Versão inicial da minha tese de doutorado
Ao se dedicar ao estudo da ontogenia, que os levou a formular o princípio que denominaram de autopoiese, os biólogos chilenos Francisco Varela e Humberto Maturana enunciaram várias constatações de interesse: primeiro, que cada ser começa com uma estrutura inicial, que condiciona o curso de suas interações, e restringe as mudanças estruturais que as interações podem disparar nesta estrutura inicial; ao mesmo tempo, este mesmo ser nasce também em um lugar (...)
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Maturana
HUMBERTO MATURANA ROMESÍN (1928-2021)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
CITAÇÕES
Tudo o que é dito é dito por um observador. (atribuído a Maturana em: Heinz von Foerster (1979) "Cybernetics of Cybernetics)
O homem sabe e a sua capacidade de saber depende da sua integridade biológica; além disso, sabe que sabe. Como um psicológico básico e, portanto, a cognição função biológica orienta sua manipulação do universo e do conhecimento dá certeza aos seus atos; o conhecimento objetivo parece possível e através do conhecimento objetivo o universo parece sistemático e previsível. ("Biology of Cognition ", in Autopoiesis and Cognition: The Realization of the Living, 1980, p. 5-58)
Os sistemas vivos são unidades de interações; eles existem em um ambiente. De um ponto de vista puramente biológico, eles não podem ser compreendidos independentemente daquela parte do ambiente com que interagem: o nicho; nem o nicho pode ser definido independentemente do sistema vivo que o especifica. (ibid.)
Um sistema vivo, devido à sua organização circular, é um sistema indutivo e funciona sempre de maneira preditiva: o que aconteceu uma vez ocorrerá novamente. Sua organização (genética ou não) é conservadora e repete apenas o que funciona. Por essa mesma razão, sistemas vivos são sistemas históricos; a relevância de uma determinada conduta ou modo de comportamento é sempre determinada no passado . (ibid.)
Uma máquina autopoiética é uma máquina organizada (definida como uma unidade ) como uma rede de processos de produção (transformação e destruição) de componentes que:
(i) através de suas interações e transformações, continuamente se regeneram e realizam a rede de processos (relações) que os produziram; e
(ii) a constitui (a máquina) como uma unidade concreta no espaço em que eles (os componentes) existem especificando o domínio topológico de sua realização como uma rede. (Maturana, H.R. & Varela, F.J.. Autopoiesis and cognition: The realization of the living. 1980)