Capítulo 1, 1-18: Tese: todas as coisas aspiram à contemplação Capítulo 1, 18 ao Capítulo 4: A natureza contempla
tradução desde Pradeau
Se começamos por nos entreter, antes de nos pôr a falar seriamente, dizendo que todas as coisas aspiram à contemplação, que esta é o fim para o qual todas voltam seu olhar – não somente os seres vivos racionais, mas também aqueles que não são racionais, a natureza que está nas plantas e a terra que as engendra – e que todas aí chegam tanto quanto sua natureza permite, (...)
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entelecheia / ἐντελέχεια / τέλος / telos / télos / teleion / τέλειον / teleios / teleiosis / τελείωσις / ἐντέλεια / προορισμός / proorismos / meta / propósito
gr. τέλος, télos: completude, fim, finalidade. gr. ἐντελέχεια, entelécheia: estado de completude ou perfeição, atualidade. Figura nas doutrinas aristotélicas onde significa o ser no estado de acabamento e de perfeição. Aristóteles usa como sinônimo de enérgeia; embora na Metafísica enquanto o ato (enérgia) é a ação (érgon), a enteléquia é o fim realizado da ação.
Matérias
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Plotino - Tratado 30,1 (III, 8, 1) — Todas as coisas aspiram à contemplação
18 de janeiro, por Cardoso de Castro -
Plotino - Tratado 46,1 (I, 4, 1) — A felicidade pertence aos seres vivos outros que o homem?
11 de janeiro, por Cardoso de CastroLa identificación de la felicidad con la «buena vida» la presenta ARISTÓTELES (Ét. Nic. 1095 a 16-20) como opinión corriente no sólo entre el vulgo, sino también entre personas cultivadas. Es una fórmula que, despojada de su ambigüedad y entendida como «vida perfecta», la de la inteligencia perfecta, también Plotino la acepta (3, 2440; 14, 4-8). [IGAL]
tradução desde MacKenna
1. Devemos fazer da Verdadeira Felicidade [eudaimonia] idêntica ao Bem-estar [eu zen] ou a Prosperidade e (...) -
Sorabji (PC1:134-135) – movimento (kinesis) e atividade (energeia)
29 de janeiro, por Cardoso de CastroAckrill has pointed out that Aristotle’s criterion concerning incompleteness ought to classify walking a mile and hearing a symphony as kineseis, not complete until the end, whereas engaging in walking or in listening to music, being complete at any stage, should be energeiai. Thus in effect Aristotle has succeeded in distinguishing descriptions of what is going on, rather than, as he intended, types of thing going on. Nonetheless, such a distinction could in fact have been very useful, (...)
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Pessoa: O PENSAMENTO IDEALISTA
27 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExcertos do livro organizado por António Quadros, "A procura da verdade oculta". A Filosofia no Tempo.
O que é característico no Idealismo não é tanto o querer-se procurar fora da matéria uma causa da causa do universo. Para o idealista o que importa é procurar uma explicação do universo que seja também uma explicação do valor moral da vida humana.
Para o Idealismo Objetivo o que é de real no universo é qualquer coisa idêntica a uma coisa do espírito, e.g. Mônada. Leibnitz.
Para o Idealismo Subjetivo (...) -
Platonismo de Gregorio de Nissa
29 de marçoVIDE Gregorio Nissa Platonismo - JEAN DANIÉLOU - PLATONISMO E TEOLOGIA MÍSTICA Excertos da tese de doutorado de Maria Cândida Monteiro de Pacheco
No horizonte filosófico da época é comum ao pensamento pagão e cristão o reconhecimento unânime do valor e do predomínio do platonismo.
