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antropologia

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  
Eudoro de Sousa  

Ou a culturologia a que se dá o nome menos assustador de antropologia (cultural) é de uma hipocrisia revoltante, levando muito a sério «fenômenos culturais» dos mais insólitos, ou esse mesmo «levar a sério» fenômenos tais já devia [147] ter surtido efeitos deletérios e mortais para o positivismo   da Cultura, que, malgrado suas características dominantes, despende, numa das suas disciplinas mais favorecidas pela frequência estudantil, esforços que muito naturalmente devia considerar inúteis. É claro que dou por desnecessário e impertinente demonstrar que a antropologia, caso não se considere a si mesma como história, não relega para o passado nenhum dos «objetos» de sua investigação, e se a todos vê «presentes» em todas as culturas, não há como excluí-los da nossa. [EudoroMito:146-147]


Viveiros de Castro  

A antropologia “social” ou “cultural” é assim chamada – ou antes, deveria sê-lo – não por contraste com uma antropologia “física” ou “biológica”, mas porque a primeira real questão com que ela se defronta é determinar o que faz as vezes do “social” ou do “cultural” para o povo que ela estuda, ou seja, qual é a antropologia desse povo – a antropologia que tem esse povo como agente e não como paciente especulativo. Isso equivale a dizer que fazer antropologia é comparar antropologias, e pouco mais que isso – mas nada menos que isso. A comparação não é apenas nosso instrumento analítico principal; ela é também nossa matéria-prima e nosso horizonte último, pois o que comparamos são sempre e já necessariamente comparações, no mesmo sentido em que, para o método estrutural (tal como aplicado nas Mitológicas), o objeto de toda transformação é necessariamente uma outra transformação, e não alguma substância originária. Não poderia ser de outro modo, uma vez que toda comparação é uma transformação. Se a cultura, na elegante definição processual de Strathern (1992c: 47), “consiste no modo pelo qual as pessoas estabelecem analogias entre os diferentes domínios de seus mundos”, então toda cultura é um gigantesco, multidimensional dispositivo de comparação. E se a antropologia – agora cito Wagner ([1975] 2010: 75) – “estuda a cultura por meio da cultura”, então “quaisquer operações que caracterizem nossa investigação também devem ser propriedades gerais da cultura”. Em suma, o antropólogo e o nativo estão engajados em “operações intelectuais diretamente comparáveis” (Herzfeld 2001: 7), e tais operações são antes de mais nada operações comparativas. Relações intraculturais, ou comparações internas (as “analogias entre domínios” de Strathern), e relações interculturais, ou comparações externas (a “invenção da cultura” de Wagner), estão em estrita continuidade ontológica. [Viveiros de Castro  , Metafísicas Canibais]



Fraile  

Antropología.—En la antropología de Mario Victorino aparece claramente el influjo neoplatónico. En todos los seres alienta un principio de vida universal, que procede del Logos divino como de su fuente y que se difunde por los arcángeles, ángeles, tronos, glorias y todos los demás seres supramundanos, hasta llegar finalmente a los cuerpos. En el mundo de los seres corpóreos la vida queda sumergida en la materia. Son seres sujetos a la muerte y a la corrupción. Pero todo vive: «Vivunt ergo cuncta terrena, humida, aerea, ignea, aetherea, caelestia, non logon illo priore, nec vitae integro lumine, sed propter copulationem hylicam saucia luce vitali, vivunt supracaelestia, et magis vivunt, quae ab hyle et a corporeis nexibus recesserunt, ut puriores animae, et Throni et Gloriae; item Angeli atque ipsi Spiritus, alii ut in alio, id est, in sua substantia vitam habentes» [1].

El alma es una sustancia distinta de la materia. «Substantia igitur anima» (1023), «Differt anima ab hyle» (1026). Pero su ser y su entender provienen de una inteligencia superior (noûs) que penetra en el alma y despierta en ella la facultad intelectual y hace nacer la inteligencia. [Guillermo Fraile, História da Filosofia]



LÉXICO: antropologia e afins

Observações

[1PL 8,1121, XI. Mario Victorino toma de Plotino una expresión que pasará a la Psicología escolástica: «Quoniam multi in anima corpus esse dicunt, sed nunc, secundum dicendi usum, anima sit in corpore» (PL 8,1064). (Enn. V 5,9,31-32). El sentido es distinto, pero es el mismo concepto de que no está el alma contenida en el cuerpo, sino que el cuerpo está contenido en el alma.