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simbolismo

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

Tudo que existe, qualquer que seja sua modalidade, necessariamente participa de princípios universais, algo não existe exceto pela participação nestes princípios, que são as essências eternas e imutáveis contidas na atualidade permanente dos Intelecto Divino. Consequentemente pode-se dizer que todas as coisas, quão contingentes sejam nelas mesmas, traduzem ou representam estes princípios em sua maneira e de acordo com sua ordem de existência, pois de outra forma seriam pura e simplesmente nada. Assim, de uma ordem para outra, todas as coisas estão juntamente associadas em correspondência, contribuindo para a harmonia total e universal, harmonia ela mesma ... que nada mais é que o reflexo da unidade primordial na multiplicidade do mundo manifesto; e é esta correspondência que forma a fundação real do simbolismo.” (René Guénon, breve 1345 - AUTORIDADE ESPIRITUAL E PODER TEMPORAL)

O simbolismo é a linguagem que faz inteligível, frequentemente com formalidade geométrica e precisão, a sequência causal associando a indefinidade dos estados criados; esta última, corolário do primeiro princípio de unidade ou não-dualidade do Ser, que acarreta na relatividade de todos os estados de existência aparte do Ser Puro. Whitall Perry
Se chamamos «Simbólica» o conjunto das formas (em sentido amplo) servindo à expressão da Manifestação, diremos que o sagrado depende estreitamente da Simbólica. Como René Guénon frequentemente sublinha, esta última não é uma forma religiosa posto que ela está de alguma maneira na fonte da dogmática intervindo em toda religião. Ela tem um valor universal, enquanto de certa maneira pode-se dizer que as religião - religiões são mais ou menos adaptadas a tal ou tal povo, a tal ou tal raça ou a tal ou tal cultura. Segundo a ordem da perfeição, a Simbólica (exprimindo a Manifestação — tal como a apreendemos) é anterior e mais universal que a dogmática; mas segundo a ordem genésica, a ordem do devir da vida religiosa do homem, a Simbólica está de alguma forma à serviço da dogmática: dela favoriza a memória - memorização e a assimilação em propondo «suportes» (o sol, a luz, a água, a árvore, o fogo, o arco-íris, o pão, o vinho, a palavra, a geração, etc.) suscetíveis de visualização, logo acessíveis ao grande número. Mas embora fazendo apelo à inteligência do homem, a sua capacidade de amar, a sua sensibilidade estética de uma maneira universal a ordem da Manifestação ela não é propriamente falando uma obra humana; ela é muito mais uma Ciência Divina «mediatizada» por formas exprimindo a ordem do universo, uma «hierofania». (Christophe Andruzac)


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