Desde o século II, o platonismo é assumido pelo pensamento cristão como propedêutica à Revelação. O itinerário espiritual de S. Justino é, neste campo, particularmente revelador, definindo uma posição que será válida por mais (...) -
kinesis
24 de marçokinesis: moção, movimento, mudança, movimentação
1. O movimento não representa problema para os filósofos milésios, é parte indiscutível do seu vitalismo (ver zoe) universal, e é neste espírito que tanto Anaximandro (Diels 12A11) como Anaxímenes (Diels 12A9, 13A6) postulam um movimento eterno. É também digno de nota que quando Xenófanes deseja temperar o antropomorfismo contemporâneo negue o seu Deus kinesis (Diels 21A25, 26). Kinesis está presente em toda a realidade, em Heráclito, ilustrada na famosa (...) -
ochema
24 de marçoóchêma: veículo, carro, corpo astral
1. Como decorre da história da psyche, uma série de forças aparentemente irreconciliáveis estavam presentes no seu desenvolvimento quase desde o princípio: a posição materialista que vê a psyche como uma forma aperfeiçoada de um ou outro dos elementos e, eventualmente, como pneuma, espécie de quinto elemento aparentado com o aither; a posição espiritualista derivada da doutrina pitagórica da alma como uma substância divina diferente em espécie do corpo; e, finalmente, (...) -
Plotino - Tratado 13,2 (III, 9, 2) — A alma humana deve se identificar a seu intelecto
17 de maio, por Cardoso de CastroÉ notável que a maior parte dos capítulos desta miscelânea que forma este tratado, retomam dificuldades já encontradas, resumem ou perseguem definições ou reflexões que tinham encontrado um primeiro desenvolvimento em um tratado anterior; como se Plotino escolhesse enfrentar nestas notas dificuldades persistentes, e se propusesse então a precisar seu argumento, até resumi-lo. A este respeito, o exemplo oferecido pelo exame do caráter «indeterminado» (aoristos) da Alma como do Intelecto, que aqui evocam (...)
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Aristóteles (EN:III,2) – decisão (proairesis, escolha)
10 de janeiro, por Cardoso de Castro2. Escolha distinta do voluntário: o objeto da escolha é o resultado de deliberação prévia.
Caeiro
Definidas que estão as ações voluntárias e involuntárias, [1111b4] segue-se agora a discussão acerca da decisão [proairesis, escolha]. A decisão é, na verdade, 5 [70] o que de mais próprio concerne a excelência e é melhor do que as próprias ações no que respeita a avaliação dos caracteres Humanos.
A decisão parece, pois, ser voluntária. Decidir e agir voluntariamente não é, contudo, a mesma coisa, pois, a ação (...) -
Husserl (CCEFT:10-11) – O sentido da história e a filosofia moderna
13 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 10-11]
Se considerarmos o efeito do desenvolvimento filosófico das ideias sobre a humanidade no seu conjunto (a que não faz pesquisa filosófica), teremos de dizer o seguinte:
Só a compreensão interna da mobilidade da filosofia moderna, de Descartes até ao presente, una em todas as suas contradições, (...) -
Husserl (CCEFT:252-255) – A ciência europeia pretende o infinito e a totalidade
12 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 252-255]
As reflexões precedentes sobre a Filosofia do Espírito fornecem-nos a atitude correta para captar e tratar o nosso tema da Europa espiritual como um problema puro das Ciências do Espírito, desde logo, por conseguinte, histórico-espiritualmente. Tal como foi dito desde logo nas palavras (...) -
Gratry: De la connaisance de Dieu
28 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroDe la connaisance de Dieu
TABLE DU TOME PREMIER
I. Etat actuel de la raison publique. — II. Qu’est-ce que ce progrès de la raison contemporaine dont on parlait au commencement du siècle? — III. Faiblesse habituelle de la raison parmi les hommes. — Infirmité particulière de la raison contemporaine. — IV. Cet abaissement de la raison est le plus grand danger du Christianisme. — V. Il faut rétablir dans les esprits la connaissance et le respect de la raison et de ses lois. C’est le moyen de connaître (...) -
Plotino - Tratado 26,6 (III, 6, 6) — Refutação da tese estoica segundo a qual o ser é corporal
28 de janeiro, por Cardoso de Castro1-7: Anúncio dos capítulos que seguem: e qual sentido a matéria é impensável? 7-11: É preciso refutar o sentido comum (e os estoicos) que se enganam sobre a natureza do ser 11-14: O ser real é a totalidade a qual nada falta; ele é a causa do que aparece. 14-23: O ser vive e pensa; toda adição seria para ele a adjunção de um não-ser 23-32: A vida e o intelecto não podem destacar-se do que é inferior ao ser. O ser não é portanto um corpo 33-41: Objeção de um auditor "materialista": como pensar que a terra e (...)
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Élie l’Ecdicos
26 de setembro de 2007, por Cardoso de CastroExtrait de « Histoire de la Philosophie », Fascicule supplémentaire - La Philosophie Byzantine, de Basile Tatakis
La spiritualité monastique, plutôt empirique jusqu’alors, prend son élan décidément spéculatif dans l’oeuvre d’Élie l’Ecdicos, un auteur dont on ne sait au juste l’époque, — peut-être appartient-il au Vme siècle —, mais dont il convient de parler ici, parce que son œuvre se rattache plutôt à la spiritualité sinaïte. En outre par ses affinités avec l’œuvre de Syméon le nouveau théologien, encore (...) -
Daniélou: Le culte chrétien.
