[de Castro. Tese de Doutorado em Geografia, UFRJ, 1999]
As coisas que existem estão religadas entre si por elementos intermediários; nada está isolado, cada coisa é apoiada por outra e, ao mesmo tempo, apoia outra. O meio se apresenta também, desta maneira, como um liame entre imaterial e material, entre númeno e fenômeno. Este meio tem afinidades com ambos. Em todas as suas produções, a natureza tem algo pelo qual a coisa é produzida, um meio com o qual ela produz, um recipiente ou forma onde se (...)
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dyas / δυάς / par / díade / δύο / dois / Dyad / deutera / δεύτερα / segundo
gr. δυάς, dyás: díade, par. Sentido aritmético: o número dois. Sentido metafísico: entre os pitagóricos, o ser segundo, criado pela Mónada, portanto imperfeito, e causa da matéria (Alexandre Poliístor, in D.L., VIII, 25; Aécio, VII, 18). Criticado por Aristóteles em Met., N, 1-4. Em Plotino , é a causa dos números e das ideias, em associação com o Uno (V, IV, 2 ).
Matérias
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de Castro: medium
15 de janeiro, por Cardoso de Castro -
A Academia
24 de marçoA ACADEMIA NO SÉCULO IV. DEPOIS DE PLATÃO Excertos da tradução de História da Filosofia, de Émile Bréhier, por Eduardo Sucupira FIlho
A Academia, após a atividade de Platão, teve sucessivamente, por escolarcas, a Espeusipo, sobrinho do mestre (348-339), Xenócrates (339-315), Pólemon (315-269). A história das doutrinas dos dois primeiros é pouco conhecida e limita-se a algumas alusões a Aristóteles. Parecem ter tido um desenvolvimento inteiramente liberto de certas sugestões do mestre. Não existe, naquele (...) -
Sorabji (PC2:95-96) – problemas do mal
29 de janeiro, por Cardoso de CastroHow can there be evil in a providential world? Plato, as so often, set the problem, without bequeathing to his commentators any one solution. In three places, he insists that God is not responsible (anaitios) for evil, Timaeus 42D; Republic 2, 379C; Republic 10, 617E. In the last passage, he exonerates God from causing sin by the device of letting souls choose their next incarnation. As for responsibility for imperfections other than human action, Plato blames the recalcitrance of matter in (...)
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Plotino - Tratado 32,1 (V, 5, 1) — Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto
19 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: Porque os inteligíveis não podem se encontrar fora do Intelecto 1-32: O Intelecto contem os inteligíveis a fim de que seu conhecimento seja infalível e imediato 32-50: Os inteligíveis têm a vida e o intelecto, e eles não estão separados uns dos outros 50-68: Pôr os inteligíveis no exterior, é privar o Intelecto da verdade e de sua natureza
Míguez
1. En cuanto a la Inteligencia, a la verdadera y real Inteligencia, ¿podría ciertamente equivocarse y no formular juicios verdaderos? De ningún (...) -
de Castro: a noção de "meio geográfico
8 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroTextos associados à antiga versão da minha tese de doutorado em Geografia (UFRJ, 1999)
A Geografia parece se assentar em uma posição privilegiada . Levando em conta a divisão clássica da Geografia em "Física" e "Humana", percebe-se de imediato o "combate" para a consecução de um empreendimento epistemológico comum, à semelhança do proposto por Bruno Latour, ou seja uma Geografia que se ordene segundo um empreendimento epistemológico que reúna dois eixos de investigação, o Físico e o Humano, ou em (...) -
Plotino - Tratado 51,2 (I, 8, 2) — A natureza do bem
31 de janeiro, por Cardoso de Castro2: A natureza do bem 1-9: O Bem 10-23: O Intelecto 23-32: A alma
Igal
2 De momento, expliquemos cuál sea la naturaleza del Bien en la. medida en que convenga a la presente discusión. El Bien es aquello de que están suspendidas todas las cosas y aquello que desean todos los seres teniéndolo por principio y estando necesitados de aquél. Él, en cambio, no está falto de nada, se basta a sí mismo, no necesita nada, es medida y límite de todas las cosas, dando de sí inteligencia, esencia, alma, vida y (...) -
Aubry - Tratado 53 (I, 1): apresentação temática
20 de fevereiro, por Cardoso de CastroO Tratado 53 foi posto por Porfírio no início das Enéadas; no entanto é o penúltimo que Plotino compôs. Pode ser surpreendente que a ordem didática vá assim ao inverso da ordem cronológica. A razão é no entanto legível desde as primeiras linhas do texto: este é com efeito tecido de reminiscências do Primeiro Alcibíades; assim como ele é regido pelo preceito "conhece-te a ti mesmo". Logos reveste a mesma função: assim como, no cursus de estudo neoplatônico, o Primeiro Alcibíades figurava de introdução à obra (...)
