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advaita

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Propriamente falando, este termo sânscrito se traduz por «não-dualidade», especifica igualmente um dos aspectos de Brama enquanto Supremo, não caracterizado, logo incondicionado.

O Princípio Supremo designado como Brama pode somente ser dito «sem-dualidade», pois estando além de toda determinação, mesmo do Ser que é a primeira de todas, não pode ser caracterizado por nenhuma atribuição positiva: assim exige sua infinidade, que é necessariamente a Totalidade positiva, compreendendo em si todas as possibilidades.

Logo não pode nada haver que seja fora de Brama, pois esta suposição equivaleria a limitá-lo. Eis porque é dito «sem-dualidade».

A este estado situado além do Ser, não se pode mais falar de distinção, mesmo principial, embora não se possa também que haja confusão; se está, diz Guénon, além da multiplicidade, mas também além da Unidade.

Na absoluta transcendência deste estado supremo, nenhum destes termos não pode mais se aplicar, mesmo por transposição analógica, e eis porque deve-se ter recurso a um termo de forma negativa, aquele de «não-dualidade» (adwaita) sendo o mais apropriado e o menos inexato para poder designá-lo.

Guénon se aterá sempre em bem precisar que esta «não-dualidade» não deve ser confundida com o «monismo» que, qualquer que seja sua forma é, como o «dualismo», de ordem simplesmente filosófica e não metafísica.

Da mesma maneira nada há de comum entre o «não-dualismo» e o «panteísmo», e tanto mais que este último termo é frequentemente conotado a um certo «naturalismo» propriamente antimetafísico.


ADVAITA = Não-Dualidade

Sânscrito, substantivo neutro

Excertos de "Les Notion philosophiques". PUF, 1990.
Sistema filosófico que se inscreve no quadro geral do Vedanta, quer dizer das doutrinas que contém o "acabamento do Veda  " ou a "realização do Veda". Estas doutrinas fundam-se sobre uma coletânea de aforismos densos e crípticos, os Brahma-sûtra, eles mesmos expressando a quintessencia dos antigos Upanixades   védicos e da Bhagvad-Gîtâ. A forma particular de Vedanta denominada "não-dualismo" nasce na obra de Sankara   - Sankara no século VIII, particularmente nos seus comentários aos Brahma-sûtra. Ela consiste em interpretar da maneira a mais radical — e disto tirando todas as consequências sobre os planos cosmológico, ético e soteriológico — os temas upanixádicos do tipo "tat tvan asi" (Tu és isto), "tudo é brahman", "não há neste mundo nenhuma diversidade", etc. A Escola de Sankara se esforça, portanto, em demonstrar que todas as diferenças atestadas na experiência (por exemplo entre o animado e o inanimado ou entre as almas individuais) ou pressupostas pela religião védica ela mesma(entre o brahman e o universo, entre o brahman e a alma individual) só tem existência provisória e condicional e repousam, em última análise, sobre a ilusão. Donde os nomes de kevaladvaita ou advaitamatra, "não-dualismo puro e simples", frequentemente dados a esta doutrina.
Segundo um dos principais acadêmicos estudiosos do Vedanta: «O Advaita Vedanta é a doutrina não dualista do Vedanta, exposta originalmente por Samkara (788-820). Ela foi e continua a ser o sistema de pensamento mais amplamente aceito dentre as filosofias indianos e constitui uma das filosofias mais completas que se possam encontrar tanto no Oriente quanto no Ocidente. Convém melhor qualificar o sistema de Samkara de "não-dualista" do que de "monista", para diferenciá-lo de toda concepção que considera a realidade como uma ordem única do ser objetivo. O Advaita Vedanta tem por objeto demonstrar a suprema não-realidade de todas as distinções; demonstrar que a realidade não é constituída de elementos separados, que ela é por essência não diferente do Si. A unidade, ou a unicidade, que o Advaita defende não requer de modo algum, para ser afirmada, a noção de variedade ou de multiplicidade, como é o caso na maior parte das concepções monistas».


PERENIALISTAS René Guénon: breve 1361 - A METAFÍSICA ORIENTAL; Guenon Doutrina Vedanta - O VEDANTA

Ver Sankara - Sankara - Doctrina filosófica de la "No-Dualidad" sistematizada por Sankara - Sankara. Afirma la unidad de un Principio inicial, y, por tanto, la no-existencia de una Dualidade - dualidad que opondría un principio espiritual a otro material. Lo que pertenece al orden natural y relativo no es mas que ilusión, resultado de la ignorancia.


VEDANTA ADVAITA VEDANTA (brevíssimo resumo)

Nisargadatta   Maharaj: A MEDICINA ÚLTIMA

Maharaj: ¿Para qué necesita la devoción ciega, si usted es ya Eso?

Visitante: Porque es más fácil para el noventa y nueve por ciento de la gente. Yo puedo creer en usted más fácilmente que creer que yo soy Dios. Yo puedo creer que usted es Dios, que usted es más divino. Usted es Dios. Usted es shaktiman. Yo no puedo creer que yo soy shaktiman.

Maharaj: Usted nunca se dará cuenta de ese estado más alto si no cree que usted es el Dios. Eso es la devoción advaita. No hay ninguna diferencia entre Dios y usted mismo. Usted es sólo Dios. Sólo yo prevalece.

Visitante: Sí, ya sé. Pero se nos dice que tanto el dvaita como el advaita... le conducirán a uno a lo Último.

Maharaj: Mucha gente puede decir muchas cosas. Pero lo que yo le estoy diciendo a usted es esto: Vea que usted es y sepa que usted es. Sea eso.

Visitante: ¿Es incorrecto el dvaita? ¿Puede conducir a lo mismo...?

Maharaj: La cuestión de la dualidad no se plantea, porque no existe nada excepto mí mismo. Sólo yo existo. Yo sólo trato de ese Altísimo, lo que quiera que ello sea. En lo más bajo, en ese nivel, todo es cierto. Pero yo no trato de ese material en absoluto. Yo no expongo las etapas iniciales... Ese tiempo se ha acabado para mí. Si alguien pone toda su confianza en mis palabras, en que usted es el Brahman, en que usted es todo, eso mismo le transformará.