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advaita-vada

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Literalmente «doutrina da não-dualidade», que se funda sobre os ensinamentos do Vedanta, ensinamento exposto para nosso período histórico pelo mestre indiano Shankara   (século VIII).

Esta doutrina, que não tem nenhum equivalente no Ocidente, põe em luz o caráter ilusório das distinções que se crê efetivas no seio da realidade.

Ela permite portanto descobrir a verdadeira identidade de cada coisa e cada ser, e sobretudo de compreender a «não-diferença» essencial para com o «Si».

Esta visão da Unidade, que caracteriza a «doutrina da não-dualidade», permite ao homem espiritual experimentar sua comum natureza com Brama, segundo a célebre fórmula, muito frequentemente incompreendida no Ocidente em seu sentido autêntico, que não deixa portanto absolutamente nada subsistir de individual em sua expressão: «Eu sou Brama» (aham brahmasmi).

Notar-se-á a princípio que esta formulação é comparável em autoridade, segundo René Guénon, à Shahada do Islame: "Não há divindade se não é a Divindade". Quando esta experiência transformadora da "não-dualidade"é experienciada concretamente, experiência metafísica rigorosamente falando comparável a nenhuma outra, ela conduz ao conhecimento último da não-diferença de cada criatura ou fenômeno em Brahma.

Ela unifica radicalmente no seio da Plenitude Absoluta, que não comporta mais alteridade nem diferença, pois nada pode se encontrar fora do Infinito. [DRG  ]