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eleutheria

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Porque a criação aguarda com ardente expectativa a revelação dos filhos de Deus. Porquanto a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa daquele que a sujeitou, na esperança de que também a própria criação há de ser liberta do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. (Rom 8:19-21)

Mas, se alguém vos disser: Isto foi oferecido em sacrifício; não comais por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; consciência, digo, não a tua, mas a do outro. Pois, por que há de ser julgada a minha liberdade pela consciência de outrem? (1Cor 10:28-29)

Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade. (2Cor 3:17)

Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, façais emudecer a ignorância dos homens insensatos, como livres, e não tendo a liberdade como capa da malícia, mas como servos de Deus. (1P 2:15-16)

Estes são fontes sem água, névoas levadas por uma tempestade, para os quais está reservado o negrume das trevas. Porque, falando palavras arrogantes de vaidade, nas concupiscências da carne engodam com dissoluções aqueles que mal estão escapando aos que vivem no erro; prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção; porque de quem um homem é vencido, do mesmo é feito escravo. (2P 2:17-19)


Cristologia Bernardo de Clairvaux: Opino que nestas três liberdades (Liberdade da necessidade, ou liberdade de natureza; liberdade do pecado ou de graça; liberdade da miséria, ou de glória) está contida a própria imagem e semelhança de nosso Fundador, segundo a qual fomos fundados; e, por certo, a imagem na liberdade do arbítrio, nas outras duas testemunha-se uma certa dupla semelhança. Segue-se daqui, talvez, que só o livre arbítrio não tolera em absoluto nenhum defeito ou diminuição, porque nele parece impressa sobretudo certa imagem substantiva da divindade eterna e imutável. Pois ainda que haja tido começo, não conhece no entanto o fim, nem recebe aumento pela justiça ou pela glória, nem detrimento pelo pecado ou pela miséria. Que há mais semelhante à eternidade, a não ser a eternidade? Nas outras duas liberdades, pelo contrário, visto que não só se podem diminuir parcialmente como também se perderem de todo, conhece-se apenas uma certa semelhança acidental da sabedoria e da potência divinas, acrescentada à imagem. Por último, as perdemos pela culpa e as recuperamos pela graça; e todos os dias, uns mais, outros menos, ou progredimos nelas, ou delas nos afastamos. Ademais, podem perder-se de modo que já não possam ser recuperadas; e podem também ser possuídas de modo que não possam perder-se nunca nem diminuir-se.
Perenialistas René Guénon: Guenon Metafisica Liberdade - A NOÇÃO METAFÍSICA DA LIBERDADE