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Agamben / AgambenE / AgambenUC / AgambenPP / AgambenIH
Matérias
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Agamben (UC:221-222) – vida
8 de fevereiro, por Cardoso de Castro
AGAMBEN, Giorgio. O Uso dos Corpos. Homo Sacer IV,2. São Paulo, Boitempo, 2017, p. 221-222
Uma genealogia do conceito de zoe deve começar pela constatação - de nenhum modo óbvia, inicialmente - de que na cultura ocidental “vida” não é uma noção médico-científica, mas um conceito filosófico-político. Os 57 tratados do Corpus hippocraticum, que reúnem os textos mais antigos da medicina grega, compostos entre os últimos decênios do século V e os primeiros do século IV a. C., ocupam, na edição Littré, dez (...)
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Agamben (E:138-142) – Avicena e a noção de phantasia
27 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
AGAMBEN, Giorgio. Estâncias - a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tr. Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007, p. 138-142
Em nosso exame da fantasmologia medieval, partimos de Avicena, não por ter sido o primeiro a nos oferecer uma formulação clara, mas porque a sua meticulosa classificação do “sentimento interior” exerceu influência tão profunda no que foi definido como “a revolução espiritual do século XIII”, a ponto de ainda ser possível vislumbrar suas pegadas em pleno (...)
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Agamben (E:198-202) – Eros – herói – demônio
29 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
AGAMBEN, Giorgio. Estâncias - a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tr. Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007, p. 198-202
Não é fácil precisar em que momento o “demônio aéreo” de Epinómis, de Calcídio e de Pselo acaba identificado com o “herói” ressuscitado pelos antigos cultos populares. Segundo uma tradição que Diogenes Laércio faz remontar a Pitágoras, certamente os [198] heróis já apresentam todos os traços da demonicidade aérea: eles habitam no ar e agem sobre os homens (...)
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Agamben (HS:9-10) – bios e zoe
2 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer. O poder soberano e a vida nua. Tr. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007, p. 9-10.
Os gregos não possuíam um termo único para exprimir o que nós queremos dizer com a palavra vida. Serviam-se de dois termos, semântica e morfologicamente distintos, ainda que reportáveis a um étimo comum: zoe, que exprimia o simples fato de viver comum a todos os seres vivos (animais, homens ou deuses) e bios, que indicava a forma ou maneira de viver própria de um (...)
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Agamben (MSF) – vida nua
2 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
AGAMBEN, Giorgio. Meios sem fim: notas sobre a política. Tr. Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica, 2015
Davi Pessoa
1. Os gregos não tinham um termo único para exprimir o que entendemos pela palavra vida. Serviam-se de dois termos semântica e morfologicamente distintos: zoé, que manifestava o simples fato de viver, comum a todos os viventes (animais, homens ou deuses), e bios, que significava a forma ou maneira de viver própria de um indivíduo ou de um grupo. Nas línguas modernas, em que essa (...)
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Animais
28 de março
Bíblia das Origens Paul Nothomb: Nothomb Túnicas de Cego - TÚNICAS DE CEGO
Um erro de tradução do hebreu inventou em Gen 2,7 o conceito de «nefesh haya - ser vivente» ou de «nefesh haya - alma vivente» englobando o Homem, enquanto a expressão em hebreu designa exclusivamente os animais.
Atestada na Bíblia das Origens em Gen 1,20, Gen 1,21, (Gen 1,24 e Gen 1,30; Gen 2,7 e Gen 2,9 a expressão NP(SH) HYH (pronunciada «nefesh haya») é de fato um sinônimo de HYH (pronunciado «haya») que quer dizer animal, (...)
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Agamben: Damascio
24 de março
Excerto de AGAMBEN, Giorgio. Ideia da prosa. Tr. João Barrento. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2012, p. 21-26
No ano 529 da nossa era, o imperador Justiniano, instigado por fanáticos conselheiros do partido anti-helênico, decretou através de um édito o encerramento da escola filosófica de Atenas. Coube, assim, a Damáscio, o escolarca responsável, ser o último diádoco da filosofia pagã. Ele tinha tentado, por meio de funcionários da corte que lhe ofereceram os seus préstimos, evitar o acontecimento, (...)
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Agamben (E:142-151) – Averróis e a noção de phantasia
27 de dezembro de 2021, por Cardoso de Castro
AGAMBEN, Giorgio. Estâncias - a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tr. Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007, p. 142-151
Não nos surpreende, portanto, que um “tema” psicológico análogo — também nesse caso com algumas variações significativas — apareça na obra do pensador que mediou, talvez, mais do que qualquer outro, a leitura de Aristóteles para o século XIII e no qual, com razão, Dante vislumbrou o comentador por excelência do texto aristotélico: “Averroís, ehe l’ gran (...)