadera intención se endereza a algo (...)
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Plotino - Tratado 28,45 (IV, 4, 45) — Conclusões gerais
13 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
45. De todo lo que hemos dicho una cosa resulta clara, a saber, que cada una de las partes del universo, según su naturaleza y su disposición, colabora con el todo y sufre y actúa, no de otro modo que en un animal cada una de sus partes, de acuerdo con su naturaleza y su constitución, colabora con el todo y le presta sus servicios, siempre a tenor de la ordenación y utilidad mas justas. Cada parte da de sí misma, y recibe a la vez de las demás todo lo que la naturaleza le permita (...)
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Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO (1)
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Parece ser universalmente admitido que a meta mais elevada da indagação filosófica é o conhecimento de si próprio. Em todos os conflitos travados entre as diferentes escolas filosóficas, este objetivo permaneceu invariável e inabalado: revelou-se o ponto de Arquimedes, o centro fixo e imutável, de todo pensamento. Nem mesmo os mais céticos pensadores negaram a possibilidade e a necessidade do conhecimento próprio. Desconfiavam de todos os princípios gerais relativos à natureza das coisas, (...)
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Cassirer: A CRISE NO CONHECIMENTO DO HOMEM SOBRE SI MESMO (4)
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Em 1754, Denis Diderot publicou uma série de aforismos intitulada Pensées sur l’interprétation de la nature. Neste ensaio declarava que a superioridade da matemática no domínio da ciência já não é incontestada. A matemática, asseverava, alcançou tão alto grau de perfeição que já não é possível nenhum progresso; daqui por diante, permanecerá estacionária.
Nous touchons au moment d’une grande révolution dans les sciences. Au penchant que les esprits me paroissent avoir à la morale, aux (...)
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Espinosa (TP): vícios
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Diogo Pires Aurélio
1. Os filósofos concebem os afetos com que nos debatemos como vícios em que os homens incorrem por culpa própria. Por esse motivo, costumam rir-se deles, chorá-los, censurá-los ou (os que querem parecer os mais santos) detestá-los. Creem, assim, fazer uma coisa divina e atingir o cume da sabedoria quando aprendem a louvar de múltiplos modos uma natureza humana que não existe em parte alguma e a fustigar com sentenças aquela que realmente existe. Com efeito, concebem (...)
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Mariás (TH) – Espinosa
11 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Baruch de Spinoza, o judeu holandês de Amsterdam, de origem espanhola, nasceu em 1632 e morreu, depois de uma vida breve e obscura, dedicada ao polimento de cristais óticos e à meditação filosófica, em 1677.
Spinoza é um cartesiano, chegando mesmo a escrever uma versão em forma geométrica dos Princípios de Descartes; há porém nele outros elementos, procedentes de sua formação pessoal, que alteram profundamente esse cartesianismo. Por um lado, tem raízes judaicas, que se prendem a (...)
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Plotino - Tratado 20,6 (I, 3, 6) — As partes da filosofia e a realização da dialética
26 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Tradução desde MacKenna
6. A Filosofia tem outras províncias, mas a Dialética é sua parte preciosa: em seu estudo das leis do universo, a Filosofia recorre à Dialética tanto quanto outros estudos e artes usam a Aritmética, embora, naturalmente, a aliança entre Filosofia e Dialética seja próxima.
E em Moral, também, a Filosofia usa a Dialética: pela Dialética chega à contemplação, embora origine de si mesma o estado de moral ou melhor a disciplina da qual o estado de moral se (...)
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Ethos enquanto morada do ser
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
A questão da relação entre vida animal e vida humana é para Heidegger, imperativamente, uma questão de mundo, de que "mundo" é e o que significa "ter" um mundo e ser "em" um mundo. Entretanto, compreendemos o status de animais e de diferentes modos de vida animal, sempre inevitavelmente o fazemos em termos de uma compreensão de mundo. Ser na maneira de seres humanos não significa, no discurso de Heidegger, ser uma entidade de uma certa espécie, com certas características especificáveis e (...)
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Schopenhauer [FM:4] – ética de Kant como petição de princípio
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
tradução
O πρῶτον ψεῦδο [o erro primeiro] de Kant reside na ideia que ele se faz de ética, da qual aqui está a expressão mais clara (p. 62; R. 54): “Em uma filosofia na prática, não se trata de dar as razões disto que acontece, mas as leis disto que deveria acontecer, isso jamais aconteceu". – Eis aí uma petição de princípio bem caracterizada. Quem te diz que existem leis às quais devemos submeter nossa conduta? Quem disse que isso tem que acontecer, que não acontece jamais? - De onde (...)
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Schopenhauer (MVR2:586-589) – imortalidade do indivíduo
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Se, portanto, considerações desse tipo são decerto apropriadas para despertar a convicção de que em nós há algo que a morte não pode destruir, isto só acontece por meio de uma ascensão a um ponto de vista a partir do qual o nascimento não é o começo de nossa existência. Daí se segue, todavia, que aquilo que é evidenciado como indestrutível pela morte não é propriamente o indivíduo, que, de resto, surgido pela procriação e trazendo em si as características do pai e da mãe, manifesta-se (...)
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Schopenhauer [FM:23-25] – lei
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
No entanto, queremos antes investigar o conceito de uma lei. O seu significado próprio e originário limita-se à lei civil (“lex”, “nomos”), uma instituição humana que repousa no arbítrio humano. O conceito de lei tem um significado segundo, tropologico (figurativo) e metafórico, quando aplicado à natureza, cujos modos de proceder, conhecidos em parte “a priori”, em parte dela apreendidos “a posteriori”, que se mantêm sempre constantes, nós os chamamos [23] metaforicamente de leis da (...)
