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Hénoch / Enoque / Enoch

  

A literatura apocalíptica de mais ou menos 200 A.E.C, a 200 E.C. é o verdadeiro domínio dos anjos, e está ligada a Enoque. Misterioso patriarca de quem nos dizem apenas que "andava com Deus, e depois não mais era, porque Deus o levou", Enoque é a mais crucial figura individual na longa história dos anjos, embora começasse a existência como homem. Depois que Deus o levou, Enoque tornou-se um anjo extraordinário, talvez mais um Deus que um anjo, porque era frequentemente chamado de "Javé menor". Esse anjo-deus, Metatron, estabelece o padrão das ascensões ao céu de Jacó (primeiro como Uriel, depois como Israel) e Elias que se tornou o anjo Sandalfon. São Francisco, segundo alguns de seus seguidores, desfrutou de uma transformação semelhante. Talvez se possa considerar a Beatriz de Dante   um quinto membro desse admirável grupo, não fosse pelo fato de que, para o poeta, ela evidentemente já era um anjo quando menina, e não precisava de nenhuma apoteose. Enoque-Metatron, como sugiro mais adiante neste livro, pode ser encarado como o verdadeiro anjo da América, o que foi inicialmente a intuição do profeta, adivinho e revelador mórmon Joseph Smith, que se identificava com Enoque, e a essa altura bem pode ter-se juntado numa unidade imaginativa ao seu grande precursor, se a especulação mórmon se mostrar verdadeira. (Excertos de Harold Bloom, PRESSÁGIOS DO MILÊNIO)