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êxtase

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

8. Religião e Eros vão a par. Uma e outro ligam tudo quanto separado quer existir de existência própria e independente. É verdade que em vez de Religião e Eros, muito mais se fala de Amor e Morte. Mas esta morte que anda associada ao amor consiste, certamente, do dissolverem-se os limites da individuação «coisística». Por isso, o servo da vontade e da razão não pode amar, e não amaria ainda que o quisesse. Pois toma, com bastante acerto, a dissolução dos seus limites de «coisa», por aniquilação pura e simples. Por isso, também se recusa ao êxtase erótico, com mal encoberto sentimento de vergonha: não pode e não quer sair de si mesmo, ou não quer e não pode consentir em que o amor o liberte do «si mesmo», porque este é o que ele estima por sobre todas as coisas. O êxtase erótico-religioso é muito mais do que estar fora de si — é um perder-se daquilo mesmo que veio a ser, para ganhar no que o outro nunca foi, e que também de si mesmo se perdeu, o ser que os envolve a ambos, num amplexo que transcende toda a individuação. Assim sendo, não há morte que não seja êxtase— êxtase cósmico, quando não possa ser outro mais alto. Ao erótico acostumaram-se os séculos pretéritos a vilipendiar tanto quanto por ignorância ou tortuosidade de alma impura, o confundiram com o sexo, e ambos, com a mais diabólica ação do Diabo. [EudoroMito:95]


Le verbe anabakkheúesthai désigne la transe dionysiaque (voir Euripide, Bacchantes, 864) ; Platon   compare les philosophes à des bacchants (Phédon  , 69d1), tant la recherche de la vérité et de la beauté doit susciter dans notre âme une passion enthousiaste. Le traité 38 (VI, 7) utilise également ce terme pour désigner l’union de l’âme à ce qu’il y a de meilleur dans le divin : « L’âme donc en recevant en elle un effluve venu d’en haut est émue, elle est saisie d’un transport bachique, elle est remplie des fureurs du désir, et c’est ainsi que naît l’amour » (chap. 22, 7-10). Plotino - Tratado 1 (I,6) - Sobre o belo (estrutura)
LÉXICO: êxtase