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Plotino - Tratado 48,4 (III, 3, 4) — O estatuto do homem
24 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
4- Si el hombre fuese un ser simple —quiero decir, si permaneciese tal cual era una vez creado y sus acciones y pasiones fuesen siempre las mismas—, estarían de más contra él las acusaciones y las censuras, como lo están también contra el resto de los animales. Convengamos que sólo se justifica plenamente el reproche contra el hombre malo. Porque el hombre no ha permanecido tal cual ha sido creado, sino que tiene en sí mismo un cierto principio de libertad, principio que no es (...)
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Schopenhauer (SFM:46-48) – imperativo categórico sem fundamento
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Pois quase todos os kantianos se enganaram quanto ao fato de que Kant estabelece o imperativo categórico como um fato de consciência: mas então ele estaria fundado antropologicamente, pela experiência, apesar de interna, e portanto empiricamente. Ora, isto contraria frontalmente o pensamento de Kant e é repetidamente por ele recusado. A propósito, ele diz: “não se pode descobrir empiricamente, se há, em geral, algum imperativo categórico como tal” (p. 48); e, também, “a possibilidade do (...)
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Plotino - Tratado 27,8 (IV, 3, 8) — Dificuldades relativas à unidade e à multiplicidade da alma
21 de junho de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
8. Quedan así resueltas las dificultades que se habían planteado. Y tampoco constituye una dificultad la simpatía existente entre las almas, porque es claro que las almas simpatizan entre sí por derivar todas ellas de una misma alma, de la cual proviene también el alma del universo.
Se ha dicho, en efecto, que hay un alma única y muchas otras almas. Se ha afirmado igualmente que hay virtual diferencia entre las partes y el todo, y se ha hablado, en general, de la diferencia que (...)
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Espinosa (E 5): caminho à liberdade
15 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Tomaz Tadeu
Passo, por fim, à outra parte da ética, que trata da maneira, ou seja, do caminho que conduz à liberdade. Nesta parte, tratarei, pois, da potência da razão, mostrando qual é o seu poder sobre os afetos e, depois, o que é a liberdade ou a beatitude da mente. Veremos, assim, o quanto o sábio é mais potente que o ignorante. De que maneira e por qual via, entretanto, deve-se aperfeiçoar o intelecto e por qual arte deve-se cuidar do corpo para que faça corretamente seu trabalho (...)
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Cassirer: Excertos da «Tragédia da Cultura»
23 de março de 2022, por Cardoso de Castro
Excertos da « Tragédia da Cultura »
Dice Hegel que la historia universal no es precisamente el albergue de la dicha; que los períodos pacíficos y venturosos son hojas en blanco, en el libro de la historia. No creía, ni mucho menos, que esto estuviera en contradicción con aquella su fundamental convicción de que "todo, en la historia, carece de un modo racional, antes al contrario, veía precisamente en ello la confirmación y corroboración de esta tesis".
Ahora bien, ¿para qué sirve el (...)
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Plotino - Tratado 28,17 (IV, 4, 17) — A questão da sucessão das razões na alma: mais a alma é submetida a um princípio único, melhor ela é
5 de maio de 2022, por Cardoso de Castro
Míguez
17. Pero, ¿cómo no se dan en nosotros los pensamientos y las ideas del mismo modo que se dan en el alma universal? ¿Por qué en nosotros esa sucesión en el tiempo y esa serie de investigaciones? ¿Serán debidas a la multiplicidad de principios y de movimientos y al hecho de que no domina un solo ser? ¿O habrá que pensar que nuestras necesidades varían constantemente y que cada uno de los momentos, indeterminado en sí mismo, se ve lleno a cada instante por objetos externos, siempre (...)
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Fernandes (SH:50) – a existência = o não-ser
14 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro
Imediatamente, duas desqualificações: a “Existência” não é o dasein; tampouco é “O Nada”. A “Existência”, ou Não-Ser, não tem, de fato, “ser” algum, nem mesmo o “ser” que os fenomenólogos atribuem àquilo que é dado ao que chamam de “intencionalidade da consciência”. Fique o leitor, por enquanto, com o que está na Introdução: o Não-Ser é o que não é o Ser, é o “contraste”, embora necessário, para que haja verdadeira Experiência. E acrescente-lhe algo bastante intuitivo: não se injetam (...)
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Schopenhauer (MVR1:138-141) – Razão Prática
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Jair Barboza
Após as considerações sobre a razão enquanto faculdade especial e exclusiva do homem, e sobre aqueles fenômenos e realizações próprios da natureza humana, falta ainda falar da razão na medida em que conduz a ação das pessoas, portanto, podendo nesse aspecto ser denominada PRÁTICA. Porém, o que aqui será mencionado encontra em grande parte o seu lugar em outro contexto, a saber, no apêndice deste livro, em que se contesta a existência da chamada razão prática de Kant, que ele (...)
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Schopenhauer (FM:25-28) – dever
14 de setembro de 2021, por Cardoso de Castro
Do mesmo modo que Kant, por meio dessa petição de princípio, aceitou sem mais, no Prefácio, o conceito de lei moral como dado, indubitável e existente, ele o fez com um conceito proximamente aparentado, o de dever, ao qual foi dada entrada na ética como se este pertencesse a ela, sem prova posterior que o sustentasse. Mas sou obrigado aqui, de novo, a fazer um protesto. Este conceito une-se a seus afins, portanto aos de lei, mandamento, dever e outros que tais e, tomado neste sentido (...)