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filosofia da vida

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Os maiores representantes da moderna filosofia da vida são Marx  , Nietzsche   e Bergson  , na medida em que todos três equacionam a Vida ao Ser. Para esse equacionamento, baseiam-se na introspecção; e a vida é realmente o único “ser” que o homem pode perceber quando examina somente a si mesmo. A diferença entre os três e os filósofos que os precederam na era moderna é que a vida se lhes afigura mais ativa e mais produtiva que a consciência, que ainda parece relacionar-se demais com a contemplação e com o antigo ideal de verdade. Este último estágio da filosofia moderna talvez possa ser mais bem descrito como a rebelião dos filósofos contra a filosofia, rebelião que, começando em Kierkegaard   e terminando no existencialismo, parece à primeira vista dar ênfase à ação e não à contemplação. Mas, em uma análise mais detida, nenhum desses filósofos está realmente interessado na ação como tal. Podemos aqui deixar de lado Kierkegaard, com sua ação não mundana, dirigida para o íntimo do homem. Nietzsche e Bergson descrevem a ação em termos de fabricação – o homo faber em lugar do homo sapiens –, tal como Marx concebe a ação em termos de produção e descreve o trabalho em termos de obra. Porém, o ponto último de referência deles não é a obra e a mundanidade, como também não é a ação: é a vida e a fertilidade da vida. [ArendtCH:C43 Nota]


LÉXICO: filosofia da vida