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Plotino - Tratado 24,1 (V, 6, 1) — O pensamento na alma e o pensamento no Intelecto
18 de janeiro, por Cardoso de CastroCapítulo 1: O pensamento na alma e o pensamento no Intelecto 1-5: Distinção da intelecção de si e da intelecção de outra coisa 5-14: O que se intelige é ao mesmo tempo um e dois 15-24: Imagem da dupla luz que ilustra o pensamento na alma e o pensamento no Intelecto
Míguez
1. Es posible pensar otra cosa, y es posible también pensarse a sí mismo, lo que hace en mayor grado escapar a la dualidad. En el primer caso, se querría igualmente pensarse a sí mismo, pero ello es menos posible. Se posee lo que (...) -
de Castro: constituição/instituição do objeto-técnico informacional-comunicacional
12 de novembro de 2021, por Cardoso de CastroUma tentativa de aproximar e articular o pensamento de Heidegger e o de Raymond Abellio, em sua fenomenologia da estrutura absoluta.
Uma tecnologia informacional-comunicacional (TIC), baseada em algum dispositivo computacional, a exemplo de qualquer tecnologia, se constitui através de um processo. A exemplo de qualquer processo, também percorre etapas para sua constituição. Não apenas aquelas etapas mais explícitas e visíveis, consagradas pelos engenheiros e técnicos em suas metodologias de (...) -
Abellio – Da constituição de um objeto técnico
12 de setembro de 2021, por Cardoso de CastroBibliografia: ABELLIO, Raymond. LA STRUCTURE ABSOLUE. ESSAI DE PHENOMENOLOGIE GENETIQUE. Paris: Gallimard, 1965 ABELLIO, Raymond. Approches de la nouvelle Gnose. Paris: Gallimard, 1981 ABELLIO, Raymond. Manifeste de la nouvelle Gnose. Paris: Gallimard, 1989 ALLARD l’OLIVIER. L’illumination du coeur. Paris: Ed. Traditionnelles, 1977 CARNEIRO-LEÃO, E. et all. A Máquina e seu Avesso. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987 FATTAL, M.. Pour un nouveau langage de la raison. Paris: Beauchesne, 1987 (...)
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Reale: A estrutura do mundo das Idéias
24 de marçoExcertos de "Giovanni Reale e Dario Antiseri - História da Filosofia Vol I"
Como já tivemos ocasião de salientar, o mundo das Ideias pelo menos implicitamente, é constituído por uma multiplicidade, porquanto existem Ideias de todas as coisas: Ideias dos valores estéticos, Ideias de valores morais, Ideias das diversas realidades corpóreas, Ideias dos diversos entes geométricos e matemáticos etc. Tais Ideias não estão sujeitas a geração, sendo incorruptíveis, como o ser eleático.
