Página inicial > Palavras-chave > Termos gregos e latinos > Melchisédech / Melki-Tsedeq / Melchissedec / Melquisedeque / Melchisédek / (…)

Melchisédech / Melki-Tsedeq / Melchissedec / Melquisedeque / Melchisédek / Melchizedek / Melchisedech / Melchizedec / malki-ṣed̠eq / malki-sedeq

  

Vivenza

Le sacrifice « eucharistique » de Melki-Tsedeq, dans l’Ancien Testament, est regardé comme une préfiguration du sacrifice du Verbe, instituant originellement le sacerdoce chrétien selon la parole des Psaumes qui fut appliquée au Christ. [Dictionnaire René Guénon]

Kuntzmann e Dubois

Melquisedec (IX,1)

Bastante danificado, este escrito retoma a meditação que a Bíblia (Gn 14,18-20; SI 110,4; Hb 5,10-7,28) e o judaísmo posterior haviam esboçado em torno da figura de Melquisedec. Trata-se de um apocalipse judaico-cristão gnosticizado, elaborado no Egito por volta de fins do século II. Mensageiros celestes revelam a Melquisedec a vida e o destino de Jesus Cristo, bem como o seu próprio papel de sumo sacerdote (p. 1,1-14,15). A cristologia é claramente antidocetista: com efeito, o corpo, a carne e a paixão de Cristo são tidos como realidades inegáveis. (Cf. também Inácio de Antioquia, Aos Efésios, 7,2; Atos Apócrifos de João, parágrafos 95 e seguintes).

E mais: dir-se-á dele que foi incriado, ao passo que ele foi gerado; que não comia, ao passo que ele comia; que não bebia, ao passo que ele bebia; que era incircunciso, ao passo que ele era circunciso; que não tinha carne, ao passo que ele veio na carne; que não veio para o sofrimento, ao passo que ele veio para o sofrimento; que não voltou da morte, ao passo que ele voltou da morte (p. 5,2-11).

Melquisedec, após uma cerimônia de investidura (ou de batismo?) (p. 14,15-18,7), recebe segunda revelação, cujo texto está muito mal conservado (p. 18,7-27,10), na qual Jesus parece relatar sua paixão e sua ressurreição e associá-las ao seu triunfo. Na boa tradição dos textos esotéricos, o escrito termina com a senha do silêncio:

Não entregues estas revelações a ninguém carnal, pois elas são incorporais, a não ser que te seja revelado fazê-lo (p. 27,3-6).

O livro de Melquisedec parece vincular-se à literatura pela qual as diversas correntes gnósticas de origem judaico-cristã davam-se um santo "padroeiro", encarregado, por assim dizer, de autenticar sua posição. [Excertos de do livro de R. Kuntzmann e J.-D. Dubois, trad. de Álvaro Cunha]