13 de novembro de 2008, por Cardoso de CastroExtrait d’Origène, par Jean Daniélou. La Table Ronde, 1948.
Origène n’était pas spécialement orienté vers les fonctions liturgiques. D’une part, son ministère propre est celui de la parole. Par ailleurs, son esprit le portait à ne voir dans les signes sensibles que les ombres des réalités spirituelles et à ne pas s’y attacher. Il n’en est que plus précieux de relever les textes où il nous décrit les usages de l’Eglise de son temps et où il nous en explique la signification. Nous pouvons partir, pour cette (...) -
Hugo Rahner : LE MYSTÈRE DU BAPTÊME
15 de agosto de 2010, por Cardoso de CastroHugo, Rahner, Mythes grecs et mystère chrétien.
CHAPITRE III LE MYSTÈRE DU BAPTÊME
Félix sacramentum aquae nostrae.
« Mystère de notre eau qui nous apporte le bonheur » ; c’est ainsi que Tertullien commence son écrit sur le baptême. C’est la même bienheureuse louange qu’entonnait presque un siècle plus tôt la lettre de Barnabé : « Heureux ceux qui, espérant en la croix, sont descendus dans l’eau. » Le mystère du baptême ne peut être compris que dans le mystère de la croix — c’est au pied de l’arbre de vie (...) -
Arnou : Le désir de Dieu dans la philosophie de Plotin
16 de janeiro de 2010, por Cardoso de CastroArnou, René : Le désir de Dieu dans la philosophie de Plotin
TABLE DES MATIÈRES.
Introduction.
Intérêt d’une étude sur la philosophie religieuse de Plotin — Métaphysique et mystique ; influence que ces idées ont exercée — Plan du travail — La théorie du désir est un centre de perspective dans le système — Le texte des Ennéades.
Chapitre Ier. L’AME DE PLOTIN.
Les traits saillants de sa personnalité, tels qu’ils se dégagent de son œuvre — Influences politiques ou philosophiques qu’il a subies — Une âme (...) -
Crouzel : Les Stoïciens, vertueux, mais matérialistes.
26 de julho de 2014, por Cardoso de CastroExtrait do Chapitre I, d’ « Origène et la philosophie », par Henri Crouzel. Aubier, 1962
Le milieu de la Stoa est plus familier à Origène, mais son stoïcisme n’a pas été jusqu’ici bien étudié. Les éléments qu’il emprunte au Portique sont communs à tout le Moyen Platonisme, il connaît directement plusieurs des grands stoïciens. La liste de Porphyre en témoigne, et le ((Origenes Contra Celso|Contre Celse)) aussi. Origène cite la République (politeia) de Zenon de Kition et rapporte de lui une anecdote. Il (...) -
Plotino - Tratado 2,8 (IV, 7, 8) — Se a alma fosse um corpo não teria pensar
14 de maio, por Cardoso de CastroCap. 8. Se a alma fosse um corpo não teria pensar. Cap. 8(1). A alma não é uma quantidade. Cap. 8(2). A alma não penetra inteiramente os corpos. Cap. 8(3). A alma e o intelecto são anteriores à natureza e ao corpo.
Míguez
8. Porque no es posible pensar, si el alma es realmente un cuerpo, de qué clase de cuerpo podría tratarse. Veamos para ello: si la sensación consiste en el uso del cuerpo por parte del alma para la percepción de las cosas sensibles, el pensamiento entonces, no consiste en (...) -
Plotino - Tratado 30,6 (III, 8, 6) — Todas as atividades da alma são contemplações
17 de maio, por Cardoso de CastroCapítulos 5-6: A alma por inteiro contempla Cap. 5,1-17 A parte superior da alma contempla Cap. 5,17-cap. 6 Todas as atividades da alma são contemplações
Míguez
6. La acción se realiza, pues, en vista de la contemplación y del objeto a contemplar. De modo que la contemplación es el fin de toda acción, y andamos realmente inciertos alrededor de lo que no podemos aprehender directamente, pero tratando, con todo, de apropiárnoslo. Es así que cuando alcanzamos lo que queremos, hacemos la comprobación (...)
Notas
- aisthesis (aristotelismo)
- aition
- Alfa e Omega
- Amigos de Deus
- ananke
- Aristóteles: eidos
- ator
- Busca Deus
- Caeiro (Arete:130-131) – tematização da virtude
- Cassiano Conferencias I-2
- Causas Aristotélicas
- Coomaraswamy Bom Belo
- Coomaraswamy Catarse
- Coomaraswamy Hieros Gamos
- Diadoco Conceitos
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- Energia
- entelecheia
- Enteléquia
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