A distinção entre dois (...) -
Brun: A Recusa da Aparência
24 de marçoA recusa da aparência
Heidegger critica Platão por este ter contribuído para a introdução de uma separação entre o ser e o parecer, separação que não se encontra nos primeiros filósofos gregos para quem o «parecer» é o surgimento, a apresentação do ser; mas poder-se-ia responder que esta atitude de Platão não deve ser explicada como ruptura com uma tradição anterior mais profunda, mas antes como um esforço para lutar contra as aparências sem ser, no seio das quais os sofistas gostavam de se mover: Platão (...) -
Bréhier: DIALÉTICA SOCRÁTICA E MATEMÁTICAS
24 de marçoExcertos da tradução de História da Filosofia, de Émile Bréhier, por Eduardo Sucupira FIlho
O que vem a ser a ciência platônica? Caracteriza-se pela união íntima entre o objeto do conhecimento e o processo metódico pelo qual é alcançado. Nela ressalta um ponto de grande importância, acerca do qual não é demais repetir. Vemos Platão partir do que, ordinariamente, se chama conceito socrático, mas a que ele chama de ideia (eidos ou idea): a coragem, a virtude, a piedade, como está explícito no Êutifron (6 d), (...) -
Bréhier: O PROBLEMA DOS MISTOS. A DIVISÃO
24 de marçoExcertos da tradução de História da Filosofia, de Émile Bréhier, por Eduardo Sucupira FIlho
A partir desse momento, todo esforço de Platão vai concentrar-se na arte de captar as regras de mistos ou misturas. Esforço singularmente diverso, que vai de exercícios escolares de divisão até a majestosa síntese do Timeu, e leva, além disso, a dar as diretivas e a favorecer o "élã" do pensamento, mais do que criar uma doutrina. No Fedro (265 d), ele definira a dialética por dois movimentos sucessivos; de (...) -
Plotino - Tratado 30,11 (III, 8, 11) — O Intelecto deseja e alcança o Bem
17 de maio, por Cardoso de CastroCapítulo 8-11: O Intelecto contempla o Uno. Cap. 8 O Intelecto é a primeira contemplação viva, desdobrada desde o Uno Cap. 9,1-39 Como o Intelecto contempla Cap. 9,39-cap. 10 O Uno é princípio e poder de todas as coisas Cap. 11 O Intelecto deseja e alcança o Bem
Míguez
11. Pero todavía hay más: como quiera que la inteligencia es una visión y una visión que contempla, es también una potencia que ha pasado al acto. Contará con una materia y una forma, ya que el ser una visión en acto implica (...) -
Bréhier: O PROBLEMA COSMOLÓGICO
24 de marçoA noção do misto que possui beleza, proporção e verdade foi o verdadeiro estimulante dos últimos estudos de Platão e lhe permitiu voltar ao problema da explicação das coisas sensíveis pelas ideias, problema que ele havia, sem dúvida, abandonado ante os óbices expostos no Parmênides acerca da participação. Esse é, o objetivo do Timeu. Mas, para melhor captar esse retorno ao interesse pela física, é preciso ver que as coisas sensíveis não se lhe apresentam, como no Teeteto, como um fluir-em incessante (...)
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Plotino — Uno
24 de março10. Em todas estas teorias das archai é de notar que o uno permanece um fator estável; é o seu correlato que altera as nuances: o apeiron dos pitagóricos, a polarizada Díade Infinita de Platão e Xenócrates, e o plethos pluralista de Espeusipo e os pitagóricos (aoristos dyas; Metafísica 987b; ver Physica 206b; a dyas não aparece na terminologia de Phil. 24a-25b mas o que é descrito é dual na natureza). Uma opinião bastante diferente aparece no renascimento pitagórico do primeiro século em que escritores (...)
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apeiron
24 de marçoápeiron: não limitado, indefinido, infinito, indeterminado
1. A arche de todas as coisas era, de acordo com Anaximandro, o apeiron, o não limitado. O termo é susceptível de várias interpretações que dependem de como se entende o limite (peras) que está a ser negado na palavra composta. Aristóteles inclui na sua Física, numa extensa discussão, os vários significados da palavra (202b-208a), alguns dos quais, a infinidade espacial, podem ser rejeitados como sendo anacrônicos em relação ao pensamento de (...) -
Santos Simbolismo 2
29 de marçoVIDE Dois TEMA V ARTIGO 3 - A SIMBÓLICA DO 2 - O BINÁRIO, A DÍADA No Bhagavad Gita, Krishna adverte ao vacilante Arjuna: “Mas tu, eleva-te acima dos pares de contrários!” pois conseguir ultrapassá-los será alcançar a Mônada suprema, o Grande UM. Entre o Sim e o Não permanece o espírito, entre afirmativo e negativo. "No sim e no não fundam-se todas as coisas", era uma expressão do místico Boehme.
Jung, estudando a gênese desses pares de contrários, que sempre surgem nos campos do conhecimento - par e (...) -
Santos Simbolismo 4
29 de marçoTEMA V ARTIGO 5 - O QUATERNÁRIO - O NÚMERO 4 Ao serem examinadas as vibrações, verifica-se facilmente que a alternância, que é diádica, só apresenta a sucessão nitidamente quando há repetição da díade, portanto quando se apresenta quaternariamente. Assim a curva alta e a curva baixa, quando repetidas, dão o sentido da sucessão, do prolongamento.
Ademais, a visão do orbe permite estabelecer os quatro pontos cardiais, os quatro ventos tão distintos de cada direção, como ainda as quatro estações, que se (...)