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racional

quinta-feira 25 de janeiro de 2024

  

A razão fichteana e hegeliana, porém, não é a razão cartesiana, lógico-matemática, mas a razão histórico-dialética. Na Phänomenologie des Geistes (Fenomenologia do Espírito), Hegel declara, expressamente, que lhe cabia fazer em relação ao tempo o que Descartes   havia feito em relação ao espaço. O que Hegel tenta compreender, embora sua Enzyklopädie (Enciclopédia) inclua uma filosofia da natureza  , não é o mundo natural, propriamente, mas o mundo humano, histórico. A razão lógico-matemática, como o provam a geometria analítica de Descartes e o cálculo infinitesimal de Leibniz  , é o instrumento adequado ao conhecimento do mundo físico, ao passo que a razão dialética permite compreender e explicar a gênese e o desenvolvimento da história. No prefácio da Philosophie des Rechts (Filosofia do Direito) Hegel declara que o racional é real e o real racional. A racionalidade hegeliana, no entanto, não é abstrata ou formal, mas concreta e dialética, pois, longe de excluir, inclui a contradição, mola propulsora do movimento em geral e da história em particular. [CorbisierEF]


LÉXICO: racional; irracional