Página inicial > Termos e noções > herói

herói

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Perenialistas
Julius Evola  : Introdução ao «Mundo Mágico dos Heróis»

Fazendo abstração das formas de adaptação às camadas mais baixas da espiritualidade tradicional — formas que foram sempre consideradas próprias de um «saber inferior», a tradição não hipostasiou jamais a distância teológica entre humano e divino, ignorou o curto alento da criatura, reduzida ao terror, ao amor e à oração diante de seu criador ou salvador; ela concebeu, ao contrário, como seu ideal maior, aquele da «virilidade transcendente»: o rei sagrado, o iniciado solar, o senhor do rito, do fogo e do sacrifício, apareceram tradicionalmente como aqueles que, no hipersensível — no qual eram «segundo nascimento - renascidos» ou ao qual pertencia por natureza em razão de uma geração não-terrestre — tinham realizado a mesma qualidade que o herói, o dominador, o livre guerreiro podiam encarnar na ordem temporal dos homens. Deus e deuses, mais que entidades hipostáticas, nos ensinamentos esotéricos da ciência sagrada tradicional, tinham, valores de símbolos de forças e de estados superiores - estados hiperindividuais, que o homem verdadeiro - homem superior pode conhecer experimentalmente e possuir iniciaticamente: de sorte que — ao nível mais alto — toda mitologia podia valer enquanto exposição figurada dos princípios de uma pneumatologia - psicologia transcendente e de uma arte real - técnica transcendente.


Mitologia R. Emmanuel: Excertos traduzidos de «Pleins feux sur la Grèce Antique»

Homero   qualifica com o nome de herói os homens que se distinguem do comum por sua força, sua coragem e suas façanhas, e podemos adicionar, por seu desejo formal de retornar ao Olimpo.

Quanto à Hesíodo   os qualifica de filhos de um deus e de uma mortal. Hércules responde a estas duas qualificações. Segundo Hesíodo, a humanidade de seu tempo era pequena e medíocre, comparada àquela de seus ancestrais os gigantes. Os Heróis são elevados por ele, bem acima da humanidade corrente, ele os chama de semideuses. Estes são os seres superiores, de uma natureza intermediária entre os deuses e os homens, são homens virtuosos e poderosos, «santos» dinâmicos, em oposição a nossos santos contemplativos.