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representar

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

69. Já representei, tenho de representar, enquanto viver com os outros, o drama diabólico da objetividade. Para representá-lo, basta colocar-me no centro do palco, como sujeito objetivante do mundo, que todos os que no centro se colocam julgam ser o único que existe. Para representar o drama ou os dramas simbólicos da trans-objetividade, tenho de desgarrar-me do centro daquele palco. A excentricidade resulta em uma metamorfose, minha e do mundo. Tudo muda: o palco, os atores, o cenário, o libreto do drama. Os dramas da trans-objetividade criam mundos diferentes, e, criando-os, fazem-nos descrer de que só exista um. Diferentes mundos existem para cada homem diversamente excêntrico. São mundos em que se ocultam ou desocultam os «acenantes mensageiros da Divindade» [v. Geviert], e os deuses «acenantes» são os que encenam o drama de um mundo se fazer aquele mundo por eles «acenados» e «encenado». O trans-objetivo é-o, por isso mesmo; no centro de cada mundo da trans-objetividade está um deus. A «objetividade», no trans-objeto, não é objeto para mim. É símbolo. [EudoroMito:156]


LÉXICO: representar